Encarar os fatos, por Antonio Delfim Netto

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Encarar os fatos

Por Antonio Delfim Netto

No Valor

Estamos num momento muito importante. Ele definirá qual será nosso futuro nos próximos quatro anos e deixará marcas na nossa história até o fim dos tempos. As próximas gerações vão continuar a “ler” na evolução gráfica do nosso PIB os seus instantes de “avanços” e de “retrocessos”. Todo o resto que hoje parece sólido, o tempo dissolverá: os erros e os acertos das políticas sociais e econômicas voluntaristas, os bônus ou os ônus externos, os exageros monetários, fiscais, salariais e cambiais, os argumentos falaciosos, a contabilidade “criativa”, as tentativas de violações das identidades da contabilidade nacional e os desmandos administrativos praticados em gigantescas empresas estatais. Até os bons resultados e as críticas impertinentes serão esquecidos.

A grande certeza – comprovada por nosso passado – é que tudo será corrigido, com custos maiores ou menores, dependendo da inteligência e da aceitação da realidade por parte do renovado poder incumbente. No eletrocardiograma dos períodos de FHC, de Lula e de Dilma, só restará o crescimento do PIB e, talvez (apenas talvez), um registro mais leve dos avanços nas políticas que incentivaram o aumento da igualdade de oportunidade. O fato é que nem estas, nem o Brasil foram descobertos em 1994! A crueldade estatística é que as escaras produzidas no indicador do PIB, não importa se por má sorte ou pelas contradições entre a política social e a econômica, não desaparecerão. São perdas definitivas que atrasaram nosso avanço relativo na construção da sociedade civilizada. O governo Dilma Rousseff terá registro por muitos motivos, mas será lembrado, de 2018 em diante, pela marca que deixar no PIB. No período FHC, o PIB cresceu pouco: 2,3% ao ano. No período Lula, melhorou: 4,1% ao ano. No período 2011-2014, apenas 1,6% ao ano. A herança do primeiro mandato é pesada. Para repetir a pobre performance do PIB total de FHC, será preciso crescer pelo menos 12% no período 2015-2018, ou seja, 3% ao ano, em média, o que não parece tarefa trivial.

É tempo, portanto, de enfrentar fatos elementares incontornáveis:

1) Que para a sociedade não existe nada que não consuma recursos. A passagem grátis de ônibus do Paulo nem é seu “direito”, nem é “dever” do Estado: ela será, necessariamente, paga pelo Pedro. O Estado, que tem o monopólio da força, pode obrigar a transferência do custo cobrando imposto do Pedro e registrando o subsídio do Paulo no orçamento. Mas isso tem um limite na paciência do Pedro!

2) A sociedade não pode distribuir o que ainda não foi produzido, a não ser recebendo um presente externo (uma melhoria das relações de troca, que é sempre transitória como aconteceu em 2003-2010) ou tomando emprestado no exterior (que a nossa experiência mostra que sempre termina muito mal). Logo vamos ter de nos acomodar com nossos próprios recursos.

3) Que essas duas restrições não são “ideológicas”. São “físicas”. Elas abrigam neoclássicos, marxianos, keynesianos, kaleckianos e até marcianos e impõem cuidadosa harmonia entre as políticas redistributivas e o nível de investimento que determina a taxa de crescimento do PIB. Sem crescimento, por motivo interno (investimento e exportação) ou externo (“bônus” ou “dívida”), a redistribuição continuada levará ao desastre. Isso nada tem a ver com a defesa do “capitalismo”, considerado como um fenômeno “quase natural” e o “horizonte intransponível da sociedade civilizada”, como querem alguns ingênuos “cientistas” que esquecem a história. Ele é um mero instante naquela construção, como mostraram Karl Marx (1818-1883), Max Weber (1864-1920), John Maynard Keynes (1883-1946), Joseph Schumpeter (1883-1850), Karl Polanyi (1886-1964), Fernand Braudel (1902-1985) e Albert Hirschman (1915-2012).

4) Que a política fiscal bem conduzida é a mãe de todas as políticas. É ela que: a) permite uma política de “meta de inflação” crível que quando; b) apoiada por uma política salarial que “acredita” na “meta”, permite o aumento relativo do salário real e o controle da taxa de inflação com pequenas manobras sobre a taxa de juro real de longo prazo e c) deixa espaço para uma política cambial que estimula o nível interno de atividade.

