I love you, Donald, ou os brutos também amam, por Luis Nassif

De qualquer modo, o enigma Bolsonaro não será desvendado no seu período de Exército, na sua vida nos porões, com as milícias, em sua carreira como deputado.

Em tempos idos, a imprensa tinha o hábito da psicanálise à distância. Submetia algum ato inesperado de personagem público a um psicanalista que dava, de pronto, seu diagnóstico. E foi antes das sessões de análise por Skype.

Nunca fui a favor dessas práticas pouco cientificas, mas, de fato, a psicanálise é a ciência essencial para explicar Jair Bolsonaro. O episódio dele, ansioso, na fila, aguardando a passagem de Donald Trump para, explode coração!, soltar um irreprimível “I love you”, com olhar apaixonado e a respiração suspensa, ansioso por receber a aprovação do macho-alfa é o ponto mais significativo desse hospício em que se transformou o Brasil. Já tinha antecipado isso no “Xadrez do amor hétero de Bolsonaro por Trump”.

Brutos como Bolsonaro jamais pertenceram ao universo de cobertura do jornalismo cultural, aquele que melhor explorava os perfis, a não ser em estereótipos sobre ogros de periferia, ou personagens do submundo. O exercício permanente do ódio, do escabroso, da pornografia, impede que Bolsonaro seja visto de forma humanizada, isto é, analisado como um ser humano, com seus traumas, suas fragilidades, as frustrações que marcam indelevelmente as pessoas com a marca da crueldade. E, principalmente, como se torna a revanche de pelo menos 20% da população brasileira.

O que o teria levado à indisciplina permanente contra as chefias, uma reação tão passional que só pode ser provinda do mais profundo âmago, a ponto de cuspir em um busto em homenagem a Rubens Paiva que, na sua infância, representava o filho da elite da sua cidade natal. No Exército, contra os comandantes; na política, na vida, contra qualquer forma de saber científico.

Onde estará a explicação? Em um pai ausente, que não percebia os esforços do filho para ser reconhecido? Em algum abuso sofrido na infância? Porque as referências permanentes a pinto, cocô, troca-troca, a ressalva reiterada de que qualquer demonstração de afeto é hétero? Meros condicionamentos culturais de seu meio ou reflexo de traumas pessoais? O “I love you” para Trump significou o encontro com o pai que finalmente reconhece seus esforços, que apoia todas suas excentricidades, ou a paixão recolhida pelo macho-alfa?

Na fase do governo de transição, pessoas que passaram por lá repararam na extrema insegurança social de Bolsonaro, não apenas o complexo de inferioridade intelectual. E também no fato de os filhos serem seu ponto de apoio, rapagões que conseguiram escalar socialmente, em vista da melhor condição financeira do pai deputado.

De qualquer modo, o enigma Bolsonaro não será desvendado no seu período de Exército, na sua vida nos porões, com as milícias, em sua carreira como deputado. A tragédia brasileira teve início em algum momento, entre 1955 e 1965, em Glicério, interior de São Paulo, em algum episódio familiar, em uma incompreensão paterna, algo tão entranhado que não conseguiu eliminar o sentimento de inferioridade, mesmo tornando-se presidente de uma das maiores economias do planeta.

 

Luis Nassif

17 Comentários

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  1. Uma das coisas que mais me marcou no período em que fui assinante da Folha foi uma entrevista que Jürgen Habermas deu àquele jornal quando estava de passagem pelo Brasil.
    O jornalista da Folha perguntou ao filósofo alemão se a filosofia poderia se desenvolver no Brasil.
    Didático, o alemão respondeu que a filosofia só pode se desenvolver num ambiente em que as condições materiais mínimas da existência humana foram superadas. Esse não era o caso do Brasil.
    Continua não sendo, aliás, pois não somente as PMs estão matando crianças e impedindo qualquer condição de possibilidade delas estudarem filosofia, como um inimigo declarado da filosofia foi eleito presidente do país para destruir a marretadas o frágil sistema educacional brasileiro.
    Eu gosto de supor que Habermas olha para o Brasil com um misto de interesse e comiseração. O mais provável, entretanto, é que ele não perca o tempo dele olhando pelo microscópio. Muito pouco do Brasil merece ser visto nesse momento.

  2. Muita análise para esse sujeito.
    É tudo muito simples: Ele falou I love you porque são as únicas palavras que sabe falar em inglês e,mesmo assim,porque estavam escritas na palma da mão.

  3. O pai de Jair Bolsonaro bebia “mais do que uma raposa”, como se diz em Eldorado*. Bebia e descia porrada na mãe dele segundo minha mãe, que foi amiga dela. Talvez isso tenha alguma importância.

