A melhor maneira de mapear a Covid no Brasil é através das regiões de saúde: as 440 regiões em que o país foi dividido, cada qual contendo os equipamentos básicos para atender a um conjunto de cidades.
A análise por cidades é muito rala, pela existência de muitos municípios com pouca população. A análise por estados muito ampla, permitindo enxergar apenas os dados agregados. Por regiões da saúde há uma visão mais detalhada e equilibrada da doença.
O primeiro gráfico mostra a variação de novos casos em 7 dias, de acordo com a média diária semanal. Chamo atenção para alguns pontos:
- Na ponta, duas regiões de Santa Catarina com crescimento expressivo: Serra Catarinense e Extremo Sul.
- Em Minas, Montes Claros e Itajubá registram os maiores crescimentos há vários dias. A situação por lá deve estar bastante complicada. A doença chega nas vizinhanças da minha Poços de Caldas, com o crescimento de casos em Alfenas/Machado.
- Na alta em 30 dias, Santa Catarina continua na ponta, com o Vale do Paranhanha e Rio Vermelho. E Montes Claros aparece também no mapa.
- O gráfico em vermelho mostra as maiores incidências por 100 mil habitantes. Ali, há uma predominância massacrante dos estados do norte e do centro-oeste, com uma posição de destaque também para o Distrito Federal.
Finalmente, os gráficos de pizzas mostram uma outra conta que fizemos: dividir a população brasileira de acordo com os índices de crescimento da doença, em 7 dias, nas regiões de saúde. É o gráfico mais preocupante. Lá, se observa o seguinte:
- Mais de 14 milhões de brasileiros estão em regiões com níveis de crescimento da doença acima de 50% por semana. 50% por semana significa quintuplicar o número de casos ao mês.
- Outros 70 milhões, em regiões com níveis de crescimento entre 20% e 50%.
- Cerca de 32 milhões em regiões com crescimento entre 5% a 10% por semana. Ainda é muito. Equivale a uma taxa mensal entre 20 a 45% ao mês.
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