Você entende o que lê ou ouve?

Ia começar a semana tratando de uma tendência que a internet potencializou ao máximo: a necessidade de novidades.

Ela traz em paralelo o medo de estar por fora. E, claro, a paranóia da informação – “quem tem mais autoridade pra dizer isso?”, “é especialista, é amador?”, “será que é notícia falsa ou marketing viral?”, “quem disse primeiro?”, “há outro dizendo melhor”?

Dava para escrever um livro sobre a insegurança monstro que acompanha nossas relações diárias com a informação. Mas encontrei o clipe acima da banda Autoramas, que já diz muita coisa. Chama-se “Mundo Moderno”. Preste atenção na letra.

Ruminando programas

Há cerca de dois séculos, um pensador alemão disse que estávamos perdendo a capacidade de ruminar. Na busca constante pelo novo, pelo mais divertido ou mais eficiente, perdemos a capacidade de reler, repensar e digerir com calma seja lá o que nos caia nas mãos.

Quantos softwares você tem instalado? Quantos recursos usa? O quanto sabe sobre eles? O mesmo acontece com notícias: quantas você lê, quantas entende? Ou música: quantos mp3 (ou cds) você tem? Quantos efetivamente ouviu?

O “Mundo Moderno” é sufocante? Só se você der muita realidade a ele.

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