Sou feio. Minha estética é bruta.
por Romério Rômulo
1.
Onde meu corpo espuma, abissal
Eu tenho o prumo desproporcional
Como se inacabada fosse a obra
Do resto do volume que me sobra.
2.
Minha paixão é o avesso da ternura
Movida em todo caso à força bruta.
O mundo é uma praga, uma nervura
Onde só cabe um cão filho da puta.
3.
Soubesse eu das águas colossais
O mundo enfim retinto, duro, atado
Faria do meu couro recortado
Em tiras de esgotos desiguais
A impávida missão que me não dais.
Romério Rômulo
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Quanto mais eu aprendo, me informo, mais descubro a minha ignorância
Anarquia
(Ronnie Von)
Prepare tudo o que é seu
Veja se nada você esqueceu
Pois amanhã vamos pra rua fazer
Fazer uma tremenda anarquia
Pintar as ruas de alegria
Porque
Quem manda hoje somos nós, mais ninguém
E não ligamos pra quem vai nem quem vem
Atrapalhar
Há quem nos queira atrapalhar
Nossa cidade será uma flor
As avenidas com carros de amor
Pois amanhã vamos pra rua fazer
Fazer uma tremenda anarquia
Pintar as ruas de alegria
Porque
Quem manda hoje somos nós, mais ninguém
E não ligamos pra quem vai nem quem vem
Atrapalhar
Há quem nos queira atrapalhar
E assim nós iremos adiante
Iremos custe o que custar
Pois as ordens vêm de um alto-falante
Que só nós
Não conseguimos escutar
Prepare tudo o que é seu
Veja se nada você…
Eles venceram e o sinal está fechado prá nós, que somos jovens…
Talvez em pouco tempo o Rômulo seja considerado um gênio da literatura e eu agora nem ligo pros poemas do Cara.