O competente Maestro Gaó, por Laura Macedo

O Brasil teve/tem inúmeros instrumentistas que deixaram sua marca na história da música brasileira e internacional. Um deles é o maestro, compositor, arranjador, instrumentistaGaó – que vamos destacar neste post em homenagem aos seus 106 anos. Foi diretor artístico da gravadora Columbia e comandava a Orquestra que levava o mesmo nome da gravadora e que teve várias formações.

Quarteto Columbia, dirigido por Gaó que gravava no estúdio da gravadora no Largo da Misericórdia, em São Paulo. Da esquerda para a direita: Zezinho do Banjo (banjo), Napoleão Tavares (trompete), Gaó (piano) e Jonas Aragão (sax-alto).

A Jazz Columbia, também liderada por Gaó, na Rádio Cruzeiro do Sul, São Paulo, 1932. Da esquerda para a direita: Jonas Aragão (sax-alto), José Nicolini (trombone), Zezinho do Piston (piston), Zequinha do Banjo (banjo) e Sut (bateria).

Os bambas da Nova Orquestra Columbia, em 1937. Da esquerda para a direita: Antonio Scalabrini (trombone), Ernesto Nardi (contrabaixo), Antonio Sergi, o Totó (piano), Vitório Sangiorgio (sax), José Paioletti (trompete), Gaó (líder), Nicolino Copia, o Copinha (flauta/sax), Aníbal Sardinha, o Garoto (guitarra), Vitório Sérgio (trompete), José Sergi (sax) e Vicente Gentil (bateria).

Gaó (à esquerda, ao piano) e sua última orquestra brasileira, antes da mudança para os Estados Unidos, em 1946.

A foto acima consta no excelente livro do Zuza Homem de Mello – “Música nas veias – Memórias e Ensaios” que ganhei de presente do maridão Gregório, em 2011. Lembro que quando folheava e dei de cara com essa foto fiquei a imaginar o som que possivelmente estaria ecoando na hora da apresentação do maestro Gaó e sua Orquestra. Agora parece um milagre. A foto vive! E que som!

https://www.youtube.com/watch?v=iX3D3oG5BvQ]

Zequinha de Abreu e o maestro Gaó

O Maestro Gaó foi primeiro a gravar a música “Tico-Tico no fubá” (Zequinha de Abreu) com sua Orquestra Colbaz, em 1931. O sucesso foi tanto que o disco permaneceu em catálogo até a década de 1940. O vídeo abaixo traz a gravação histórica do “Tico-Tico no fubá” e uma entrevista com o maestro Gaó.

“Tico-Tico no fubá” (Zequinha de Abreu) # Maestro Gaó e sua Orquesta Colbaz. Disco Columbia (55038-A), 1931.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=9O-nGtUDDS0

Post completo e fontes: AQUI.

Laura Macedo

6 Comentários

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  1. Mestre GAO

    Viveu seus últimos anos em Mogi das Cruzes, terra  de origem de sua esposa onde nasceu seu único filho.

    De extraordinária generosidade e modéstia.

     

     

     

     

     

     

    1. Assino embaixo

      Cirena,

      Os que conviveram com ele relatam em seus livros que, além da competência técnica, ele era, realmente, um ser humano fantástico dotado de grande generosidade, como você mencionou.

      Grata pelo seu cometário.Deixo pra você uma foto do maestro Gaó garimpada da Revista Carioca.

      Abraços.

    1. “A Voz Apaixonada do Brasil”

      Amigo Luciano,

      Muito bom ouvir a Orquestra do Maestro Gaó acompanhada da “Voz apaixonada do Brasil”.

      A fase do maestro Gaó nos Estados Unidos foi muito proveitosa. Montou uma orquestra americana para atuar em clubes e hotéis. Esse trabalho durou mais de vinte anos. Também gravou discos no selo “Coda”.

      Retornou algumas vezes ao Brasil e segundo o pesquisador Zuza Homem de Mello, “terminou seus dias numa modesta casa em Mogi das Cruzes, onde lhe era mais benéfico que o frio do inverno americano”.

      Grande abraço, amigo Luciano.

  2. Maestro Gaó

    Fiquei feliz ao saber que você, querida, colheu referências sobre o grande maestro Gaó no livro do mestre Zuza, que lhe presenteei em 2011. Pra não fugir à regra, eis mais um abnegado cultor da MPB que tenho a honra de conhecer. É o que eu sempre lhe digo: como nossa música é pródiga em talentos! Bem-aventurados os que amam e se dedicam ao estudo desses tesouros!

    Beijos.

     

  3. Gaó

    Coincidentemente, ouvi recentemente todas as gravações que a Orquestra Colbaz fez da obra de Zequinha de Abreu. Lembro que Mozart Araujo disse nos anos 70 que a versão original de Tico-Tico ainda era a melhor até aqueles dias. E, acho até hoje que continua a ser. As valsas de Zequinha então… são sublimes as interpretações, não conheço nada até hoje que se equiparasse. Parabés pelo texto.

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