Dos 24 partidos, apenas PSOL votou integralmente contra perdão da dívida de Igrejas

“O texto aprovado não trata da tributação ou de perdão de dívidas de pessoas físicas relacionadas a essas igrejas", defendeu Orlando Silva, do PCdoB

Jornal GGN – Dos 24 partidos com representação na Câmara dos Deputados, apenas o PSOL votou integralmente contra o projeto de lei que continha um jabuti, que abre caminho para o perdão da dívida de R$ 1 bilhão em tributos de Igrejas. Os dados foram levantados e divulgados pela Folha desta sexta (11).

Segundo o jornal, depois do PSOL, que fechou questão contra o PL, o Novo foi o partido que mais deu votos contrários. Apenas um de seus deputados se absteve da votação.

No total, foram 345 votos a favor, 125 contrários e duas abstenções. O presidente Jair Bolsonaro tem até hoje para decidir se vai sancionar ou não o PL, incluindo o perdão da dívida. Ele tem a opção de sancionar vetando alguns trechos.

Segundo a Folha, o PL “altera a lei de 1988 que instituiu a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) para remover templos da lista de pessoas jurídicas consideradas pagadoras do tributo.”

Cerca de 20 deputados contrariaram a determinação de seu partido e votaram a favor do texto. Entre eles, membros do PT e do PCdoB.

Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Orlando Silva publicou um artigo nesta quinta-feira (10) defendendo a emenda.

“o texto aprovado não trata da tributação ou de perdão de dívidas de pessoas físicas relacionadas a essas igrejas. Nem perdoa fraudes porventura existentes. Regula a imunidade já garantida pela Constituição, e alcança todas as denominações religiosas”.

Leia mais:

Fatos X Narrativas sobre o PL 1581/2020, por Orlando Silva

Redação

8 Comentários

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  1. Repetir aqui uma manchete marota da Folha é lamentável. Por que?
    Porque ela não é honesta, a menos que seja abastecida de todos os votos reais.
    Suponhamos que além do PSOL com 9, tenhamos outros onde, por ex. 45 de 48 também tenham votado como o PSOL, e ainda com a mesma orientação.
    Ora, a unanimidade é ou pode ser apenas um detalhe.
    Se estamos “criticando” partidos, a verdadeira informação carece de mostrar os números dos mesmos na votação.
    Ou a intenção será a de dizer que todo mundo exceto o “integral” é hipócrita?
    Sem desmerecer o aspecto de que num estado laico, tratar de dinheiro de igrejas como empresas privilegiadas dá margem a interesses escusos (que se incentive apenas as (eventuais) obras assistenciais comprovadas).
    Fora a dificuldade evidente em contabilizar sacos de dinheiro vivo em doações de crentes anônimos, némêz?
    Tipo assim: 3 sessões por dia num “templo” arrecadador de 2000 lugares, numa média de R$ 10 “real” por fiel, rende 60 mil “real” por dia. Em 1 mês, UM “templo” arrecadaria R$ 1,8 milhões ou R$ 21,6 milhões por ano. Se de outra forma a “igreja” tiver 100 templos de 200 lugares cada um, isso dará mais de R$ 0,2 bilhões por ano. Sim, sim, apenas elocubrações. Então use as suas!
    Sem nenhuma fiscalização ou contabilização necessária.

    1. Fato é que o Movimento-65(ex-PC do PC do B) e os deputados petistas que votaram “sim” – Benedita da Silva, Carlos Zarattini, Zé Neto e José Ricardo – ficaram abaixo, em termos de coerência, de Kim Kataguiri(DEM) e de quase toda bancada do Novo (um novista se absteve), que votaram “não”.
      No popular: deram mole.
      Nesse episódio, cobre-se dos deputados do Movimento-65(ex-PC do PC do B) e dos quatro petistas – senão do próprio partido -, e não da Folha.

  2. “Regula a imunidade já garantida pela Constituição, e alcança todas as denominações religiosas”, declarou um dos traíra.
    Minha pergunta: em “alcança todas as denominações religiosas” qual a parte que cabe as evangélicas, principalmente as seitas do maucedo, do malacheia e do outro enganador (o que usa chapéu, indicou semente de feijão para Covid e vendia, ou vende ainda, pedaços de gravata)?

  3. A lei deveria possibilitar a cassação da isenção no caso de descumprimento de objetivos sem fins lucrativos. Bastaria definir sinais exteriores de riqueza dos religiosos e dos templos, denunciar os fins lucrativos e autuar.

  4. Orlando Silva, aquele que veio a público dizer que o PT “é coisa do passado”, agora tenta enganar os incautos com essas explicações que não convencem ninguém.

    O PCdoB adota uma política cada vez mais direitista e oportunista. Basta ver as loucuras que estão fazendo, como se aliar ao PSL em vários municípios, ou a defesa fervorosa de uma “frente amplíssima” com o PSDB e DEM. No próximo período, presumivelmente, vão adotar uma postura anti-Lula.

    Triste fim de um partido de esquerda.

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