Jornal GGN – A reeleição de Bruno Covas (PSDB) para a Prefeitura de São Paulo é considerada uma vitória para o governador João Doria, mas também pode ser um problema futuro.
Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Igor Gielow explica a conjuntura, a começar pela aliança em torno do prefeito reeleito – os 11 partidos que se uniram em torno de Bruno Covas, além das notícias em torno de seu enfrentamento do câncer e o empenho em torno do combate à covid-19, tudo teve participação de João Doria.
“A frente obedece a uma lógica que mira 2022. Doria entende que a tradição tucana de impor candidaturas no campo da centro-direita, que teve seu último suspiro no naufrágio presidencial de Geraldo Alckmin em 2018, está comprometida”, diz o analista, ressaltando que colocar o MDB como vice-prefeito de Covas (contra a vontade do candidato) foi uma sinalização do governador com relação aos acordos fechados – e, na prática, Covas leva o DEM (do vereador Milton Leite) junto.
Mas essas costuras também representam um problema: assim como Gilberto Kassab (PSD), que assumiu e foi reeleito após José Serra (PSDB) virar governador, o prefeito pode deixar sua própria marca na gestão do terceiro orçamento do país, para alegria da velha guarda tucana, que se mostra mais direcionada a outros nomes para a disputa da presidência, como o atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e até mesmo o apresentador Luciano Huck.
Desta forma, tanto a questão da união dentro do partido como os acordos costurados fora dele serão algo a que Doria deve ficar atento até as eleições de 2022.
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