Não temos alternância no Planalto, por Renato Janine Ribeiro

Sugerido por Gunter Zibell – SP

Do Valor

Não temos alternância no Planalto
 
por Renato Janine Ribeiro

Uma tese fundamental da democracia é a da alternância no poder. Isso significa que duas forças políticas, ou às vezes mais que duas, disputam a hegemonia política, e a vitoriosa numa eleição pode muito bem perder a seguinte, ou uma seguinte. Pode, não. Deve. Os partidos assim se alternam, de modo que mais se “está no poder” do que se “tem” (ou “conquista”) “o poder”. Ninguém é dono, na democracia, do poder.

Mas temos tido alternância no poder federal, nosso poder mais forte, porque define a economia? Não exatamente. Temos tido sucessão, não alternância. Explico. Três principais partidos presidiram a República desde o fim da ditadura. O PMDB, após José Sarney, deixou de ser competitivo em termos presidenciais. O PSDB perdeu três eleições sucessivas, deixando o Planalto, e a maior parte dos analistas não prevê sucesso para ele este ano. Pior até, ele corre o risco de perder para Eduardo Campos a posição de líder da leal oposição ao PT, o que sangraria a agremiação tucana, com quadros e votos migrando para uma nova estrela da política – que, por sua vez, se posicionaria bem para a copa eleitoral de 2018.

Mas mesmo o PT que, depois do susto de meados do ano passado, quando a candidatura Dilma perdeu quase metade das intenções de voto em questão de semanas, se recuperou e agora até tem a chance de ganhar as eleições já no primeiro turno – mesmo ele corre o risco de se esvaziar até 2018 e de não ter um nome competitivo para o que seria um quinto mandato petista. Não discuto aqui se isso é melhor ou não para o país. O que quero dizer é que temos, hoje, uma situação circunstancial: um esvaziamento de nomes que sejam bons candidatos, nos dois partidos de clara vocação presidencial; e uma condição estrutural: nossos partidos, quando deixam a presidência, param de ser competitivos. Uma derrota na eleição presidencial pode significar, se não o beijo da morte, pelo menos uma anemia séria, que preserva parte dos seus ganhos políticos, mas não permite que volte aos momentos de glória.

Temos sucessão, não alternância, na Presidência

Tudo isso são hipóteses, mas que convém explorar. Começando pelos candidatos prováveis, os dois partidos que há vinte anos dividem a cena política exibem certo desgaste. A alternância de dois governadores paulistas como candidatos do PSDB se esgotou. Alckmin até teve, em 2006, menos votos no segundo turno do que no primeiro. Serra expôs sua incapacidade de crescer. Ficou como candidato Aécio Neves que, porém, segundo os analistas, não decola. Já do lado petista, o próprio nome de Dilma Rousseff surgiu depois de liquidadas as candidaturas da primeira geração partidária, Dirceu, Genoino e Palocci por escândalos, Tarso por não ter apoio no partido. Na geração deles, talvez reste Jaques Wagner, mas que não tem tido exposição nacional. O nome cada vez mais citado para 2018 é o de Fernando Haddad, mas é delicado um partido apostar num nome único (o mesmo problema do PSDB, quando conta apenas com Aécio), ainda mais porque a cidade de São Paulo é uma caixa preta, que pode muito bem levar um prefeito seu ao fracasso.

Curiosamente, é a terceira força que tem o maior estoque de nomes. A aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva pode tanto reforçá-los quanto se estressar. Mas a soma de PSB e Rede tem um traço promissor, na medida em que propõe tirar-nos de uma cansativa polarização entre PT e PSDB. Ambos foram ministros de governos petistas, ambos hoje garimpam votos entre os tucanos. O PT adotou como estratégia desconstruí-los, apresentando-os como traidores; o PSDB prefere lisonjeá-los, vendo neles possíveis aliados para o segundo turno. Mas também o partido de Aécio tem, neles, uma ameaça. Se levarmos em conta o desgaste tucano e o apelo da aliança Eduardo-Marina, é possível que o amálgama, por enquanto mal feito, entre socialistas que não defendem o fim do capitalismo e sustentáveis que foram da ecologia para a economia, acabe dando certo.

O que temos, então? Se o PSDB ganhar, começa uma história nova. Se perder mas ficar em segundo lugar, terá que se reconstruir, para deixar de ser o perdedor constante da nossa política federal. Mas, se cair a terceiro, pode baixar para dimensões equivalentes às do atual DEM, pálido fantasma do que já foi. Para o PT, a vitória é o melhor cenário, como por sinal para os tucanos, mas coloca a questão do candidato em 2018, tema que não é trivial. Já a derrota pode ser calamitosa. O PT aprendeu a ser governo e esqueceu como é ser oposição. Não terá candidato nato para 2018, nem poderia ungi-lo a partir de uma posição de poder. Pelo menos, é improvável que o PT fique em terceiro lugar. Finalmente, o PSB+Rede é o contendor que ganha em qualquer cenário. Vencendo a eleição, isso é óbvio. Mas, se tiver o segundo lugar, desbanca o PSDB e sangra esse partido. Eduardo e Marina assim se posicionam bem para 2018. Para eles, mesmo o terceiro lugar, se for conquistado com uma votação honrosa, é positivo, porque os mantém no páreo.

Mas cabe a questão que iniciava o artigo. Parece que no Brasil os partidos são razoavelmente bons para disputar o poder mas, depois de passar por ele, perdem a garra competitiva que os fez chegar lá. O PT vive um desgaste, até natural, de ser governo por doze anos. Mas o PSDB vive o desgaste, esquisito, de ter sido governo no passado, doze anos atrás. Dá vontade de brincar, dizendo que nossos partidos, depois de passarem pela Presidência, não conseguem se desestatizar, voltar à livre concorrência… Parece que nossa política federal opera por uma série de sucessões, não pela ida e vinda característica da alternância. Por quê, é uma boa pergunta.

Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo. Escreve às segundas-feiras

 

Redação

86 Comentários

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  1. Alternâncias

    Interessante. Ninguém fala de alternância de poder em relação ao PSDB em São Paulo há muito, muito tempo, governando sozinho por aqui. Tudo isso só vale para o PT né? Só o PT gera stress em nossos analistas. Também não falam dos Estados Unidos onde os partidos também ficam muito, muito tempo no poder. O fato é um só: ganha eleição quem pode, não quem quer. Logo, perguntem ao povo se acha chato não haver alternância de partidos no poder. Além do mais, tudo isso é falacioso, pois o PT não governa sozinho e sim com vários partidos. Tanto que não tem maioria no Congresso e passa por maus bocados para aprovar suas decisões políticas.

    1. Momento atual

      Pois é Branca, esperemos que o povo vote melhor nas próximas eleições, para que o governo não sofra chantagens e traições, como acontece atualmente. É triste ver os estragos que fazem péssimos e obscuros políticos, haja vista os nefastos Bob Jefferson e Eduardo Cunha. Não para por aí não. Pouquíssimos políticos aqui do Rio, merecem confiança.  

    2. Isso!

      Isso mesmo! A questão a democracia é a alternância? Seria fácil, então, sortear os partidos e revezarem-se deste modo na presidencia, sem eleições! Ora bolas! cada uma que me aparece, e vindo de um filósofo! Alternância é tema para São Paulo.

      Abs generalizados!

  2. Se o analista…

     

    Esta tão preocupado com a alternância no nível federal o que ele tem a falar do Tucanistão(SP)? Mais de 20 anos no poder não merece uma análise do “fenômeno”? E que história é essa de não ter candidato pós Dilma, no mínimo,  olha que é um senhor mínimo, tem o presidente que deixou a cadeira com melhor avaliação desde de a restauração das eleições livres, essa “analise” tá muito chinfrim.

  3.  
    Esse papo de que o PT não

     

    Esse papo de que o PT não tem candidato para 2018 parece discurso ensaio para conter o fator Haddad. O articulista não disse nada de novo: desgate do PT, desgate do PSDB. Mas, uma coisa soa nova: essa tal “polarização” na qual o PSB veio para nos “salvar”. Como assim? O PSB + Rede é uma metamorfose que tem a clara intenção de vender a imagem de novo. Essa vendagem fica a cargo da “Embalagem” Marina Silva e o verdadeiro PSB fica no interiro da caixa encerrando Campo, Bonhaussem, Caiado…só garato “novo”.

    Outro ponto é que Ribeiro diz que o PT esqueceu de ser oposição. Como assim? Comos er oposição de si mesmo? Comos er oposição aos projetos que vc mesmo apresenta e quer implementar? Há possibilidade de ser opoição sendo Governo? Creio que o PT na oposição será bem melhor do que o PSB simplesmente porque o PSDB não mobilização massas, nã tem militância disposta a dialogar e sem medo de assumir que é do partido. Essas coisas o articulista não levou em conta.

  4. (Os primeiros 3 paragrafos

    (Os primeiros 3 paragrafos nao tem nada a ver com o que se segue.  E essasegunda parte, a analise, esta errada tambem.)

  5. Se o filosofo ta tao preocupado com alternancia do poder

    que tal uma aula de democracia com os suecos? Ou com os Eua do Roosevelt? Ah, esqueci que o Roosevelt era um ditador perigosissimo…ô seu Janine:  tem muita batata precisando ser plantada, ok? Tá ahi parado porque? 

  6. O desejo da tucanagem de alta

    O desejo da tucanagem de alta plumagem, como o Janine Ribeiro, é natural. Todo partido, todo político quer chegar ao poder. Mas para isso é preciso combinar com o eleitor. Academicismos do “deve ser assim assado porque a teoria política não sei das quantas..” é coisa restrita aos gabinetes com ar condicionado. Não governam e não servem para quase nada. Quem tem que decidir quem fica e quem sai é o povo porque este está com os pés no chão e sabe de sua vida e de suas espectativas.

  7. De minha parte, eu pergunto

    De minha parte, eu pergunto por quê não, dadas as atuais e as permanentes instabilidades na base aliada do governo petista, propor uma alternância na própria plataforma da chapa presidêncial do PT.

    Lula para a vice-presidência.

    Ele acumularia com a Casa Civil e a articulação política. A coordenação  dos PACs passaria pra o planejamento. E manteria a hipótese de vir a concorrer à  propria  presidência em 2018.

    Puro sangue?

    Mas, não seria pelo menos um bom balão de ensaio?

    Ou, a mera hipótese não seria um excelente chega pra lá na banda mais podre dessa turminha do blocão?

  8. Depende do bom senso e clarividência dos paulistanos!

    Se com honestidade e inteligência, observarmos seus atos, sua honestidade, em 2018, o Brasil  poderá eleger o político que mais se destaca por sua formação e atitudes! O nome dele é HADDAD!!!

  9. O articulista esqueceu que o

    O articulista esqueceu que o acordo Marina – Eduardo tem prazo fixo para terminar.  Sabe-se que a Rede será legalmente constituída após as eleições e haverá uma debandada dos “novos” filiados ao PSB. A Marina será a candidata natural à presidência da república e o Eduardo da mesma forma. Como irão se acomodar na próxima eleição,  os dois  concorrerendo ao mesmo cargo? Se o PT ganhar esta eleição, como se comportará o PSB? Irá todo para a oposição? A Rede já se sabe que sim. Acho que é muito cedo para se fazer uma análise das eleições em 2018, pois tudo dependerá da eleição deste ano. Qual partido vai crescer e conquistar mais cadeiras na Cãmara? Qual partido elegerá mais governadores? As variáveis são tantas que fica um jogo mais de desejos do que uma análise coerente do quadro partidário. 

