Nora Ney, a diva comunista

Por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

A carioca Nora Ney morreu aos 81 anos, no dia 28 de outubro de 2003. No início da carreira, cantava só em francês e inglês. Ela achava que sua voz grave e com dicção carregada nos erres não combinava com músicas em português. Enganou-se. Em 1952, passou a fazer parte da rádio Nacional, com voz grave e interpretações dramáticas transformou-se em uma das divas do rádio do Brasil.

Era casada com Cleido Maia, que a iniciou no movimento comunista. As brigas e agressões eram constantes, separada, era ameaçada de morte. Passou a viver com o cantor Jorge Goulart, também do Partido Comunista numa longa e definitiva união. No golpe militar de 1964 tiveram que se autoexilar no Leste Europeu por conta das perseguições políticas que sofriam por serem abertamente comunistas. Quando o golpe de 1964 aconteceu, os discos do casal chegaram a ser atirados pelas janelas da Rádio Nacional.

‘Preconceito’, de Antônio Maria e Fernando Lobo, sucesso na década de 50, já naquela época cultuada pelos homossexuais, Nora se tornou diva entre eles.

http://www.youtube.com/watch?v=O-bMA9h_1b4
http://www.youtube.com/watch?v=kmsvgX5Bi-k
http://www.youtube.com/watch?v=8l1fOK9RXBQ

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador