Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega, se …

Bordão são frases repetidas continuamente. Utilizados para marcar lugar, personagens, situações ou comportamento.

Muitos hão de se lembrar desses:

Em novelas: “Tô certo ou tô errado?”, Lima Duarte, Roque Santeiro, 1985. “´É justo, muito justo, é justíssimo”, José Wilker, Renascer, 1993. ”Ó xente, my god”, Eva Wilma, Indomada, 1997. ”Jamanta não morreu”, Cacá Carvalho, Torre de Babel, 1998. “Cada Mergulho é um flash”, Mara Manzan, O Clone, 2001. “Jesus, me chicoteia”, Mariana Rios, Malhação, 2008.

Em humorísticos: “Trabalho na Globo!”, Bózo, Chico Anysio. “Só podia ser o Chaves”, Chaves.

Os bordões caem ou não no gosto popular dependendo do sucesso do programa, do personagem e, principalmente, do canal de televisão onde passam. Os citados acima, excetuando Chaves (SBT), são todos da tv globo. Ainda o canal de maior audiência.

Esta técnica de fixação também está sendo usada por apresentadores, jornalistas, colunistas.

A emissora dos irmãos Marinhos, através dos telejornais, difundi o “Imagine na Copa”.

Após mostrar algum tipo de problema, nos aeroportos, por exemplo, seus ancoras olham para a câmera e dizem: “imagine na copa”.

 

O que significa? Se está ruim, sem pressão, imagine quando a situação exigir mais. Será o caos.

A frase virou símbolo de incompetência, de descaso, de corrupção, de atraso de projetos, de falta de preparo do poder público em gerir eventos. Essa imagem a Globo não cansa de propagar.

Fora isso, o canal do “plim-plim” convoca, veladamente, a população a protestar nas ruas, contra a realização do evento.

Um desavisado não acreditaria se alguém lhe falasse: está mesma emissora comprou os direitos de transmissão.

A primeira pergunta que viria à sua mente seria: como pode ser, ela trabalha contra a realização dos jogos que ela mesma comprou, é isso?

Realmente é muito estranho. As peças não se encaixam. Eles são os maiores interessados no sucesso dos jogos. Há muito dinheiro e prestígio envolvido.

Então o que acontece?

Só há uma explicação plausível para o que estão fazendo: amedrontar o governo para chantageá-lo. Como?  Demonstrando sua força e poder de manipulação.

E por quê? As organizações Globo devem em impostos R$ 1 bilhão. Uma funcionária pública da receita sumiu com o processo. A rede comprou os direitos da copa através de negociatas em paraísos fiscais. Numa transação obscura, lesando o fisco. Descobriram. Ganha força no congresso o projeto de regulamentação da mídia.

Ou seja, se o governo atuar a favor da democracia, cobrando ou que lhe é devido, normatizando e punindo os criminosos a rede globo perderá muitas terras de seu imenso feudo.

Aqui em São Paulo eles deram uma amostra grátis do seu poder.

Criaram, dentro do telejornal SPTV, a campanha “Verdejando”. Plantar árvores para salvar o planeta. Campanha sem-eira-nem-beira. Apareceram artistas. Passistas. Escolas. Camisetas, escrito “Verdejando”. Mães orgulhosas de seus pimpolhos a plantar. Fizeram um “auêzinho”. E assim como começou, terminou.

Para que serve essas campanhas relâmpagos? Tapar buraco? Não, eles querem medir o grau de influência na população.

O resultado, pelo jeito, foi positivo, porque a partir daí os apresentadores, jornalistas, articulistas e especialistas começaram a usar palavras cada vez mais incisivas e destrutivas contra o governo municipal e federal. Aqui em São Paulo, foi assim.

Em âmbito nacional, eles partiram para cima de José Sarney e de sua família. Aproveitando as revoltas e mortes na penitenciária de Pedrinhas desceram a lenha em Roseana Sarney. Impeachment. Caviar e Champagne, ao custo de um milhão de reais. Ruas, fórum, praças, viadutos, escolas todos com nome terminado em Sarney. 50 anos de mando-e-desmandos. Os municípios mais pobres são do maranhão. A governadora sentiu o golpe.

Outra vez, é uma atitude esquisita. Os Sarneys são unha-e-carne com os Marinhos. Possuem negócios em comum. A TV mirante, dos Sarneys, retransmite a Globo. Quando presidente o senador abriu as portas para a Globo. Então por que atuaram de forma tão contundente?

