O Tesouro Direto é uma forma de investimento muito versátil. Além de oferecer segurança, liquidez diária e aporte mínimo baixo, também possui algumas diferenças entre seus títulos que se adequam a diferentes perfis e objetivos do investidor.
Antes de investir no Tesouro Direto, vai ser preciso entender que cada um dos títulos possui sua própria forma de rentabilizar o capital, atrelado a um tipo de taxa diferente. Abaixo, estão listados alguns títulos divididos em três categorias: Tesouro Prefixado, Tesouro Pós-fixado e Tesouro híbrido, onde estão descritas as diferenças entre cada um deles.
Tesouro Prefixado
No Tesouro Prefixado, o investidor consegue saber qual valor vai receber na data de vencimento do título. Isso porque a taxa de rentabilidade já é conhecida desde o momento da compra. Dessa forma, é possível fazer as contas, descontando a inflação, e saber quanto será o rendimento real da aplicação.
Esse tipo de título geralmente é recomendado caso a taxa de rendimento dele se mostre mais interessante que os indexadores da economia aos quais os outros tipos de títulos do Tesouro Direto podem ser atrelados. É comum que as pessoas invistam nessa modalidade quando o cenário é de queda nos juros do país, por exemplo.
Ou seja, quando a Selic, a taxa básica de juros brasileira, é menor do que a taxa prefixada no momento da compra, o Tesouro Prefixado pode mostrar-se mais atraente.
Existem dois tipos de títulos prefixados: Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. Entenda a diferença entre eles:
Tesouro Prefixado (antigo LTN)
Nesse tipo de título prefixado, o investidor irá receber o valor investido mais a rentabilidade na data de vencimento do título, ou seja, o pagamento é realizado de uma só vez, ao final do prazo de aplicação.
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (antigo NTN-F)
Já nesse outro tipo de título, o investidor recebe parte da rentabilidade do valor investido a cada seis meses. É uma espécie de antecipação da rentabilidade contratada. O retorno já é repassado para o investidor com incidência de Imposto de Renda.
Para quem busca complementar a renda, o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais pode ser uma boa opção.
Tesouro Pós-fixado
O Tesouro pós-fixado se adapta às condições do mercado durante todo o tempo da aplicação, isso porque seu rendimento é atrelado a indexadores da economia, como a taxa Selic ou a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Sendo assim, sempre que o indexador ao qual o título está atrelado subir, a rentabilidade também sobe, da mesma forma, se a taxa cair o rendimento também cai.
Esse tipo de título é mais indicado para investidores mais conservadores que preferem ter investimentos que se adaptam às mudanças do mercado.
Um dos exemplos de título pós-fixado é o Tesouro Selic.
Tesouro Selic (antigo LFT)
Esse tipo de título tem sua rentabilidade atrelada à taxa básica de juros brasileira, a Selic. É indicado quando a tendência é que a Selic suba ou se mantenha em um patamar elevado.
Devido à sua baixa volatilidade, esse título pode ser indicado para quem não sabe exatamente quando vai resgatar o dinheiro ou para o investidor que é mais conservador, já que o valor de mercado desse título não sofre tanta variação.
Vale ressaltar que a taxa Selic pode oscilar de maneira diferente às expectativas do mercado, por isso a melhor saída é sempre diversificar os investimentos para proteger o capital.
Tesouro Híbrido
Como o próprio nome já sugere, os títulos híbridos possuem parte da rentabilidade prefixada e outra pós-fixada, que geralmente é vinculada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Conheça dois tipos de títulos híbridos: Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.
Tesouro IPCA+ (antigo NTN-B Principal)
Por oferecer prazos de vencimento mais longos, o Tesouro IPCA+ é muito procurado por quem está pensando na aposentadoria, na faculdade nos filhos ou em outro projeto no longo prazo.
Uma parte de seus rendimentos varia de acordo com o IPCA, o que faz com que a rentabilidade final desse tipo de título sempre seja acima da inflação.
Assim como em outros títulos do Tesouro Direto, é bom atentar-se à movimentação do indexador ao qual o investimento está atrelado. No caso do Tesouro IPCA+, se houver queda na inflação, a rentabilidade do título também cai.
O pagamento desse título e de sua rentabilidade é realizado na data de vencimento do contrato.
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (antigo NTN-B)
Diferente do título citado acima, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais paga os rendimentos ao investidor a cada seis meses e já é descontado o Imposto de Renda sobre o valor.
Por ser um título que possui parte de sua rentabilidade atrelada a uma taxa prefixada e parte vinculada à variação do IPCA, o investidor sempre receberá um valor acima da inflação, mesmo que ela aumente ou diminua.
Depois de conhecer vários tipos de títulos do Tesouro Direto, o investidor poderá escolher qual se encaixa melhor ao seu perfil e vai de encontro aos seus objetivos. Feito isso, é possível começar a investir.
Lembrando sempre que os especialistas e profissionais do mercado recomendam a diversificação, ou seja, que todo o capital não seja aplicado em apenas um tipo de investimento.
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