Confiança do empresário do comércio tem primeira queda no ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Resultado apurado foi afetado pela queda nas intenções de investimentos

Jornal GGN – O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 80,1 pontos em abril, uma queda de 0,3 % em comparação ao mês anterior, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado foi influenciado pela queda nas intenções de investimentos. Em relação a abril de 2015, o Icec encolheu 8%, refletindo a contínua retração na atividade do comércio, que se dá especialmente pela deterioração do mercado de trabalho.

Ao longo do período, o subíndice que mede as condições correntes (Icaec) chegou a 42,4 pontos, o que mostra um crescimento de 5,3% em relação a março. Mas, em comparação ao ano anterior,  registrou queda de 19,2%.

O setor permanece menos pessimista em relação às condições atuais da economia em abril. A avaliação positiva da percepção dos comerciantes em relação ao setor subiu 7,1% na comparação mensal, mas caiu 18,5% quando comparada ao mesmo período de 2015. Também foi registrado aumento de 8,8% no que diz respeito à avaliação sobre a economia e retração de 21,6 % em relação ao ano de 2015. No entanto, o volume de comerciantes que avaliam as condições atuais como “piores” continua elevado. Para 93,3% dos varejistas, a economia piorou em abril de 2016. 

Já o subíndice ligado às expectativas em relação aos próximos meses alcançou 123,2 pontos em abril. Embora esteja acima do patamar de indiferença (100 pontos), o resultado se manteve praticamente estável, subindo 0,4% ante o registrado em março. Na comparação anual, o aumento é de 0,7%, primeira taxa positiva nessa base de comparação observada desde 2013. “As perspectivas estão melhores neste mês de abril do que estavam em abril de 2015 para a economia (8,1%), enquanto estão piores para o setor do comércio (-0,3%) e para o próprio negócio (-3,4%)”, avalia Izis Ferreira, economista da CNC, em comunicado.

Segundo o levantamento, o subíndice que mede as condições de investimentos caiu 2,9% em relação a março e 13,6% na comparação anual, alcançando 74,8 pontos. O resultado foi influenciado por reduções em todos os itens: intenção de contratação de funcionários (-3,9%), intenção de investimento na empresa (-2,6%) e avaliação do nível dos estoques diante da programação de vendas (-2,1%).

O estudo ressalta que, para 74,7% dos entrevistados, as intenções de investimento no capital das empresas são menores, reflexo da trajetória de crescimento das taxas de juros e da elevação do custo de financiamento. A avaliação do nível dos estoques diante da programação de vendas de março para abril caiu 2,1%, o que indica alta no nível dos estoques. Para 34,4% dos empresários, os estoques estão acima do adequado, maior percentual da série histórica desse indicador.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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