Custo da cesta básica sobe em todas as capitais

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Houve aumento no preço do conjunto de bens alimentícios básicos em todas as capitais durante o mês de janeiro, segundo pesquisa nacional elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas ocorreram em Goiânia (15,75%), Aracaju (14,71%), Palmas (14,24%) e Brasília (13,32%). O menor aumento foi registrado em Curitiba (1,71%).

Na avaliação por custo, Brasília registrou o maior resultado (R$ 451,76), seguida de São Paulo (R$ 448,31), Rio de Janeiro (R$ 448,06) e Vitória (438,42). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 329,20), Maceió (R$ 337,32) e Rio Branco (R$ 341,53). Em janeiro, houve predominância de alta em todos os produtos nas cidades pesquisadas, com destaque para o feijão, tomate, óleo de soja, açúcar, banana, carne e batata, coletada na região Centro-Sul.

No caso do feijão, por exemplo, houve aumento de preço em 26 cidades, uma vez que apenas Florianópolis (-2,86%) não registrou alta. Para o feijão carioquinha – pesquisado na região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo – foram registradas elevações entre 1,36% em Brasília e 20,43%, em Belém. O feijão preto, pesquisado na região Sul e em Vitória e Rio de Janeiro, também apresentou alta, com destaque para Vitória (12,32%), Curitiba (6,12%) e Porto Alegre (5,48%). O preço do tomate subiu em 26 cidades, e a única exceção foi Porto Alegre (-0,60%). Os maiores aumentos foram anotados em Vitória (92,93%), Belo Horizonte (84,86%), Rio de Janeiro (77,94%), Palmas (66,80%) e Rio Branco (60,88%). As fortes chuvas diminuíram a oferta de tomate, elevando o preço.

Todas as capitais registraram alta no óleo de soja, exceto Macapá (-0,80%). As variações oscilaram entre 0,27%, em Belém e 13,24%, em Goiânia. A desvalorização do real em relação ao dólar tem estimulado as exportações da soja nacional e de seus derivados, o que diminuiu a disponibilidade do grão.

Foi verificado aumento do açúcar em 24 das 27 capitais pesquisadas. As altas foram mais expressivas em Goiânia (26,97%), Macapá (22,55%), Aracaju (18,14%), Brasília  (17,89%), Porto Alegre (16,60%), Manaus (14,76%) e João Pessoa (12,79%). As retrações foram observadas em Florianópolis (-5,11%), Rio Branco (-4,03%) e Palmas (-1,76%).

A banana teve seu preço majorado em 22 cidades. As altas oscilaram entre 0,16% em Porto Alegre e 30,86% em Goiânia. As quedas ocorreram em Curitiba (-14,73%), Macapá (-7,27%), Campo Grande (-5,83%), Boa Vista (-2,97%) e Porto Velho (-2,06%). A carne mostrou aumento de preço em 20 capitais. As maiores altas aconteceram em Aracaju (7,64%), Brasília (7,50%), Goiânia (6,26%) e Salvador (5,64%). As sete cidades que registraram queda foram Curitiba (-2,44%), Rio Branco (-1,80%), Macapá (-1,34%), Porto Velho (-0,69%), Natal (-0,26%), Cuiabá (-0,15%) e Boa Vista (-0,09%).

A batata subiu nas 10 capitais do Centro-Sul onde o produto é pesquisado, com exceção de Porto Alegre (-4,42%). As altas mais expressivas foram apuradas em Goiânia (37,61%), Brasília (27,56%) e Campo Grande (23,22%).

Com base no total apurado para a cesta mais cara (Brasília), e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese diz que, em janeiro, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.795,24, ou 4,31 vezes o mínimo de R$ 880,00. Em dezembro de 2015, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.565,30, ou 4,52 vezes o piso vigente (R$ 788,00).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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