5) A situação interna e a externa hoje não são nada favoráveis. Um programa crível, mas apoiado apenas num duro ajuste fiscal pontual e no aumento da taxa de juros real, poderá nos levar a uma recessão da qual não nos livraremos sem graves custos sociais, econômicos e políticos. Por outro lado, um programa de “pouco mais do mesmo” aprofundará o desânimo e continuará a piorar os indicadores sociais e econômicos até que ocorra uma crise.

Salta aos olhos que, em parte por conta da própria estagnação do PIB, a situação fiscal não é sustentável. Sua correção, entretanto, exige um programa transparente que a corrija em dois ou três anos, mas cuja credibilidade antecipe expectativas favoráveis aos investimentos e dê conforto aos trabalhadores no inevitável processo de ajuste. Não resta ao governo outra alternativa que não seja a de cooptar a confiança do setor privado para ajudar a realizá-lo.

Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

19 Comentários

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  1. O professor Delfim Neto

    O professor Delfim Neto comete um pequeno deslize, obviamente consciente disso.

    O “limite na paciência do Pedro” não é físico, é ideológico.

    1. Eh incrivel. a falta que faz

      Eh incrivel. a falta que faz um bate papo como aqueles outrora promovidos pelo presidente Lula ,onde economistas de matizes diversos discutiam a politica economica diretamente como presidente da republica. Lembro_me que naquela epoca o ex ministro nao falava tanta bobagem e ate ajudava muito.

  2. Eu vejo um futuro com o Guido

    Eu vejo um futuro com o Guido tendo o mesmo espaço para criticar governos correntes. Isso se houver isonomia. Afinal, quem nunca errou na política economica que NÃO atire a primeira pedra. Tá tudo errado, tudo trocado. A contabilidade criativa é mais uma das diversas expressões no país das sigkas e da piada pronta. Piada pronta quando temos incensadores de deuses economistas que maquiaram a inflação durante a ditadura etc. Mas o tempo parece que cura udo. Aguente Guido, no futuro poderá ser como o Delfin: criticar o que já fez. Pobre Brasil, pobre de suas paisagens com tanta gente hipócrita.

  3. Se o governo Dilma cortar os

    Se o governo Dilma cortar os gastos que atingirão programas sociais, a elevação dos juros da Selic, para tentar agradar ainda mais o mercado financeiro, é bem provável que o seu governo acabe no dia 1º de maio de 2015. 

  4. a opinião do delfim é

    a opinião do delfim é importante,

    mas é nitidamente conservador,

    tá mais pra direita.

    não coloca o tranalhador como fonte da análise e sim o mercado.

  5. Assim ……………..

    Podemos ou não gostar do Delfim, mas não podemos ignorar suas ddeclarações.

    Sobre o julgamento de sua performace no passado, como todos nós, houve méritos e deméritos, mas não devemos também esquecer que passados 70 anos, as condições e o cenário global são totalmente diferentes.

    Temos vários outros especialistas em economia que emitem também suas opiniões, mas não é porque são filiados ao PT ou simpáticos ao partidos que devemos semmmpre lhes dar razão.

    Conçeição Tavares, outra iluminada, tem feito também, várias observações sobre a atual conjuntura economica vivida e o que nos aguarda no próximo ano, e nem mpor isto, vejo que devemos criticá-la !!!! 

  6. Uma análise bastante lúcida !!!!!!

    Já fiz meu comentário sobre o artigo, mas como o abaixo diz respeito ao mesmo assunto econômico, repasso.

    “Golpe, modelo e dívida

     

    Adriano Benayon

     

    O Brasil vive momento grave, com a grande mídia, pedindo golpe de Estado para derrubar a presidenta recém-reeleita.

    2. Os golpes em nosso País são recorrentes, e já houve muitos além dos  mais conhecidos, que são os  de caráter predominantemente militar: 1937, 1945, 1954, 1961 e 1964.

    3. O jornalista Luiz Adolfo Pinheiro intitulou seu bom livro, “A República dos Golpes”, publicado em 1993, que abrange somente os anos de Jânio Quadros a Sarney.

    4. Não só no Brasil historicamente, mas cada vez mais no mundo atual, os instrumentos principais dos golpes inspirados pelas potências imperiais têm sido instituições civis, como o legislativo e o judiciário.

