A verdade é um cavalo bruto
por Romério Rômulo
De Minas sempre carrego
O hibridismo do corpo
Que eu namoro sem saber
Na montanha revelada.
Na curva sobra traição
Sobra carne, sobra raiva
Que ataca o couro solto
Da gente que mora aqui.
Quantas terras me couberam
Quantas vidas me bastaram
Se, sobre o hálito vivo
Eu bebo meu próprio sangue?
É Minas do pó já lavado
Minas das adjacências
Como se sempre soubesse
Que a vida dura pouco.
2.
Sou um marujo destes mares falsos.
Sou um Ulisses de sereias torpes.
Romério Rômulo
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