Entre a Rosa e a Margarida, por Luciano Hortencio
Sou absolutamente contrário às inovações que foram feitas nos festejos juninos. Hoje em dia não se brinca mais a quadrilha como se fazia antigamente. Em cada bairro havia uma quadrilha junina, doméstica, organizada e engraçada. Concorrência, se havia, era só de boca, nada de concursos e premiações, que terminam tirando a beleza e espontaneidade da festança.
Hoje em dia, o que se vê são mega espetáculos que nada têm a ver com os festejos tradicionais. Ganha quem corre mais, pula mais e exagera mais. É de fazer pena e dó. A grande mídia apoia e pululam nas TVs esses espetáculos que podem ser simulacro de escolas de samba e bumbas meu boi estilizado. Quadrilha junina não.
Hoje trago para apreciação a Margarida, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, na interpretação de J. B. de Carvalho. Assista ao vídeo e veja se tenho razão no que escrevi acima.
Eu só tive até agora dois amores nesta vida
Primeiro foi a Rosa e o segundo Margarida
Ai Margarida, gosto muito de você
Mas sou pobre, pobre, pobre e casar não pode ser
Muito tempo foi a Rosa que mandou na minha vida
Mas depois eu desatei e me entreguei a Margarida
Ai Margarida, gosto muito de você
Mas sou pobre, pobre, pobre e casar não pode ser.
J. B. de Carvalho – MARGARIDA – Lauro Maia – Humberto Teixeira.
Disco Continental 15.580-A.
Ano de 1946.
Arquivo Nirez.
Coisas que o tempo levou.
luciano hortencio
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