    5. Foi no âmbito da polícia civil que se articulou a conspiração concluída na área militar, que depôs o presidente Vargas em 1954.

    6.  A famigerada, desde o Estado Novo, Delegacia de Ordem Política e Social – DOPS, chefiada pelo simpatizante nazista, Cecil Borer, foi que armou o atentado da rua Tonelero, envolvendo a guarda pessoal do presidente e a ela atribuindo o crime.

    7.  O alvo era o próprio major Vaz, para acender a revolta Aeronáutica e na opinião pública, e não, Carlos Lacerda, o encarniçado adversário de Vargas, com o simulado e inexistente tiro em seu pé.

    8. Por que a DOPS? No auge da Guerra Fria, os nazistas e simpatizantes foram recrutados em massa pelos serviços secretos das potências angloamericanas, para reprimir os “comunistas”, rótulo ao qual buscavam associar todos os que, como os nacionalistas, desagradassem àquelas potências.

    9. Voltemos a 2014: no período eleitoral, delegados da polícia federal, a que se atribui serem simpáticos ao PSDB,  vazaram informações do inquérito (operação Lavajato), em que investigam irregularidades em contratos entre a Petrobrás e  grandes empreiteiras de obras de infra-estrutura.

    10. Há poucos dias, acabam de prender executivos dessas empreiteiras, as quais, além de atingidas pelo escândalo, com repercussões sobre futuras contratações, serão provavelmente condenadas ao pagamento de pesadas multas.

    11. Desavisados moralistas exultam com essa suposta demonstração  de que as instituições do País estejam  combatendo eficientemente a corrupção. O PT louva a presidenta por ter sancionado nova lei, que permite agir também contra os corruptores.

    12. O povo ilude-se e acredita que seja isso mesmo que está em causa. Desconhece a natureza do jogo  prevalecente nas altas esferas do poder, notadamente as do poder mundial. Para isso concorre o tsunami de ignorância gerado pelos investimentos que nela faz a oligarquia concentradora transnacional, há um século.

    13.  A mega-corrupção exercida por essa oligarquia coopta colaboradores em todas as estruturas econômicas e institucionais e,     ironicamente, usa, a seu serviço, a corrupção derivada, a de menor porte, aumentada inclusive em decorrência do investimento na anticultura e na destruição dos valores éticos.

    14. É essa, a derivada a que aparece,  quando sua exposição serve aos objetivos da estratégia imperial, produzindo grande comoção em amplos segmentos da população e desviando o foco dos reais problemas e de suas fontes geradoras.

    15. Sem acesso às informações sobre como a oligarquia financeira  envolve os poderes constituídos do Estado, infiltrados por seus interesses,  o povo concentra seu ódio sobre os corruptos expostos pela corruptíssima grande mídia. Deveria desconfiar de que, se são expostos, é porque são os que estão causando menor dano ao País.

    16. Por que as grandes empreiteiras estão sob o fogo da repressão? Elas constituem o principal núcleo de poder econômico no País que ainda não foi controlado pelo capital estrangeiro. São exportadoras de serviços, ocupam pessoal qualificado e se tornaram conglomerados, que investem até mesmo em tecnologia de uso militar.

    17. Ademais, o escândalo que domina as atenções envolve também a principal estatal do País, ou seja, uma das poucas empresas gigantes sob controle nacional, apesar de infiltrada por quadros ligados às transnacionais do setor e a bancos da oligarquia financeira angloamericana.

    17. Para fechar, convém ter presente a penetração de ideias e a cooptação por parte de entidades estrangeiras na Polícia Federal, notória desde que a Delegacia Antitóxicos recebe ajuda de sua congênere norte-americana.

    18.  Não se deveria tampouco ignorar a política das numerosas agências de inteligência dos EUA de atrair as simpatias de quadros das instituições-chave do País, como a Polícia Federal.

    19. O foco na corrupção, ignorando a fonte da mega-corrupção, é  instrumento do poder oligárquico mundial.  Em geral, estão alinhados com este, os que mais gritam contra a corrupção.

    20. Um dos fatos fundamentais obliterados é que, no âmbito dos carteis financeiros e econômicos, a ética pode ser tema de discurso, mas não faz parte do objetivo central, o poder, nem do objetivo imediato, o lucro, independentemente de como seja obtido.

