Sindicato dos Jornalistas do DF repudia atos do presidente e do palhaço contratado

A infâmia da situação já movimentou entidades de classe e de direitos humanos.

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro contratou um palhaço para falar sobre o PIBinho e, mais uma vez, humilhar os jornalistas ali presentes no cercadinho do Alvorada. A infâmia da situação já movimentou entidades de classe e de direitos humanos. O palhaço jogava bananas para os profissionais, enquanto o presidente dava tratos ao seu famoso bom humor.

O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal se posiciona quanto ao episódio.

Leia a nota a seguir.

Nota do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal

O Sindicato dos Jornalistas e das Jornalistas Profissionais do Distrito Federal repudia mais essa atitude desrespeitosa do presidente da República em relação aos profissionais do Jornalismo e toda a sociedade.

Os profissionais estavam, na manhã desta quarta (4/3), em frente ao Palácio da Alvorada, aguardando o presidente Jair Bolsonaro para entrevistá-lo sobre o resultado pífio do PIB no ano passado, divulgado também nesta quarta-feira.

No entanto, acompanhando o presidente estava um humorista, com faixa presidencial, que distribuiu bananas aos jornalistas. O humorista estava gravando um quadro para um programa de uma emissora. Jair Bolsonaro acompanhava o humorista, incentivou a chacota e se recusou a responder aos jornalistas.

O SJPDF execra tal atitude, que é a mais recente de uma série de posturas desrespeitosas e humilhantes por parte do presidente para com os profissionais que cobrem a portaria do Palácio. O acesso aos governantes é uma prerrogativa essencial ao trabalho dos jornalistas profissionais em sua missão perante à sociedade. Quando o jornalista está diante de uma autoridade, dirige perguntas e pede esclarecimentos a ela, o profissional representa toda a população – que não pode estar presente para fazer tais perguntas e pedidos de esclarecimentos pessoalmente. Assim, ao transformar jornalistas em alvos de chacota, o presidente Jair Bolsonaro desrespeita não somente os profissionais da imprensa, mas também a própria população que ele governa – que depende do trabalho do jornalista para se informar sobre as ações do governo.

Um país que não respeita os trabalhadores da Imprensa e desconhece seu papel fundamental em informar a sociedade é um país com sua democracia em risco.

O Sindicato coloca ainda seu departamento Jurídico à disposição de todas e todos os colegas para medidas legais cabíveis, inclusive para evitar o uso da imagem em situação que possa ridicularizar os trabalhadores.

Redação

5 Comentários

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  1. É o Palhaço Bozossauro com suas piadas sem graça.

    O episódio me faz lembrar de um trecho da belíssima música “Maria, Maria”, do Milton Nascimento e do Fernando Brant:

    “Maria, Maria
    É o som, é a cor, é o suor
    É a dose mais forte e lenta
    De uma gente que ri quando deve chorar
    E não vive, apenas agüenta”

    Mas é preciso ter manha
    É preciso ter graça
    É preciso ter sonho sempre

    Por isso, dia 8 de março, vamos ocupar as ruas

  2. Que me perdoem os jornalistas, representados por seu Sindicato. No mundo do mercado, agora no Brasil, todos, uns mais outros menos, repórteres, analistas, especialistas adrede convidados prestam serviço para defender, nos órgão de comunicação, jornais, TV, na rede, onde for necessário e possível, o grande capital (internacional e no Brasil, liderados e orientados pelos EUA). No caso, os repórteres que se deslocam para serem agredidos e ridicularizados por Bolsonaro com a claque que leva para esses encontros, agora até exagerou, levou um colega palhaço para ajudar nas agressões, estão sendo submetidos ao vexame, obrigados a tudo aceitar, mandados pela empresas jornalísticas das quais são empregados. A mídia como defensora do neoliberalismo e dos interesses dos EUA considera que há que se dar visibilidade ao desgoverno Paulo Guedes/Bolsonaro em apoio ao plano econômico, que na sequência do golpe de estado de 2016, não interessando os problemas criados para os trabalhadores, os mais pobres e miseráveis, iniciado com Henrique Meirelles/Temer. A é mídia é liderada pelas poderosas Organizações Globo. Vendo a programação da líder, dá para perceber, salta aos olhos, que há uma espécie de acordo tácito entre esta empresa comercial de mídia, que está toda enrolada com uma série de pendências junto à Receita Federal, e, inclusive e principalmente, a renovação de sua concessão de uso comercial do espectro eletro-magnético que é um bem público. O desgoverno golpista, faz ameaças nada veladas que não passarão de ameaças, desde que a Globo continue a apadrinhar e enaltecer no que puder a condução da economia Paulo Guedes/Bolsonaro (tem sido difícil) e não divulgar nada que não repercuta negativamente para as oposições e o PT, Lula e Dilma em particular. As greves nas empresas estatais (Casa da Moeda, Serpro e Dataprev e Petrobras), embora fatos de relevância, política e econômica, não tiveram repercussão na mídia, pouco, muito pouco, foi divulgado. Mesmo que a Globo por suas atuações deletérias ao longo da História recente bem que mereça ser execrada por todo brasileiro, não pode um governo ficar fazendo chantagens com quem quer que seja. É do regime democrático.

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