“Não há perdão para quem atenta contra a democracia. Perdão soa como impunidade”, diz Lula em ato no Congresso

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"Nossa democracia estará sob constante ameaça enquanto não formos firmes na regulação das redes", defendeu

Lula no ato Democracia Inabalada
Reprodução: TV Câmara

O presidente Lula afirmou na tarde desta segunda (8) que não deve haver perdão para os responsáveis pelos atos terroristas que atentaram contra a democracia há exatamente um ano atrás, em 8 de janeiro de 2023, quando uma horda bolsonarista invadiu os prédios dos Três Poderes, em Brasília, numa frustrada tentativa de golpe de Estado que deixou um rastro de destruição inédito na história do País.

Durante discurso no ato “Democracia Inabalada”, no Congresso, Lula afirmou que os financiadores, planejadores e executores do ataque de 8 de Janeiro devem ser punidos exemplarmente para que novos ataques à democracia não prosperem no futuro.

“Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra seu próprio povo. O perdão soa como impunidade, e a impunidade, como salvo conduto para novos atos terroristas no país”, disse Lula.

Lula também destacou o papel das polícias legislativa no controle dos golpistas, diante da omissão das forças de segurança do Distrito Federal. O presidente ainda disse que não fosse a coragem dos policiais do Senado e da Câmara, entre outros agentes legalistas, o golpe teria dado certo e o Brasil estaria mergulhado “no caos econômico e social”.

Além disso, Lula afirmou que com o golpe bem sucedido, “adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser enforcados em praça pública, a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista [Jair Bolsonaro] pregou na campanha e seus seguidores tramaram nas redes sociais.”

Na visão de Lula, a reação das instituições ensina que não se pode “confundir liberdade com permissão para atentar contra a democracia”.

O presidente também destacou que é preciso combater a desinformação e regular as plataformas digitais no País, pois elas funcionaram como canal para disseminar mentiras, mensagens de ódio, além de organizar os atos golpistas.

“Nossa democracia estará sob constante ameaça enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais”, defendeu Lula. Nesse sentido, o discurso do presidente esteve alinhado com o do ministro Alexandre de Moraes, que também falou em combater o “populismo digital extremista” e regular as redes.

O evento foi organizado para marcar o aniversário de um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Além de Lula e de Moraes, também discursaram no evento a governadora Fátima Bezerra, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A maioria das autoridades falou em punição exemplar para os responsáveis pelo ataque golpista, sem anistia para seus idealizadores, que também estão na mira do STF.

Assista ao evento completo abaixo:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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