    *Para entender essa referência é preciso ter em mente um detalhe importante. Na Inglaterra os nobres caçam raposas usando cachorros e fazendo um grande alarido. Em Eldorado os pobres caçavam raposas armando uma tocaia e deixando uma lata com cachaça para atrair a presa. Enquanto o animal se refestela ele se torna um alvo fácil.

  4. Discordo. Há componentes próprios em Bolsonaro que reconheço em vários outros oficiais das forças armadas com quem tive contato, particularmente os que fizeram academia militar em Resende. Todos tem o mesmo padrão de pensamento de Bolsonaro, a única diferença que vejo entre estes é que Bolsonaro se revela como tal para fora do mundo militar, enquanto estes outros “Bolsonaros” escondidos nas forças armadas preferem o silêncio com o mundo exterior. A explicação do fenômeno para mim está ligada ao expurgo dos oficiais nacionalistas no início do golpe de 64 assim como a tomada da linha dura militar de todo aparelho de ensino das forças armadas que dura até hoje!

    1. Me dê uma resposta panorâmica sobre esse assunto que me interessa muito mas que não tenho como me informar melhor: o grupo do Brasil autônomo do Geisel era minoritário nas Forças Armadas e ascendeu ao poder para depois se eclipsar?

  5. Incrível como consegue absolutamente tudo, misturando abstração com realidade sem ferir quem quer que seja. Não sabia que também era craque em psicanálise.

  6. Acho que seria mais proveitoso tentar entender porque gente aparentemente civilizada como os da família Salles, Amador Aguiar e Setúbal apoiam alguém como Bolsonaro, sabendo muito bem que se trata de um psicopata. E o motivo dessa escolha é porque o boçal colocou como ministro da economia um outro boçal, Paulo Guedes. Seria interessante entender o porquê dessas famílias escolherem alguém que vai preservar todos os benefícios que elas sempre tiveram mesmo em tempos de governos de esquerda ( como o poder de empurrarem goela abaixo do país juros que fariam o mais ganancioso dos agiotas ficar corado de vergonha ) , mesmo que isso seja às custas de uma implosão social que só poderá ser contida à força ( daí Bolsonaro fazer todo o esforço pro porte de armas, pois quer o mais rápido possível ter uma força paramilitar que lhe daria apoio irrestrito e deixaria no ar a ameaça : “Podem até conseguirem me tirar daqui do poder, mas vai custar muito sangue derramado” ). E nem podem essas famílias alegarem que o outro candidato era tão radical quanto boçal, equiparando Haddad a Boulos. Essas famílias sabem muito bem o inferno que ajudaram a jogar o país, afinal é gente lida, que estudou nos melhores colégios daqui e do exterior. Fizeram essa escolha macabra porque esse inferno nunca os atingirá como já vem atingindo os pobres – mortos em tiroteios, sem emprego, sem médicos – e, além do mais, se a coisa aqui implodir de vez, todos eles já contam com suas casas no primeiro mundo. Bolsonaro é uma desgraça, mas eu o comparo as pintinhas do sarampo que infestam o corpo = são a parte visível da doença. A invisível está no sangue e é o vírus se chama Bancos Brasileiros, que quer transformar o pais num grande paraíso fiscal, Ilhas Caymann tamanho família, pros ricões e uma imenso Haiti da família Doc pro resto.

  7. Ja li aqui no GGN pelo Fabio Oliveira que o pai de Bolsonaro, Bolsonaro era 🙂 Ou seja: filho de bruto, brutinho é. Mas para além do falocracia paterna, o Bolsonaro pode ter sido humilhado na escola, no exército, pode ter ser apaixonado antes do Trump por algum garoto forte, bonito, inteligente, que o desdenhou. E podemos continuar durante muito tempo a fazer suposições. Mas fato é que não tendo procurado nenhum tipo de auxilio seja na psicanalise ou psicologia ou ainda nos livros e nas artes: filmes, pintura, musica; bolsonaro ficou apenas o brutinho filho do bruto, com esse ar bronco e desconfiado de todos porque ele sabe que não consegue interpretar muito bem os outros nem o mundo em que vive.

  8. O pior de tudo é que nessa tara do Bozo pelo Trump, quem acaba tomando no c* somos nós.
    O Bozo deveria conter seus fetiches de submissão, a bem do nosso rabo.

  9. Analisando as diversas manifestações do “mito” a respeito de namoro, sexo, relacionamentos, e mais a enfática declaração de amor a Trump, não posso deixar de lembrar a frase do inesquecível Paulo Silvino, no Zorra Total: “Isso é uma bichona!”.

  10. A “pergunta que não quer calar” seria a seguinte: o que, enfim, Bolsonaro quer de Trump e dos EUA com essa conduta servil? Não conseguimos imaginar nenhuma contrapartida, nenhuma compensação, à primeira vista, cotejando as alternativas que se colocam, tais como nossos (ainda) maiores parceiros comerciais e investidores diretos. Entregar tudo, certo, o que ele está conseguindo fazer. Mas a troco do que? Um colega comentador, mais acima, indicou uma pista, ao sugerir que B. segue o padrão de pensamento dos militares. E o que estes querem? Um reconhecimento geopolítico em termos alinhamento com a ideias americanas. Isto é, que eles (os americanos) reconheçam que “estamos do seu lado e juntos”. O presidente retorna assim para aquele sentimento já descrito como “complexo de vira-lata”. É claro, é muito mais complicado que isso, há toda uma sequência histórica, uma sociologia envolvida neste sentimento dos militares. Posso estar generalizando, até, injustamente. Mas o fato é que está ocorrendo isso: um esforço descomunal para se alinhar à atual política americana de qualquer forma, acima de quaisquer interesses. Esse é um aspecto psicológico, analisado aqui de forma rudimentar, claro, mas que deve ser levado em conta. Essa face psíquica, acredito, ajuda a explicar todo esse entreguismo, todo o total descuido com a economia, meio-ambiente, etc. Mas insisto: este é apenas um aspecto da coisa. Há muito mais. Que os banqueiros e outros abutres que o digam, mas estes não vão dizer — nada.

    1. Perdão mas me parece que há um equívoco nas suas suposições acerca do comportamento dos militares, ou ao menos, da doutrina aplicada nas Escolas de Comando e Estado Maior. As FFAA não tem a tradição de alinhamento com os EUA. O Golpe de 64, representou apenas o alinhamento da área de contra informação, com o objetivo de desarticular a oposição, genericamente taxada de comunista. Em todos os demais aspectos a estratégia militar foi desalinhada aos EUA. Da exploração da Amazônia, às águas territoriais, à exploração do petróleo, ao desenvolvimento nuclear. Logo, é um equívoco imaginar tal alinhamento.
      Hoje, como sempre, há o quinta colunismo, o entreguismo, que tem mais caráter pessoal que institucional, ainda que todos sejam sensíveis aos cantos de sereia de equipamento militar e recursos infindáveis.
      Por fim, quando fala em ganhos, seu raciocínio aponta a outro equívoco: não há interesse comum nas negociações de B. Este atua somente em causa própria da família, no mais legítimo patriarquismo brasileiro. Peço desculpas por apresentar desta forma, mas visa contribuir para a formação da sua visão crítica.
      A rendição ao espírito capitalista mais selvagem, no qual só há o indivíduo, sem a composição com a sociedade, sem considerar o bem público é doença tristemente contemporânea. Está destruindo a solidariedade, a tolerância e o convívio.
      Que não seja assim para nós.
      Abraços

  11. A extrema-direita convencional está procurando eliminar a extrema-direita bonapartista bolsonarista.
    Com o estudo mais aprofundado dos movimentos de ascensão do fascismo na Europa, se vê imensa parte da sociedade compreendendo os próprios neofascistas até a esquerda não entenderam a dinâmica dos movimentos fascistas, desde o italiano até os ibéricos, pois se entendessem, principalmente a esquerda não fariam os erros que estão fazendo.
    Durante décadas a esquerda vulgarizou o termo fascista para todos os governos de extrema direita truculentos como movimentos fascistas e no futuro vão pagar alto por este erro em confundir um bonapartismo bolsonarista que pode ter algum viés neofascista.
    O fascismo é um movimento que necessita a criação de um Estado Totalitário (1) , logicamente este movimento está baseado no apoio da grande burguesia local, exemplo da Alemanha ou a Itália, ou de uma burguesia associada ao capital internacional, como os fascismos ibéricos. O fascismo tem que necessariamente ter duas peças básicas, a existência de um único partido chefiado por um líder inconteste deste partido, o Führer ou o Duce, isto é necessário para que seu domínio se estenda aos sindicatos para que as demandas da classe trabalhadora sejam simplesmente reprimidas, também o fascismo deve dominar de forma absoluta toda a superestrutura para poder dominar a infraestrutura existente, estes dois termos devem ser olhados no contexto aqui escrito sob o ponto de vista marxista.
    Quem deseja tomar um poder totalitário e substituir em parte o domínio que as classes dominantes têm sobre a superestrutura em países capitalistas tem que necessariamente moldar a sociedade através de uma expansão a esta da ideologia fascista.
    Como o fascismo é um mero produto de uma sociedade capitalista em que a chamada democracia burguesa mostra incapacidade de controlar a população via a farsa eleitoral, nada mais confortável é que estas eleições sejam eliminadas e substituídas pela vontade do Estado Totalitário que simplesmente governa através do grupo que cerca o líder.
    A presença do líder nos regimes fascistas é essencial para a sua construção e manutenção, pois este deverá em torno da sua imagem e retórica farsesca atrair as multidões criando inimigos externos ou internos que motivem estas massas.
    Para que haja o apoio das massas ao líder fascista há duas condições necessárias, ele deverá acenar para estas com uma construção brilhante de um novo amanhã, mas ao mesmo tempo deve dar uma sensação de empoderamento das mesmas com pequenos ganhos reais econômicos.
    Nenhum país fascista, por mais notável que aparente o líder se sustenta, sem repressão das mesmas massas, a uma situação de crise real em que os ganhos para essas, reais ou futuros, estejam ausentes. Nenhum líder fascista se sustenta prometendo mais perdas e uma espera, mesmo de curto prazo, de uma melhora que deverá passar por uma piora ainda maior do que no presente.
    Na situação brasileira há mais fatores complicadores de uma criação de um Estado Totalitário, do que qualquer coisa. Vamos enumerar alguns.
    1) Apesar da tendência adesista ao fascismo de toda a nossa extrema-direita constituída pelos partidos tradicionais como DEM e outros, o líder por simplesmente não contar com um núcleo de apoio próximo mais amplo do que a própria família ou por alucinados ministros olavistas, não consegue manter estes partidos que pela farsa eleitoral mantinham o poder num arremedo de estado democrático.
    2) Os falsos discursos contra as elites que criaram no início a adesão de amplos setores da população em estados que se tornaram totalitários, nunca foi claramente desenvolvido pelo pretendente a líder neofascista que atualmente ocupa a presidência.
    3) A posição de submissão incondicional, a uma liderança externa, com verdadeiras declarações de amor e continências a bandeiras estrangeiras, elimina qualquer imagem de independência e de arroubos nacionalistas do governo.
    4) A total incapacidade de desenvolver qualquer discurso público que chamem massas ao redor de uma falsa liderança, não criam a imagem agregadora que serviria para manter intactos o núcleo do poder.
    5) A recolocação da extrema-direita tradicional com a perda da popularidade do discurso neofascista, faz com que esta, apoiada por setores equivocados de centro esquerda e apoio da mídia, recuperem parte da sua credibilidade, podendo tentar retornar a farsa eleitoral e desta forma evitando o controle de um falso líder fascista que se desmancha dia a dia com suas contradições.
    6) A heterogeneidade da base de apoio do atual alto proposto a líder e seus pequenos líderes locais, faz com que as lutas internas comecem a dissolver a sua base política e de apoio de massas. Ou seja, surgem nas suas próprias fileiras outros líderes ambiciosos para substituir o próprio Lider.
    7) Como o falso líder neofascista é de uma indigência mental de tal forma que agrega em seu redor também outros indigentes mentais, não há uma projeção de seu poder através de replicação de suas ideias.
    Não está colocado neste texto nenhum fator que será altamente agravante, esperada crise internacional do capitalismo, que vozes de dentro do próprio capital anunciam para quem quiser e tiver capacidade de ouvir.
    Essa mais do que provável crise do capitalismo, algo que está se apresentando como inevitável pelos próprios economistas burgueses, se vier antes da resolução crise política do país combinará dois aspectos importantes, que sobrepostos podem levar a uma real alteração no equilíbrio mantido a duras penas pelo grande capital e sua oligarquia nas últimas décadas, pois a solução dita de mercado será impossível de ser implantada.
    A expectativa desta grande crise é que talvez ainda dê alguma sustentabilidade ao governo, pois no momento que ela se instalar a solução política, favorecida pela própria esquerda que se nega a propor saídas mais radicais do atual impasse, podem fazer com que Bolsonaro seja o famoso boi de piranha. Neste caso a aventura bonapartista de Bolsonaro deverá terminar da mesma forma do que a de Napoleão III, prisão e exílio.

    (1)Estado Totalitário é definido aqui como um Estado organizado sob a forma de partido único, montado por um pequeno grupo de pessoas que domina todos os componentes da sociedade, como sindicatos, meios de comunicação, justiça, educação, polícia, exército e até a religião. O pequeno grupo dominante deve ter a liderança de um líder único e inconteste no partido único. Militarismo e nacionalismo são derivados deste domínio, porém pode-se ver que nos fascismos ibéricos não há capacidade de lidar com o último conceito, o nacionalismo, pois eram países dependentes e para tanto substituíam este por aspectos religiosos.

  12. Esse sujeito é um DELINQUENTE que preza pela tortura ,a misoginía,a homofobía,o racismo,et,etc.
    Não há nessa aberração qualquer sinal humano ,a não ser sua imagem.
    Tentar achar em traumas infantis,desejos adolescentes ou na própia cultura militar ( a exaltação da macheza,pouca coisa tão homosexual quanto ela),rasgos de um ser humano conflituado e como buscar algo mais que selvagería no prazer do torturador.

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