  10. Infantilidade política

    Alternância de poder é para um síndico de prédio residencial.

    Um país como Brasil, que viveu 500 anos como “colonia”, precisa de continuidade e rumo claro, durante muitos anos, antes de termos sequer o direito de brincar de alternância entre programas sérios, diferentes e em beneficio da nação.

    Alternância de poder no Brasil é fingir que um dia Governa um e amanhã outro, enquanto o mesmo grupo de poder sem voto – e o “centrão” sem ideologia – continua mesmo mandando. Assim como nos EUA, onde revezam entre o boi Caprichoso e o Garantido (Democratas e Republicanos), enquanto quem manda mesmo são os grandes grupos econômicos e financeiros.

     

    1. “”
      Acho que o JRRomero ai

      “”

      Acho que o JRRomero ai embaixo acertou.  Eh academicismo mesmo, de gabinete e de cadeira.  A teoria de alternancia de pode JA SUPOE um projeto de pais sendo levado pra frente, e SOMENTE lida com “alternancia” para que ambas vitrines DA MESMA FACCAO INVISIVEL DE PODER OS REPRESENTEM.

      O Brasil NAO eh pais pra essa teoria -so falta mesmo!  Ja pensou em colocar, digamos, o BF nas mais do PSDB?

      E o PAC1 ou PAC2?  Voce teria coragem?  Voce colocaria a construcao do metro de Sao Paulo nas maos do DEM?  E o “metro” de BH -que ate hoje eh ornamental numa cidade com problemas seriiiiissimos de transporte metropolitano.

      Eles nao sabem construir um metro que seja, um trem que seja, e nao foi por falta de chance.

      Tem mais:  eles aparelham aa torto e a direito tudo em que encostam, de ministerios a judiciario a firmas.  E nao eh por acidente, eh porque eles proprios sao representantes de…  advinhe.  DA FACCAO INVISIVEL QUE REALMENTE QUER CHEGAR AO PODER com essa conversinha mansa e inocente de “alternancia de poder”.

      “Alternancia de poder” eh projeto de orquestracao de eleicoes:  quem quer alternancia de poder que a ganhe nas urnas.  Nao eh o plano deles:  sabotagem de urna ta mais perto do coracao deles.

  11. a análise é só para um

    a análise é só para um cargo?

     

    e o poder que está na parte de baixo ,nas bases?

     

    e o Congresso?

     

    A s Prefeituras?

     

     

    Acho que a água que o Sr.Janine bebe vem da Cantareira,fim de estoque dá nisso,o mundo fica do tamanho da cabeça .

  12. Risível o contorcionismo

    Risível o contorcionismo circence do “pena amestrada” para não tocar, nem de leve, no nome do Lula. Que, quer queira, quer não, é uma reserva do PT tanto para 2024 (se necessário) quanto para 2018. 

  13. abobrinhas….

    Veja isso,

    “Uma tese fundamental da democracia é a da alternância no poder. Isso significa que duas forças políticas, ou às vezes mais que duas, disputam a hegemonia política, e a vitoriosa numa eleição pode muito bem perder a seguinte, ou uma seguinte. Pode, não. Deve. Os partidos assim se alternam, de modo que mais se “está no poder” do que se “tem” (ou “conquista”) “o poder”. Ninguém é dono, na democracia, do poder.”

     

    Tese fundamental de quem, cara pálida ? … Os gregos que criaram a democracia estabeleceram isso como regra ? … Democracia é o governo exercido em nome do povo, … e a tese fundamental para a democracia é respeitar a vontade do povo. Parece artigo encomendado pelo articulista da Veja…  o tucano que sonha com uma democracia sem o povo…

  14. Essencialmente antidemocrático

    Sempre achei a idéia da alternância no poder profunda, essencialmente antidemocrática.

    Se a democracia liberal sustenta-se no pilar fundamental “uma pessoa=um voto”, é necessário concluir que a consequência direta e mais importante disso é o impêrio da maioria. Na democracia liberal, vota-se, conta.-se os votos, e aquele que tem o maior número de votos governa, porque expressa a vontade da maioria. Não há como escapar disso. Dizer que é necessário e fundamental á democracia que um partido que agora não governa passe a ocupar o poder é desconhecer a vontade da maioria. É golpista. O que deve-se garantir é a possibilidade de que um partido no poder perca uma eleição, isso é claro. Mas gostaria muito que alguém mencione o exemplo de um partido tão, mas tão democrático que um dia disse: “gente, já governamos vários anos, agora vamos deixar que governe a oposição”. É simplesmente ridículo, é uma galhofa.

     

  15. Depois que Lula foi eleito é

    Depois que Lula foi eleito é que eu comecei a ouvir essa conversa de alternância de poder. Acho que deve ser algo do tipo, saí a Dilma e entra quem quer derrubá-la, sem votos… Ninguém merece….

  16. Será mesmo que uma das teses

    Será mesmo que uma das teses fundamentais da democracia é a alternância no Poder? Ou será que o prestigiado e respeitado professor não quis escrever “o ideal para a democracia consolidade seria a alternância no Poder”? As teses fundamentais para a democracia se assentam sobre a principal, qual seja, o respeito à vontade livre e SOBERANA de sua majestade o POVO.

    Claro que ninguém na democracia é dono do Poder. Por uma razão simples exposta no parágrafo único do artigo 1º do Título da nossa Carta Magna:

    Todo Poder emana do POVO que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

    Dado que num espaço de vinte anos(1994-2014) o PSDB esteve Poder oito e o PT está há doze isso implica para o articulista em sucessão e não alternância no Poder. Mesmo se considerando a relativa exiguidade desse diapasão frente ao tempo histórico, seria de se perguntar: e daí? Qual o problema? Não foi a legítima encarnação do Poder que assim o quis. ou o quer? A persistir nesse raciocínio o professor incide numa contradição se arguir como “TESE” o que não passa de uma mera idealização. 

    Mas as razões principais ou subjacentes já aparecem nos parágrafos seguintes. É elas se ancoram numa “terceira força”(?) representadas pelas candidaturas Campos-Marina ou Marina-Campos. Só que nessa proclamação o analista sem querer(ou querendo) traz à baila o que, a meu ver, é realmente pernicioso para qualquer democracia: o personalismo se sobrepondo àos ideários e perfis políticos ideológicos. 

    Nesse sentido, o que Eduardo Campos e Marina representam em termos de “novo”, de alternância efetiva, real, e não derivada de meras  injunções personalísticas e ambições pessoais? Para dar veracidade a essa minha afirmação basta observar as articulações e as já consolidadas alianças para o pleito que se avizinha. Por que o eleitorado, em nome dessa “tese” teria que optar por essa “novidade” que arrasta consigo o mais nefasto em experiências pretéritas, a exemplo de alianças com o que há de mais retrógado na política nacional? 

    Concordo plenamente acerca do desgaste, mesmo porque natural, do PT. Entretanto, a afirmação de que ” o PT aprendeu a ser governo e esqueceu ser oposição” conspira contra o bom senso e a reconhecido brilhantismo intetelectual do articulista. Precisa explicar o porquê? 
     

    1. Acho que ele se equivocou.
      O

      Acho que ele se equivocou.

      O certo é a possibilidade de alternáncia e não alternancia em si, necessariamente. Ainda mais em tão pouco tempo, apenas 12 ou 16 anos, não deu nem uma geração.

      Mesmo assim, dentro de um mesmo partido pode haver alternancia. O méxico foi governado pelo PRI por uns 90 anos, mas com govenantes muito diferentes entre si. Aliás, o tal PRI saiu e ja voltou ao poder atualmente.

  17. Não entendi o artigo. O

    Não entendi o artigo. O título dele (não temos alternância no Planalto) não condiz com o resto.

    Pensei que seria um texto inteiro falando sobre a falta de alternância  no Planalto mas, em suma, analisa-se as perspectivas eleitorais de cada um dos partidos.

    O Professor deveria ter mais rigor ao casar título e conteúdo dos seus textos.

    1. E se nossos partidos forem franquias políticas?

      Alternância é o vai e vem entre opções diferentes. Tipo Republicanos/Democratas nos EUA, Conservadores/Trabalhistas no Reino Unido.

      O que temos no Brasil é a sucessão de coisas parecidas, como marcas que entram na moda. Ford, GM, Volkswagen, Fiat…

      Nesse sentido PMDB, PSDB, PT foram se sucedendo administrando mais ou menos o mesmo programa. Note-se que o PT nunca reverteu nada feito pelo PSDB, certo?

      Em treze anos não houve nenhuma mudança legal ou em estamentos de impacto. Com a substituição de PSDB/DEM por PT/PCdB, a maior parte das coligações de governo possíveis ancoram-se nos mesmos partidos: PMDB, PDT/Sdd, PSB, PP, PR/PRB/PSC/Pros, PV, PTB não têm vocação para exercer oposição de modo consistente.

      E é assim que o PSB tem chances de entrar na fila para sucessão.

      Tem alguns nomes famosos, tem um discurso que é uma média de PSDB e PT. Bem ‘coxinha descolado’.

      E, se não chegar lá em 2014, estará posicionado para 2018.

      1. Concordo. Na verdade, penso

        Concordo. Na verdade, penso que existem algumas diferenças entre PT e PSDB sim.

        São partidos que, fundamentalmente, lidam com eleitores e militância diferentes, e isto determina o seu modo de agir. Quanto aos petistas, possuem um discurso a preservar (o social) e sua militância sempre espera por algum resultado na área. Razão pela qual, seus governantes sempre dão um jeito de lançar algum programa novo – mesmo que ele seja cosmético, e sem causar atritos com o grande capital – para ficar bem com seus apoiadores.

        Só verificar o “Mais Médicos”: a resposta que o governo deu aos protestos de junho, um ótimo programa, claro, mas que nem perto chega dos anseios dos que saíram para as ruas pedindo saúde universal e de qualidade. Isto dá gás para a militância defender o governo, e garante a popularidade entre a parte da população (a mais carente) que elege o partido desde 2006. Atender integralmente o pleito da classe média em protesto, por outro lado, não, pois significaria choques com o mercado (que não quer mais gastos públicos) e com planos de saúde, o que demonstra os limites do que se convenciounou chamar “lulismo”.

        Já os tucanos, são muito apoiados, e de certa forma tornaram-se reféns do discurso extremista de redução do Estado e dos impostos, de programas compensatórios vistos como “coisa de vagabundo”, e aquela velha visão meritocrática pura que tudo depende do esforço individual. Naturalmente, fará, ou buscará fazer, menos coisas no social, só ver os tucanos governando nos Estados para comprovar isto.

        Assim, do ponto de vista do marketing político/eleitoral, o PT leva uma grande vantagem, pois abarca grande parte do eleitorado mais pobre, e este é muito mais vasto que o de classe média/alta (mais próximo do PSDB).

        Todavia, a força que os petistas possuem contra os tucanos, podem tornar-se fraqueza, caso o PSB/REDE firmem-se como “Terceira Via”. Como eu já opinei, o governo atual, apesar de mais pro-ativo na área social, possui claras limitações quanto a certos programas, mais notadamente o relacionado a melhoria dos serviços públicos. Isto acaba se tornando um “calcanhar de Aquiles”, mesmo entre os que em 2006 e 2010 vetaram a volta do PSDB ao governo federal.

