O fogo-fátuo de liberalização da mídia com a eleição de Lula, por Luis Nassif

Impressionante a felicidade de jornalistas da Globonews de estarem liberados para falar sobre Lula. Engoliram até críticas ao "teto de gastos"

De um jornalista veterano, que já viveu de tudo na mídia:

“Impressionante a felicidade de jornalistas da Globonews de estarem liberados para falar sobre o Lula. Engoliram até  “a estupidez do teto de gastos” dita pelo Lula.

Temo por alguns deles no futuro, pois já vi este filme duas vezes nos anos 70. Primeiro no Estadão, quando acabou a censura, e depois na Folha, quando o Frias tirou o Cláudio Abramo e o substituiu pelo Boris/Odon. Trajano e eu pedimos demissão das editorias de esporte e política. 

Para recuperar a respeitabilidade, os donos da mídia recorrem a jornalistas independentes e no espectro da esquerda, mas são sempre curtos períodos. No caso da Folha , além do Claudio estavam lá o Dines, Newton Rodrigues, Mino Carta, Samuel Wainer, sem falar de malucos como o Tarso de Castro. 

O Dines, por exemplo, foi demitido pelo Odon pelo telefone. O Ricardo Carvalho faz um bom relato desse período num capítulo do livro organizado pelo Carlos Guilherme Mota sobre a história da Folha publicado no 50° aniversário do jornal”.

Recomendado:

Luis Nassif

7 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Lembra a frase famosa: “É impossível fazer uma revolução sem os radicais. Mas é impossível governar com eles.”
    Fora de lugar, mas a ideia é a mesma: a Teologia da Libertação foi um lindo momento da história da Igreja Católica, mas permitir a eles o governo da Igreja destruiria a própria Igreja. Então acharam João Paulo II pra botar cabresto em todo mundo. Se a Folha fosse totalmente entregue à esquerda da redação, não seria mais a Folha, seria o Pasquim. Acabaria o jornal. Não existe grande jornal com toda a direção de esquerda, vira panfleto e o jornal acaba.

  2. Se tivessemos jornais de diversas matises como os europeus não teríamos este problema.
    Tem o “Times” e o “Guardian” e ponto final.

  3. COM ALGUMAS EXCEÇÕES, É CLARO, OS MEIOS DE COMUNICAÇÕES TRADICIONAIS PODEM TER LIBERDADE DE EXPRESSÃO EM RELAÇÃO AO ESTADO, MAS NÃO EM RELAÇÃO AOS SEUS DONOS.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador