Evo Morales: governo de fato boliviano fecha TVs e prende jornalistas

Telesur e Russia Today foram retirados do ar, eliminaram as estações de rádio comunitárias e agora prendem os jovens do programa de rádio e site La Resistencia, afirma

Do Sputnik (Buenos Aires)

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (2006-2019), denunciou que o governo de fato em seu país fecha mídias como Telesur e Russia Today (RT) e aprisiona jornalistas.

Na Bolívia, os canais Telesur e Russia Today foram retirados do ar, eliminaram as estações de rádio comunitárias e agora prendem os jovens do programa de rádio e site de notícias La Resistencia. Isso é democracia? Todos os dias os golpistas revelam sua verdadeira face”, disse Morales em sua conta no Twitter.

Em 27 de novembro, a rede RT informou ter recebido uma notificação da empresa de comunicação Cotas (Cooperativa de Telecomunicações Santa Cruz), considerada líder no mercado nacional de TV paga, de que o sinal do canal russo seria retirado do canal em 2 de dezembro

Em resposta ao pedido do canal para explicar a medida, Cotas disse que “a decisão vem das autoridades superiores da cooperativa”.

Além disso, em 22 de novembro, os principais serviços de cabo e satélite da Bolívia cortaram o sinal da estação de televisão regional da Telesur, um meio que deu ampla cobertura ao vivo da crise política do país.

Por outro lado, em 30 de dezembro, a Procuradoria Geral da República abriu uma investigação contra os responsáveis ​​pelo programa de rádio La Resistencia por supostos crimes de abuso de influência e sedição.

Morales renunciou em 10 de novembro, após três semanas de protestos contra sua reeleição, produto das eleições de 20 de outubro, e foi substituído dois dias depois por Jeanine Áñez, que assumiu a presidência sem endosso parlamentar e apoiada apenas por um parecer favorável do Tribunal Constitucional.

Morales afirmou desde seu exílio na Argentina que, como sua demissão ainda não foi considerada pelo parlamento, ele é considerado presidente constitucional da Bolívia até 22 de janeiro de 2020, quando seu mandato foi originalmente encerrado.

Redação

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