        Fala-se muito que o PT “roubou” a social-democracia do PSDB, mas em nada o programa do partido se assemelha a dos social-democratas europeus. Assim, dificilmente chegaremos a uma “nação de classe média”, a que tanto fala Dilma, sem perseguir metas de Welfare clássicas, como sobretaxar os ricos, lançar medidas para que as diferenças salariais diminuam, colocar o Estado como “líder” dos investimentos, prover serviços públicos de alta qualidade..

        Esta é a razão pela qual o eleitorado, conforme as últimas pesquisas, emitem sinais tão contraditórios, como continuar com Dilma, mas querendo “mudanças”. Isto pode significar que eles querem que a Dilma que mude seu modo de governar – e não que a Presidenta que se mude do Alvorada para dar lugar a outro(a) – mas deixa a estrada aberta para que novos contendores preencham este espaço vazio.

        Claro que, na prática, por mais que Eduardo/Marina sejam uma fraude caso queiram preencher este espaço social-democrata, deixado vazio por tucanos e petistas, é o que você disse, se a “moda pega”, do ponto de vista do marketing político eleitoral, eles podem ser uma versão “genérica” dos petistas, uma mudança sem mudar muito.

        É igual quando o sujeito, depois de anos de relacionamento, e diante da pasmaceira que ele se tornou, acaba terminando com a namorada, e quando vai ver, sua nova namorada é igualzinha a antiga. PSB/Rede dispõe de todos os ingredientes: possuem, em maior ou menor medida, a grife do social, já fizeram parte do governo, com certeza em campanha elogiarão todas as medidas que fizeram Lula alcançar picos de popularidade, ou seja, representam “mudar para continuar a mesma coisa”.

        Não é a toa que acho muito inteligente o discurso de que “É preciso fazer mais”, de Campos. Apesar de não significar nada (e realmente não significa), pode afetar psicologicamente o eleitorado que apoia Dilma mas quer mudanças e alavancá-lo para o 2º Turno, firmando-o como um nome forte para 2018.

        Realmente, agora entendi Gunter. Interpretação de texto aqui tá precária, hehe.

  18. O Janine esqueceu de combinar

    O Janine esqueceu de combinar com o povo, ou simplesmente considerar a existência do mesmo na sua visão de democracia. A base da democracia é a participação popular (que deveria ser bem mais ampla), mas por si só não é o suficiente. Deve existir também possibilidade de escolher entre mais de um líder (ou partido), o que claramente desconsideraria regimes autocráticos que fazem eleições protocolocares como a Coreia do Norte.

    Cobrar a NECESSIDADE da alternância é indiretamente alegar que a democracia está sendo ameaçada pelo simples fato, ignorado, de que a população não quer nenhuma das outras opções existentes. Daí para falar que temos uma ditadura, como fazem os sem noção, é um pulo.

     

    1. E quem disse que ele esqueceu?

      Ele é um arguto observador de para onde os ventos sopram.

      Ele não está cobrando alternância, ainda que a considere desejável, não o confunda com o discurso fantasioso de M. A. Villa.

      Ele está apenas constatando um fenômeno histórico da política brasileira.

      Não há uma polarização consistente das preferências populares.

      Marketing é algo mais presente que ideologia nas campanhas. Compare-se com as ‘guerras’ entre Democratas e Republicanos nos EUA. Embora sejam dois partidos de direita eles brigam mesmo a cada eleição.

      Então, ele não está cobrando nada, só apresentando circunstâncias. Eu acho que está é bastante lúcido.

      1. Se é para apresentar “circunstâncias” evidentes …

        …melhor fazê-las para marcianos..

        Um acadêmico falar sobre evidentes evidências, apenas como “observador” seria o que se chama por aí de platitude.

        Nem quem trouxe tal baboseirado acredita seriamente nesta “observitude” dele, né.

        Sabemos que de segundas intenções tais USPedantes, a oposição (e o coração do comentarista?) estão cheios, não?

        Ou que suas primeiras intenções sejam material para descolados (da realidade) do fêicebuque e suas irradiações.

        E tome proselitismo mandrake.

         

  19. O Renato Janine fazendo

    O Renato Janine fazendo análise política é igual a mim escalando o Everest. Medo, horror !

    Haja torcida ! Os tucanos de seu coração não têm chance agora e pelo visto nem em 2018, ele desconhece os quadrros do PT e acha que os Psbdemos teriam bons quadros, só não conseguiria dizer quais seriam os nomes.

    Ele não consegue sequer perceber a diferença de ser governo e ser oposição.

    O PT está realmente desgastado, inclusive porque articulistas deste naipe incendeiam corações e mentes dos incautos.

    Não se pode negar que sempre se deve reciclar, se adaptar aos novos contextos, daí a estar desgastado vai uma longa distância. O engraçado é que há tanto desgaste e falta de quadros, segundo ele, mas mesmo assim a Dilma tem pelo menos 40% de votos garantidos até agora, e o PT continua a ser o partido preferido da população.

    Ele não consegue ver diferença entre os desgastes por um ser preferido por pelo menos 30% da população e o PSDB por 5% e declara ambos como tendentes a desaparecerem. Exercício de futurologia partindo de premissas incorretas.

     

    No facebook, Janine critica os petistas por criticarem o Plínio.

    Renato Janine Ribeiro

    Amigos atacando Plinio de Arruda Sampaio porque ele disse que o gov. Alckmin é pessoalmente honesto. Ora, eu posso achar alguém honestíssimo – como acho o próprio Plínio – e discordar de suas ideias políticas! Não faz sentido, para discordar de uma política, precisar que ela seja desonesta. Porque isso significaria que, se fosse ela honesta, eu a apoiaria. Não. Ser honesto é requisito, mas não é suficiente, para apoiar uma política.

    É óbvio que Plinio não apoia Alckmin. Agora, usar um elogio dele à honestidade pessoal de um adversário, para atacar o próprio Plínio, é fazer uma crítica NAO-política. A política não é o espaço dos honestos vs. os desonestos. É o espaço de projetos de sociedade diferentes e mesmo opostos.