    21. Expor as reais razões do escândalo  das relações entre grandes empreiteiras e a Petrobrás não é dizer que nelas houve corrupção. Isso, porém, está sendo usado para favorecer grupos transnacionais, tradicionais comitentes de n tipos de corrupção.

    22. Entre eles, os permitidos pelas leis e políticas impostas aos países, tais como tolerar as práticas monopolistas e demais formas de abuso do poder econômico.

    23. Não menos danoso para o Brasil é ferir de morte as empresas privadas e públicas em que se mantém os últimos bastiões de autonomia tecnológica no País, alvo que é do “apartheid tecnológico”, decorrente de  os carteis transnacionais dominarem o mercado, reforçado por acordos internacionais, como o TRIPS  no âmbito da OMC.

    24. Os promotores da desestabilização da presidenta da República e do golpe em curso são de dois tipos:

    a)  os colaboradores do sistema imperial, que nos impõe, desde 1954, o modelo de dependência financeira e tecnológica, e utilizam hipocritamente o pretexto da moralidade para desnacionalizar e desindustrializar ainda mais a economia;

    b) os enganados pelo alienado discurso moralista e são arregimentados para solidarizar-se com a repressão destinada a eliminar as empreiteiras e acabar de desnacionalizar a Petrobrás.

    25. Isso não significa que não se deva expurgar a estatal de seus quadros corruptos. Se isso for feito, como se deve, vai-se notar que a maior parte deles é ligada a grupos e a interesses das transnacionais estrangeiras, lá colocados.

    26. Isso ocorreu principalmente no governo antipátria de FHC, e a maior parte dos corruptos permaneceu na Petrobrás e na ANP, nos governos petistas, conciliadores em relação àqueles grupos. Esse é o caso, inclusive, do pivô do escândalo, o delator premiado.

    27. Enquanto a operação Lavajato ocupa o centro das atenções, e avança em direção favorável ao objetivo de enfraquecer o já fragilizado poder econômico nacional, são esquecidas as causas fundamentais dessa fraqueza.

    28. Estas se situam no binômio modelo pró-imperial-envidamento público. A propósito, o Brasil está com déficit recorde no balanço de transações correntes com o exterior: US$ 85 bilhões por ano. 

    29. Essa sempre foi a causa do crescimento da dívida externa, desde que JK (1956-1960) aplicou a política entreguista do golpe udenista-militar de 1954, que cumulou de favores os carteis transnacionais para monopolizarem os mercados industriais do País.

    30.  A dívida externa ascendeu a U$ 541,42 bilhões, em agosto último (R$ 1,4 trilhão, ao câmbio atual). A dívida pública interna, a R$ 3,067 trilhão.

    31. O serviço da dívida (juros e amortizações) consome 42% das despesas da União, e realimenta-se  com as taxas de juros absurdamente altas e que, por isso, não podem ser pagas só com recursos dos tributos.

    32. A parte do serviço da dívida que o Tesouro paga com as receitas corresponde ao “superávit primário”.  Elaborei uma tabela, no programa Excel, lançando  o montante da dívida pública interna em 1994,  e  taxa de juros de 3% aa.

    33. Por que 3% aa.? Essa taxa supera a de  muitos países, e não há base para a ideia, sempre impingida ao público, de que se têm de combater a inflação com juros elevados. 

    34. No Brasil, os preços são altíssimos, porque os carteis impõem os que desejam, mais ainda que em outros países. Fosse outra a política, a inflação seria moderada, e não ficaria ao sabor de farsas, como a do Plano Real.

    35. Além dos juros 3% aa., inseri na tabela os montantes do superávit primário, para resgatar dívida,  implicando que não haveria novas emissões de títulos para isso.

    36. Resultado: mesmo sem  superávit primário de 1995 a 1997, pois ele só ocorreu em 1994 e de 1998 a 2001,  a União já teria eliminado a dívida interna, e sobrariam R$ 22 bilhões, em 2001.

    37. Ora, com as absurdas taxas de juros comandadas pelo cartel dos bancos e cumpridas pelo BACEN, e, apesar de superávits primários totalizando, de 2002 a 2013, em valores correntes, R$ 1,082 trilhão, a dívida interna cresceu para quase R$ 3 trilhões.

     * – Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

    1. A dívida têm de ser auditada com o pagamento suspenso

      A Argentina não pagou nem 3% da sua dívida e já está livre, leve e solta para fazer negócios.

      Se o Brasil conseguir 20% de desconto no principal e diminuir os juros pela metade j´está bom.

      Mas Dilma, eles precisam acreditar que iremos suspender o pagamento.

      O acordo sai com a ajuda dos BRICs.

  7. Quais fatos?

    Fato 1: Paulo é um vagabundo que não trabalha e só anda de ônibus.

    Fato 2: Pedro é um trabalhador (produtor de bens e serviços) que não anda de ônibus.

    Logo, Pedro (o trabalhador) tem que pagar o ônibus para Paulo (o vagabundo) passear.

    Que mundo é esse professor?

  8. Produtividade…

    O capitalismo brasileiro avançou em repor a volta do crescimento de renda dos trabalhadores, o que não ocorrera em quase nenhum lugar do mundo neste século. Entretanto, o crescimento da renda só será viável se houver investimentos e ganhos em produtividade. Sem isso a roda para. E nem mesmo em 40 anos uma sociedade socialista como a russa-soviética conseguiu arrumar outra forma de tocar a economica sem isso. O que o Delfim fala é claro: ou ganhamos em produtividade dentro de um mundo todo bagunçado onde todo mundo quer exportar, ou nos endividamos em dólar até quando a crise chegar. Ou um, ou outro. 

    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

                 ‘Antes que não sobra nada”’

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

       

  9. Como o crescimento anual PIB

    Como o crescimento anual PIB parece é que tudo, ou mesmo o Deus único e onipotente da Economia Mundial, para o Sr. Delfim Neto, para que gastarmos tanto tempo, gente e dinheiro para avaliarmos o Brasil e outros países,  e que supomos ter o mesmo critério evidentemente?

    Simplificaria muita coisa, e baratearia também os custos de milhões de pessoas envolvidas nestes processos em todo o mundo.

    A Economia teórica finalmente chegaria ao entendimento popular mundial.

    Simples! Dados do PIB, e pronto!

    Está bom ou ruim! 

    O resto é bobagem, inclusive qualidade de vida, desemprego, distribuição de renda, inflação, renda per capita, educação, saúde, financiamento de habitações, etc, etc, etc, etc, e outras dezenas de índices econômicos, financeiros e sociais.

    Em resumo: para que gente como ele, então? Totalmente descartáveis  estes economistas e analistas pelo que entendi do texto, extremamente simplista para uma homem como Delfim Neto, Ou mesmo, para quê um Nassif?

    Fico imaginando o “coitado”  do Japão , e do seu povo ‘sofredor’, com crescimento médio anual do PIB em torno de 0,84% de ‘2000 até 2012’, e não muito maior nos anos anteriores.

    Para que este tanto de dados macros e gráficos na tentativa de retratar um cenário econonômico e social, seu histórico, sua evolução , seu planejamento futuro, e o mais importante ainda: a vida real das pessoas, a sua sensação de bem estar presente e espectativas para o futuro? Aliás, a economia capitalista sobrevive de confiança e expectativas, não é mesmo?

    Coisas deste tipo seriam descartáveis, e estaria provado realmente que a Economia não é uma ciência, e com certeza o desemprego, entre especialistas da área, causado por esta ‘constatação’ geraria outra crise mundial.

    A Economia se resumiria a uma contagem simples de riquezas produzidas em um ano, e no acúmulo dos mesmos.

    Fáci, barato e simples de entender por todos, e de se controlar por poucos, por se tratar de somente uma variável a pesrseguir, e não as dezenas delas e todas interconectadas que as economias modernas teem administam conjuntamente hoje em dia.

