Ex-motorista de Bolsonaro pode ser conduzido coercitivamente caso não deponha na sexta

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O ex-motorista de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, poderá ser conduzido coercitivamente caso não compareça ao depoimento marcado no Ministério Público do Rio de Janeiro na sexta (21) ou não apresente justificativa plausível para uma eventual ausência. A informação é do El País.
 
Queiroz é investigado por ter feito movimentações suspeitas, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, que somam R$ 1,2 milhão. Os indícios divulgados até agora apontam que o ex-motorista operava uma “conta bancária de passagem”, que recebia depósitos em dinheiro de ao menos outros 9 funcionários de Flávio Bolsonaro.
 
Uma das pessoas beneficiadas pela conta é a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que recebeu R$ 24 mil. Jair Bolsonaro alegou que o repasse era fruto do pagamento de um empréstimo de R$ 40 mil que ele havia feito a Queiroz. O montante não foi declarado no imposto de renda do presidente eleito.
 
A defesa de Queiroz alegou problemas de saúde “inesperados” para justificar a ausência do ex-motorista na oitiva agendada na quarta.
 
O El País frisou que o pagamento de “pedágio” por servidores de parlamentares é comum, embora ilegal, tanto em câmara de vereadores como de deputados. 
 
A família Bolsonaro, inclusive, tem histórico de problemas com funcionários fantasmas.
 
A filha de Queiroz, Nathalia, esteve lotada no gabinete de Flávio e de Jair, e depositou mais de 90% de seu salário em 2018 na conta administrada pelo pai. Além disso, embora recebesse salário como servidora, ela atuava em período integral como personal trainer. Nathália, assim como o pai Queiroz, foram demitidos por Jair e Flávio Bolsonaro no dia 15 de outubro.
 
Um dia depois da exoneração, 16 de outubro, a operação Furna da Onça, do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, pediu diligências contra uma dezena de deputados do Estado. Flávio não estava na lista.
 
Em agosto passado, a Folha revelou outra funcionária fantasma de Jair Bolsonaro. Walderice Santos da Conceição, que ganhou o apelido de Wal do Açaí, erarecebia salário do gabinete mas cuidava de uma barrada de açaí e da casa de veraneio do então deputado em Angra dos Reis. 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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    1. Se vc for esperar pela

      Se vc for esperar pela Justiça (sempre omissa e tardia) pra mostrar pra sociedade que o cara é um FDP, aí só daqui um século

      O objetivo agora é desmascarar o mais que possível o miNto, ao menos pra PARTE dos PARVOS que depositaram suas esperanças no CANCRO (mesmo pq tem uma boa parte de canalhas que votaram nele sabendo em quem votava)

  1. A matéria não falou do

    A matéria não falou do militar VIAJANTE que nunca trabalhou, mas que recebia “normalmente” na conta dos outros, o Romano

    ..tb não disse do crime de nepotismo

    fora que, se comum, o desvio de dinheiro de gabinete pra funcionário FANTASMA, ou obtido por meio de CRIME de  CONCUSSÂO, que uma vez descoberto, tem que ser punido exemplarmente, ainda mais se vindo do filho do miNto

    https://www.youtube.com/watch?v=wMFMoY-jBrk

  2. Tá bom que vão  buscar o

    Tá bom que vão  buscar o laranja dos Bolsonaro na casa.

    A frase do dia é a seguinte: “Dias Toffoli tem a melhor oportunidade da vida dele para justificar a sua nomeação para a mais alta corte da magistratura brasileira, mesmo sem ter tido mérito para integrar a sua primeira instância.” – general Paulo Chagas. O presidente do Supremo foi humilhado e obedeceu. O MPF do Rio vai se ajoelhar e dar uma desculpa.

    Bando de covardes.

  3. Bolsonaro fantasma em São paulo

    não teve um caso de um Bolsonaro em São Paulo, flagrado como funcionário fantasma no interior do estado? O caso teve grande repercussão na mídia…   não sei se era irmão, primo, sobrinho… mas era da ninhada Bolsonaro…

  4. Conjuntivo do futuro 🙂

    Ele fugiu porque conhece como funciona a mafia para a qual trabalha. Se delatar, acontece a mesma coisa que o Aécio disse que aconteceria se o delatassem. 

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