Cias brasileiras lançam fundo para reflorestamento

Fundo investirá na reabilitação de áreas desmatadas da Amazônia, combinando as ações de recuperação de matas nativas ao plantio de florestas industriais. A ideia é aumentar a reserva de madeira para as indústrias moveleiras, de siderurgia (carvão vegetal) e papel, reduzindo a pressão dessas atividades sobre a floresta.

O Fundo de Investimentos em Participação (FIP) Vale Florestar, foi lançado nesta quarta-feira (05) pela Vale, BNDES, Funcef, Petros e a Global Equity, na sede da Vale, no Rio de Janeiro. O principal cotista é a Vale, que investiu cerca de R$ 230 milhões no projeto, e ficará com 40% do FIP. Os 60% restantes serão divididos em partes iguais entre BNDES, Petros e Funcef. A estrutura de operação financeira e gestão do fundo ficaram a cargo da Global Equity Administradora de Recursos.

Segundo Roger Angnelli, presidente da Vale, a rentabilidade esperada para o FIP está entre 8% e 10% ao ano. O projeto Vale Florestar foi criado em 2007 pela mineradora e, desde então, foram plantadas mais de 24,5 milhões de árvores em 70 mil hectares na região leste do Pará, em municípios situados no Arco do Desmatamento. Atualmente, a companhia comercializa eucaliptos com a Suzano Papel e Celulose.

Com a transformação do Vale Florestar em uma FIP, o grupo espera atrair investimentos de longo prazo atingindo uma meta de área plantada igual a 450 mil hectares até 2022, sendo 150 mil hectares desse total destinados ao plantio de florestas industriais.

Os investidores apostam nos mercados de compra e venda de créditos de carbono, e no crescente déficit de madeira no mundo, principalmente de madeira nobre. A região amazônica apresenta características climáticas que fazem com que a produtividade de árvores seja cerca de 8 vezes maior do que nas regiões temperadas (Europa e Estados Unidos).

O FIP também investirá em empresas com projetos na área de florestamento, reflorestamento, manejo florestal, processamento e comercialização de produtos florestais. Atualmente o Vale Floresta emprega 1,5 mil pessoas. A expectativa é que, no auge da produção, sejam gerados mais de 4 mil empregos diretos.

Redação

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