    O curioso é que estão fazendo com essa fala do Plinio exatamente o que a direita faz com o PT: desqualificá-lo por causa de uma suposta desonestidade. O que, no fundo, expressa a dificuldade extrema de ter uma discussão política.

     

  20. A análise do Renato é boa,

    A análise do Renato é boa, porém, se esquece de um fator.

    No caso de Eduardo e Marina, perdendo esta eleição, como ficarão em 2018 ? Algum dos dois vai sair da disputa ? Duvido muito. Até onde sei, nunca foram amigos, são aliados de ocasião, é uma aliança pragmática e oportunista para ambos. E digo isso sem juizo de valor. Pode dar certo, mas  como será a equação em 2018 ? Tem tudo para não dar tão certo assim. Cada um quererá se candidatar pelo partido do qual é dono, REDE e PSB.

    No caso do PT há outros candidatos sim. De cara, vejo mais dois: Lula e Mercadante. E claro que pode surgir outro em um segundo Governo Dilma.

    A situação do PSDB, perdendo, realmente é pior. Para 2018 restarão Aécio, Serra, Alckmim e talvez Anastasia. É muito pouco.

      1. Voce está equivocado. Então

        Voce está equivocado. Então porque ele chegou a Ministro Chefe da Casa Civil, o principal do Governo ?

        Foi a partir deste cargo que a Dilma virou candidata. Basta ele fazer bom papel no ministério que estará credenciado a disputar o cargo.

        1.  
           
          Daniel, quer dizer que

           

           

          Daniel, quer dizer que ele a Dilma se elegeou porque mandou bem no cargo? Lógico que não tem qualquer relação.

          Dilma se elegeu porque foi escolhida pelo Lula.

          Lula foi o cara que não escolheu o Mercadante, apesar deste nome ser infinitamente mais conhecido que o da Dilma.

           

          Abraço

          1. Óbvio que as questões se

            Óbvio que as questões se relacionam.

            Por qual motivo Lula escolheu a Dilma ? Porque achou ela bonita ? Escolheu porque ela se deu bem no cargo, é lógico.

            E porque também achou que ela tinha mais condições entre as opoções de vencer a eleição e fazer um bom governo.

            Nâo há certaza nenhuma, mas é claro que qualquer ministro da Casa Civil que se apresente bem tem condições de disputar uma eleição.

    1. Até fim de junho há tempo de registrar chapas.

      A chapa será Campos/Marina até se haver alguma confirmação de que Campos é capaz de passar Aécio e que candidatos de coligações com PSB a governador estarão bem posicionados. Aí ele sobrevive – e bem – politicamente como presidente do PSB.

      Se Campos estiver na frente de Aécio até lá, aí pode ser interessante lançar Marina ao Senado. Não sei onde é o domícilio dela agora, mas tanto em DF como RJ ela tem chances.

      Aliados de ocasião, caso se respeitem entre si, pode dar certo.

       

      1. Gunter, me refiro ao problema

        Gunter, me refiro ao problema para 2018.

        Este ano eles estarao juntos. Mas e em 2018 um vai brigar contra o outro, esse é o problema que vejo.

        Voce imagina Campos ou Marina desistindo de disputar em 2018 em beneficio do outro ?

        Nao faz sentido, nao sao amigos, um nao tem nada a ver com o  outro. Será cada um por si.

        Até acho que Campos pode fazer um Governo melhor que Dilma. Fiquei preocupado com essa alianca com a Marina, as ideias delas sao em direcao muito retrogradas. Ademais, ele demonstra que vai vender a alma para o PMDB do mesmo jeito, nao vai mudar nada.

        Talvez fosse interessante para o PT romper com o PMDB. Dificilmente a Dilma perde, mesmo sem o tempo de tv do PMBD, assim o PT poderia fazer mais deputados, em campanhas isoladas. Vencendo, Dilma agregaria novamente o PMDB a basa, que ele nao vai largar a boquinha nunca. É uma jogada arriscada, mas que pode dar certo. Dilma tem que se cuidar nesse segundo mandato, ou ela melhora o Governo ou será lembrada como uma governante mediocre. Alem de que será fatal a perda em 2018 a nao ser que o Lula volte.

        1. Até imagino, Daniel

          Campos é o único pré-candidato contrário ao princípio da reeleição.

          Quanto as ideias da Marina, diga quais são retrógradas para debatermos. Se bem que ela é candidata a vice só, teríamos que comparar com as ideias dos outros pré-candidatos a vice.

           

          1. Exs,querer colocar a questão

            Exs,querer colocar a questão ambiental que é acessória, acima do desenvolvimento, inclusão, e redução de desigualdades. Esse vies que ela tem anti obras de hidrelétricas que são cruciais para o desenvolvimento energético do País. É mais ou menos por ai.

            Se precisar até o Aécio diz que é contrário. Campos diz que é, mas se ganhar vai querer se reeleger, como fez em Pernambuco. O PT foi contra também, quando FHC aprovou a re eleição para si próprio, que foi a pior atitude de todas.

            De qualquer forma esta eleição será interessante.

  21. Caro Nassif e demais
    Eu ia

    Caro Nassif e demais

    Eu ia responder, mas sinto-me bem representado pelas inúmeras respostas, e me bateu uma certa preguiça.

    Deixe-me tomar meu sal de fruta.

    Saudações

  22. Uma tese fundamental da

    Uma tese fundamental da democracia é a da alternância no poder.

     

    Parei de ler o artigo nesta frase. Perdi alguma coisa?

    Artigo que se inicia com argumento primário destes não da vontade de ler.

