Romério Rômulo
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar - Rio de Janeiro RJ.
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barbárie não é só uma palavra, por romério rômulo

barbárie não é só uma palavra

por romério rômulo

 

barbárie é uma palavra difícil
e eu não sei onde cabe.
quanto de barbárie cabe minha mão?
há barbárie no meu gesto perdido?
 
quem tiver resposta
me acrescente.
 
a mata atlântica já comportou barbárie?
há rastro de barbárie sobre as carnes?
a boca revela quanto em quantos gestos?
faço tantas perguntas ou me calo?
 
quem tiver a resposta
me entregue.
 
fico posto numa vila à espera.

 
romério rômulo

 

Romério Rômulo

Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar - Rio de Janeiro RJ.

7 Comentários

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  1. Primeiro os Bostobárbaros vieram buscar os petistas

    Primeiro os Bárbaros vieram buscar os pretos, como eu sou branco, eu me calei.

    Depois eles vieram buscar os pobres, como não sou pobre, eu me omiti.

    Depois eles detonaram LGBTS. Como eu sou hetero, eu os aplaudi.

    Em seguida, eles arrebentaram os petistas mas como eu sou anti-petistas, eu os apoiei.

    Agora eles estão vindo me buscar e já não tem ninguém para me defender.

     

    Então, Miriam Leitão?

  2. Luiz Nassif,
    Muito obridada

    Luiz Nassif,

    Muito obridada pelo trabalho que vem fazendo. Um jornalismo de altissma qualidade!

    O Brasil precisa de pessoas como você.

    Todos juntos na batalha pela democracia!

    Um abraço!

    Sueleide

     

    P.S.: Parabens ao poeta Rui Ribeiro e o seu poema de hoje. Brecht revisitado.

    1. Como eu gostaria de ser um poeta

      Você salvou me dia. Nada obstante, eu não sou poeta, sou apenas um merdinha n’água, descendo na correnteza rumo à imensidão oceânica.

  3. “…A injustiça não se

    “…A injustiça não se resolve.
    À sombra do mundo errado
    murmuraste um protesto tímido.
    Mas virão outros.

    Tudo somado, devias
    precipitar-te, de vez, nas águas.
    Estás nu na areia, no vento…
    Dorme, meu filho. ”                                   

    1. Não roubes os óculos do Poeta, por favor, Meu Filho

      Por falar em roubar, ontem eu vinha a pés de um supermarket e logo à minha frente vinham dois homens, visivelmente de classe média, bombados, de tênis, camiseta e calções, conversando. Quando me aproximei mais do casal, um deles dizia:

      “Eu disse: Ladrão, onde tu roubaste essa caixa d’água?”

      o Ladrão respondeu: “Eu não roubei, não Senhor”.

      – Que não roubou, ladrão? Vamos, põe a caixa d’água na cabeça. Então ele pôs a caixa d’água na cabeça, eu comecei a dar porrada nele. Meu pai dizia-me: “Filho, cuidado, bate de uma forma tal que não te compliques”. Eu disse: deixa comigo, Pai. O ladrão saiu carregando a caixa d’água prá nossa casa e eu batendo com toda a minha força e cada vez que eu batia mais minha raiva aumentava. Chegou a um ponto em que eu já estava babando. Então peguei uma ripa e comecei a bater nele. Quando ele chegou lá em casa e botou a caixa d’água no chão, eu disse a ele que eu ia deixar ela lá na frente lá de casa a fim de que ele ou outro ladrão qualquer lá do bairro viesse roubá-la novamente. Ele disse que não era ladrão. Então nessa hora eu ceguei. Derrubei ao chão, peguei minha arma e botei o cano dentro da boca dele. Nesse momento, meu Pai disse-me: “Filho, pelo Amor de Deus, não mata esse cachorro, tu vais te complicar.” Então eu desistir de matá-lo. Bati mais nele e o liberei”.

      Como eu viesse atrás desse casal, ouvindo a conversa, de vez em quando o valentão me olhava e eu fingia que estava no mundo da lua. Chegamos a uma esquina. Eles foram para um lado, eu fui para o lado contrário.

      1. Meu Filho, Os Frutos Da Árvore Do Golpe:

        Do fanatismo à barbárie não há mais do que um passo.

        Denis Diderot

        O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos.

        Friedrich Nietzsche

         

         

         

      2. Quanto ao óculos do poeta…

        Não os roubei. Apenas o lembrei, onde os deixara. Pois pediu: “quem tiver a resposta me entregue.” 

        Consolo na praia – Carlos Drummond de Andrade – Enviado por Gilberto Cruvinel

        foto: Romério Rômulo Campos Valadares  –  

        https://jornalggn.com.br/blog/gilberto-cruvinel/consolo-na-praia

        “O poeta procura capturar as angústias, sofrimentos e a aflição vivida pela aquela gente naquela época.”

        https://www.webartigos.com/artigos/analise-do-poema-consolo-na-praia-de-carlos-drummond-de-andrade/97842

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