    Descartaríamos dados e gráficos como estes aí abaixo, ou dezenas de outros nos links a seguir:

    por 

    https://brasilfatosedados.wordpress.com/

     

    Índice de Desemprego Médio - Índice WB - BRASIL x UNIÃO EUROPÉIA (EU-28) - Evolução - 2004 - 2014

    Classes econômicas - A, B, C, D e E - BRASIL - Evolução - 2003 - 2011 - 2013 - em milhões de pessoas

    Empregos formais - Brasil - Governos - 1986 - 2014 - em milhões de empregos - média anual de redução (-) ou aumento (+)

    Evolução do PIB per capita - diferença em dólar - U$ negativa (-) ou positiva (+) - BRASIL x MUNDO - 1989 - 2014 - rev A

    CRIAÇÃO DE EMPREGOS EVOLUÇÃO - 2002- 2012 - em milhões de vagas = BRASIL- ESPANHA - FRANÇA - INGLATERRA - ITÁLIA - ESTADOS UNIDOS - rev. B

     por 

    IED - U$ bilhões - BRASIL - Evolução - 1995 - 2014 - rev. E

    Risco País - EMBI+ - em pontos - BRASIL - Evolução - 1994 - 2014 - rev. C

    Inflação Média - Índice IPCA - % - BRASIL - Evolução - 1995 - 2014  

    Ou outras dezenas que podem  ser acessados aqui:

    https://brasilfatosedados.wordpress.com/

    Abcs,

  10. Essa é a frase do artigo: “A

    Essa é a frase do artigo: “A grande certeza – comprovada por nosso passado – é que tudo será corrigido, com custos maiores ou menores…”

    O Delfim sabe: o povo, com boa ajuda da mmatrix, “entuba”. E ele sabe também qual é o jogo do mercado e da oposição: “vamos derrubar; em seguida a gente aplica nosso receitinha e colhe os louros depois (mais uma vez com ajuda da matrix)”

  11. “…tempo dissolverá: os

    “…tempo dissolverá: os erros e os acertos das políticas sociais e econômicas voluntaristas…”

    Enqunto deu certo, esse senhor posava? de um dos mais próximos e influentes conselheiros do Lula. Disse inclusive, não sei se com essas palavras, que o Lula havia salvo o capitalismo. A conferir nos links abaixo  

    Para: “Delfim, Lula salvou o capitalismo brasileiro'” no http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/13200-para-delfim-lula-salvou-o-capitalismo-brasileiro

    “Lula está salvando o capitalismo”, diz Delfim no http://atarde.uol.com.br/materias/imprimir/1369642

    Além de vários outros, inclusive no site da oía, Algusto Nunes, mas me recusei a garimpar a notícia no sitio desse jornalista. 

    Haja filó!!!!

     

     

  12. E os banqueiros recebem do Pedro e do Paulo.

    O Pedro e o Paulo podem, direta e indiretamente, pagar com sacrifícios imensos no caminhar de suas vidas por causa das políticas econômicas que privilegia banqueiros, pois o seu filão está garantido com os superávits primários, que cobra esses sacrifícios, pois para pagar mais de 42% do PIB em dívidas acaba não sobrando nada para saúde, educação, moradia, transporte etc. O Pedro tem que trabalhar prá burro para poder pagar um convênio, já que a saúde pública é péssima, pagar uma escola particular ao filho, pois a educação pública nem se fala, manter um carro para não passar aperto no busão, pode ficar até no trânsito engarrafado, mas confortavelmente no ar condicionado ouvindo a CBN criticar as políticas sociais do governo, fazendo o Pedro acreditar que  é ele quem sustenta o vagabundo do Paulo, mas não percebe, não por culpa dele, mas por uma mídia corporativa, mesquinha e desumana que é financiada por banqueiros, e que deve possuir algumas ações e títulos do governo, não explica a fundo que quase metade do PIB vai para a conta dos banqueiros e, devido a isso, não sobra dinheiro para os custos sociais “garantidos” pela Constituição.

  13. Quando Delfim elogiava Lula

    Quando Delfim elogiava Lula ele era para a torcida organizada um dos maiores economistas do mundo. Mesmo elogiando Lula no artigo, mais criticando a ” desgraça ” econômica no Governo Dilma, ele passa a ser um conservador de direita. Dá a impressão que o Petista foi enganado pelo próprio partido, até porque a Dilma parece comungar da meã opiniao dele, como mostra a equipe econômica por ela indicada. Felizmente, ou não, a farra do boi com o chapéu alheio acabou e nós pagaremos a conta !!

  14. Com o passar do tempo

    aprendi a observar com atenção as opiniões do Delfim Neto> não que ele esteja invariavelmente certo, mas é sempre um ponto de vista lúcido e interessante. A experiência fez-lhe bem!

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