  23. Na democracia plena esse

    Na democracia plena esse discurso de alternância de poder não existe ou o povo deve ser trocado? O poder pertence ao povo segundo a Carta brasileira e não ao partido ou pessoas. Basta perderem o rumo que serão apeados da cadeira, diferente nas democracias de fachada onde há alternância de poder mas o povo … Republicanos e Democratas, República do café com leite são alguns exemplos.

  24. Não acho que meu partido

    Não acho que meu partido (PT) deva ficar eternamente na presidência, mas essa análise do Janine não é nada isenta. É uma ode ao Eduardo Campos/Marina. Como alguém já comentou no post, falar de alternância no poder em São Paulo jamais, não é? É um argumento infantil, de quem não consegue ganhar e quer mudar as regras do jogo.

    Os 29 anos de governo do Partido Social Democrata Sueco são criticados? Os 17 anos de presidência do Ólafur Ragnar Grimsson na Islândia? O terceiro mandato consecutivo da Angela Merkel?Vejamos a Itália com seu 70º gabinete desde o fim da 2ª Guerra Mundial, lá houve tanta alternância que dizem ser um país ingovernável.

    Não houve alternância no poder, mas teve alternância na presidência e podemos observar facilmente as diferenças dos governos Lula e Dilma. Acho que esse foi aliás um dos problemas do Chavismo, como Chavéz ficou a frente do governo todo o tempo, não possibilitou que outros membros do seu partido se destacassem. Creio que o PT tem nomes qualificados para as próximas eleições. É uma pena que o Patrus Ananias não parece ter sido considerado para tal posição.

  25. A tocida do Janine

    Esse artigo se traveste de análise para compor a arquibancada das eleições, na torcida do vamos acabar com o mesmismo da escolha popular.

    O Renato Janine como iniciado em filosofia política, não poderia capitular aos paradigmas dos institutos de pesquisa de opinião para pensar o processo político. A personalização da escolha do eleitorado reduz a esfera da opção política às variáveis da visibilidade e do carisma, e joga fora a acumulação histórica da legitimação dos projetos políticos que os partidos políticos constituem, na opção do eleitorado.

    Com esse tipo de perspectiva a eleição da Dilma e a ascenção do Renzi na política italiana, ficam no campo do imponderável. O Janine já lidou com instrumental conceitual mais elaborado.

  26. A linguagem fala a seu respeito.

    O fato de um filósofo renunciar a forma da “altenência”, não reservando para si tarefas como a de propor finalidade de visões do mundo, dignas de referir penetração e apreços como sede de um saber; e assim por diante certas linhas de interpretação de certeza para superar a carga sugestiva do relevo para o poder político superar a consciência contemporânea, não tem, por outro lado, importância ou seriedade.

  27. Alguns desavisados citam como

    Alguns desavisados citam como exemplo de sapiciência política em termos de alternância no Poder  o caso emblemático de Churcill, primeiro-ministro que comandou a reação inglesa durante a segunda guerra, que apesar da vitória foi derrotado por Clemente Atlle, do partido trabalhista,  nas eleições daquele ano. 

    Foi, sim, uma demonstração de bom senso, mas não pelo fator alternância como base fundamental para uma democracia madura. Mas sim porque Churchill esteve á frente do país num contexto de guerra total e aniquilante. Ou seja, anormal, atípico. 

     

     

  28. Lamentável o artigo. É por

    Lamentável o artigo. É por essa e outras que a USP despenca nos rankings internacionais: vendilhagem.

  29. Que barbaridade

    QUEM DECIDE É A POPULAÇÃO – Se tem uma coisa que me deixa decepcionado é esta lenga lenga de que democracia é “alternância no poder”. 

    Quem decide se haverá ou não alternância no poder, seja numa prefeitura, num governo estadual ou no governo federal é o povo brasileiro, mediante o sufrágio direto, livre, secreto e regular. 

    Se a população paulista quiser eleger novamente o PSDB em São Paulo, isto deve ser respeitado. Se a população brasileira quiser eleger novamente o PT no Brasil, isto deve ser respeitado. 

    E não há nada de anti-democrático nisto! 

    Anti-democrático é esta conversa mole de “alternância no poder”. Frase oca, vazia, retórica e altamente conservadora. E é conservadora porque despreza o voto e a sabedoria popular. 

    Vai ver que os defensores desta “magnífica” tese gostariam mesmo é de acabar com as eleições e estabelecer um sorteio, ou um rodízio entre os partidos… Que barbaridade.

    1. Muito bom comentário, pois o

      Muito bom comentário, pois o ponto é exatamente este: idealmente a democracia, enquanto regime político que autoriza pelo sufrágio universal periodicamente governos e parlamentos, não é o “regime da alternância”, mas sim é o regime oriundo da vontade da maioria, sem anular a liberdade das minorias. Estas minorias (ou oposições), portanto, tem o direito de buscar se tornar maioria, assim recorrendo à possibilidade de “alternância do poder”. Em outras palavras, um efetivo regime democrático é aquele em que “alternância” e “continuidade”, ambas, devem ter possibilidade de ocorrer. A situação obviamente defendendo a continuidade e a oposição defendendo a alternância. Parece simples, mas a mistificação de alguns tenta nublar esta obviedade.

  30. Os efeitos dA nao alternancia

    Os efeitos dA nao alternancia ficaram devidamente comprovados  pelo periodo em que o PRI  esteve no poder no Mexico. Ou na micropolitica, atraves da eternizacao  das diretorias sindicais.  Eh inevitavel  o apodrecimento dos governos causado pela nao alternancia. Os militas do blog teimam em negar a historia.

    1. A lenga-lenga do PRI

      O PRI sempre aparece como o “anti-exemplo”.

      Ora, o que mudou de verdade no México pós-PRI? A quem servia o PRI? Como ele se manteve no poder? Era legítimo ou farsesco?

      Pergunto também se o colega não defende a “alternância” mundial no poder ou ele vê os mesmos males e “apodrecimentos” na hegemonia americana e nas opções que recomendaria. Que tal?