Interesses, interesses. Razões nebulosas. O simples mortal não ficará sabendo.

O pai de Roseana , o José, se mexeu. Articulou no congresso. Reuniões e mais reuniões no escurinho do cinema.

Agora as notícias de rebeliões e assassinatos nos presídios do Maranhão viraram um simples caso de polícia. Não envolve mais o alto escalão maranhense. Parecido com o que fizeram em São Paulo no caso de corrupção apelidado de “Trensalão”. Esconderam e escodem os “grandões” do partido dos tucanos. São Paulo é o estado mais corrupto do Brasil.

Resta saber o que José Sarney deu em troca do arrefecimento dos noticiários. Vitória da Globo.

Não, não estou chamando as Organizações Globo de mafiosa. Eles mesmos se encarregam disso.

Redação

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Falando em bichos…

    Nem tanto ao fogo assim. A Globo tem as suas (muitas) culpas, mas o bordão “imagina na copa” apenas substituiu o “imagina no Brasil” que era utilizado quando grandes eventos de sucesso eram transmitidos de países estrangeiros.

    Trata-se do manjadíssimo complexo de vira-latas. Para muitos braZileiros o Brasil jamais teve competência para fazer absolutamente nada.

    Com a surpreendente decisão (para eles) da FIfa e do COI, justo no governo do “apedeuta”,  de trazer esses mega-eventos como Copa do Mundo e Olímpiadas para cá, os vira-latas tiveram que se “adaptar” a situação. Então surgiu o tal “imagina na Copa”, que inclusive já está no fim do prazo de validade. A partir do fim desse ano surgirá o “Imagina nas Olímpiadas”, onde o Rio de Janeiro se tornará até 2016 “no pior local do planeta para um ser humano botar os pés”.

    Aguardem….

     

    1. Mas antes vai ter  carnaval

      Mas antes vai ter  carnaval globeleza, Rock in Rio, aniversário no clube militar de certa dita dura, com presença do sumido Merval e do Reinaldinho. E se o Brasil ganhar a copa vai ter carnaval de novo que ninguém que goste tanto de lucrar e de sonegar, ninguém é de ferro. E “time is money’. Não são ativistas, são Vivaldinos mesmo.

  2. MAS ESPERA LÁ…

    Não podemos esquecer que o governo possui armas “poderosas” para se defender, como o controle remoto da Dilma e a Helena Chagas na Secom, não é mesmo? (proibido rir, mas…)

    Só mesmo rindo e desbragadamente, com a ingenuidade relacionista de aproximação do governo com a Casa Grande e a perplexidade da mídia (partido) de oposição dessa organização, ao não entenderem porque eles, que tanto experimentam, analisam, pesquisam, testam e detem o poder absoluto da comunicação no Brasil, não conseguem derrotar os governos do PT, em especial o da Dilma do controle remoto e da Helena Chagas.

    Está escancarado porque o que deveria acontecer não acontece e novamente não acontecerá em 2014, mas aí é problema deles. Eles que continuem pesquisando, pois a nosotros cabe apenas entender porque o governo continua com o controle remoto e com a Helena Chagas, quando basta o Flanklin para derrotá-los, enquanto com a credibilidade política a zero, procuram explicação à quadradura do circulo dos insucessos, desde 2002.      

  3. Imagine na copa

    As concessionárias privatizadas de telefonia no governo de FHC nao funcionam bem ate hoje, “imagine na copa”…

    As rodovias pedagiadas em minas, aquelas que tem pista simples e buracos, nao funcionam bem mesmo faturando “imagine na copa”…

  4. Imagine na Copa:

    A copa vai ser muito boa, nosso povo é acolhedor. Moro em Belo Horizonte, cidade de 2.500.000 habitantes. Imagine se ocorrer o absurdo de 25.000 visitantes, o que “não” vai acontecer. Essa quantidade não passa de 1% do total da nossa população. O Mineirão já recebeu mais de 100.000 pagantes, agora o número de torcedores presentes foi reduzido para algo em torno de 60.000 de forma que estamos bem posicionados. Eu imagino a Copa muito legal.  

  5. Começou no YouTube

    O bordão “Imagina isso na Copa” ficou famoso na série de vídeos O Jeitinho Carioca – Shit Cariocas Say, veiculada no YouTube, mas a Globo se apropriou da frase.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador