Romério Rômulo
Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar - Rio de Janeiro RJ.
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fui um fausto quase louco, 1, por romério rômulo

fui um fausto quase louco, 1

por romério rômulo

 
vou destoar desta vida
curta, perdida de medo
nos guinchos, rixas e tramas
do teu olhar de degredo
 
se a tarde que me consome
suporte do teu enredo
navegasse, eu naveguei
fui cavalo, estrada e rei
andado por tudo, andei
nunca e nada eu me cansei
perdido no teu segredo

 
morto de tudo me abalo
sangrado como sangrei
eu, cavaleiro e cavalo
da carne onde eu me criei.
 
senhora de mãos medonhas
tu que foste a rainha
armada de ventania:
fui um fausto quase louco
desesperado do eterno
perdido da água perdida
construtor do meu inferno.
 
segues bem? me seguirás?
 
romério rômulo

 

Romério Rômulo

Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar - Rio de Janeiro RJ.

2 Comentários

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  1. Aplausos!

    Como diria o Luis Fernando Veríssimo: “Poesia numa hora dessas?”

    Sim. Poesia em toda hora, em todo lugar, em todo coração, em toda alma.

    Precisamos muito mais de poesias do que armas. Muito mais de poetas do que atiradores. Se for atirar, que atire um monte de versos bem no meio dos meus olhos. Assim, enxergarei o mundo com muito mais vida.

    Valeu, Rômulo!

    1. O poeta fala de temas

      O poeta fala de temas universais, mesmo quando está falando de si mesmo, e como usa figuras de linguagem para se expressar, nunca se sabe se é justamente o momento e acontecimentos atuais, que de forma a meu ver pessimista mas ironica ele está descrevendo ( como já nos disse um deles: O poeta é um fingidor.  Finge tão completamente  Que chega a fingir que é dor  A dor que deveras sente.

      Mas se for real, serve de consolo que:

      No final Fausto consegue ir ao Paraíso, por haver perdido apenas metade da aposta com o demônio. Anjos, como mensageiros da vontade divina, anunciam no final do Ato V “Cantemos em coro, Da vitória a palma, O ar está puro: Respire esta alma!”,[1] e levam a parte imortal de Fausto ao Céu, derrotando Mefistófeles.

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Fausto_(Goethe)

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