      No caso verdadeiramente democrático, continuidade é reflexo de vontade.

      Em outros casos, pode ser resultado de fraude, manipulação de opinião e mesmo poder do poder.

      Não dá pra dizer que é o nosso caso, não é mesmo?

  31. Problema de fácil

    Problema de fácil resolução… Basta convencer a maioria do eleitorado e VENCER as eleições! Fora isso, o resto é choro de perdedor e golpe.

  32. A alternância no poder não se

    A alternância no poder não se dá por retórica ou teoria, mas pela vontade do povo através do voto, ô seu Janine!

  33. parei aqui

    “O PT aprendeu a ser governo e esqueceu como é ser oposição. Não terá candidato nato para 2018, nem poderia ungí-lo a partir de uma posição de poder. ” e Lula, Haddad, Gleise e Padilha se fizerem um bom governos nos seus estados? ele poderia torcer menos..

  34. “Alternãncia de poder”

    é um eufemismo para ” Não quero aguentar governos de inspiração  popular por mais de quatro anos”…

     

    Mas, esqueçamos por uns instantes essa indelicadeza. Não entendi o motivo do autor se limitar ao planalto e não ter citado o PSDB no governo de SP.

  35. Esse discurso de Alternância

    Esse discurso de Alternância de Poder para legitimar a democracia é algo que só surgiu, porque pela primeira vez na história desse país, temos um partido que representa os trabalhadores no governo Federal. Depois de 500 anos de história, onde os endinheirados desgovernaram esse país, sem qualquer chance de alternância… E agora os meios de comunicação e acadêmicos, são pagos para fazer esse discurso de alternância de poder. É de dar pena… Viva o Trabalhador Brasileiro.

  36. Assim como as lideranças

    Assim como as lideranças políticas, penso que os pensadores da praxis política deveriam se reciclar. Confundir democracia com alternância no poder é de dar dó.  Prefiro as análises dos leitores do blog, muito mais consistentes que a do professor-filósofo. No mais o exemplo que o professor-filósofo usa para a desidratação da oposição quando fora do poder não se aplica ao PT. Muito ao contrário, sendo governo em algumas poucas prefeituras e em um ou dois estados da federação enquanto predominava o rolo compressor PSDB/DEM no poder, o PT só cresceu. Mesmo com toda a mídia e muitos professores-filósofos prevendo o desgaste do PT já há quase 12 anos no poder, o partido tem aumentado suas bancadas nos estados e na câmara, conquistado mais prefeituras e incrementado o número de seus filiados. Nem vou mencionar a posição de Lula, que massacrado dia sim e outro também por uma mídia pusilânime continua sendo a figura política referencial do país e símbolo máximo deste partido que o professor quer comparar com PSDB e DEM e que conseguiu a proeza de sair do governo melhor avaliado do que entrou.

  37. Os intelectuais criptotucanos

    Os intelectuais criptotucanos estão cada vez mais míopes. Como já disseram vários comentaristas aqui, quem decide se a alternância é oportuna ou não é o povo através do voto e não a mídia ou os “intelectuais”. Janine fala, fala e fala, mas nem de longe lhe passa pela cabeça que Lula é um candidato imbatível para 2018.

  38. Uma dúvida…

    Essa análise vale para o Estado de São Paulo e PSDB?

     

    É professor de ética. Pior, na USP.

     

    Politizou um tema importante.

  39. Não me animei em ler o texto

    Não me animei em ler o texto até o final . Apenas ficou na minha cabeça a pergunta :

    Bem , senhor Janine , as urnas estão aí para ouvir a voz da maioria . O que o senhor sugere , então ? Que se coloque na lei eleitoral um dispositivo que impeça um partido político , após exercer um certo número de mandatos consecutivos ,  seja impedido de concorrer a nova reeleição ?

    Parece uma asneira grosseira , não acha ?

  40. Fortalecimento do governo progressista de Dilma e Lula.

    Há muitas mudanças importantes para as próximas eleições que os eleitores vão mostrar. Uma delas será o fortalecimento da aliança do governo federal ao escolher os novos governadores, os novos deputados federais e senadores. A internet está mostrando a verdade sobre o Brasil de hoje, o Brasil do futuro. O Brasil que iremos manter com Dilma em 2015, com o retorno de Lula em 2019 e com a continuidade com Fernando Haddad em 2023. A demonstração será um marco para os governos progressistas no Brasil e para o fortalecimento da Presidenta Dilma junto ao Congresso Nacional.

  41. O PSDB perder para o PT o

    O PSDB perder para o PT o Planalto não é alternância de poder?

    E a alternância no governo estadual de SP, sobre isso não se fala nada?

    2018 não tem perspectiva? E o Lula ?

    É duro ler esse texto, filosofia barata, o autor tenta se colocar num espaço além da esquerda e da direita e isso não existe.

     

  42. E logo no primeiro parágrafo

    temos um “non sequitur”.

    A coisa parece mesmo costurada às pressas (lembra até os textos da ínclita Marilena Chaui.. )  Duvido muito que o autor  dissesse isso numa platéia  que não fosse completamente composta de  coxinhas néscios. Acredito que foi a edição do “valoroso” Valor que costurou dessa forma meio descuidada.

    Pois vejamos

    Uma tese fundamental da democracia é a da alternância no poder. Isso significa que duas forças políticas, ou às vezes mais que duas, disputam a hegemonia política, e a vitoriosa numa eleição pode muito bem perder a seguinte, ou uma seguinte. (Até aqui o autor não disse novidade alguma! Disse? ) Pode, não. Deve.

    Deve?

    Isso tá errado!! A frase certa é Deve, não. Pode.

    Pode se o povo e as forças políticas assim desejarem. A alternãncia de poder, óbvio, é contemplada pela Democracia, mas jamais é um imperativo.

  43. PSDB

    Não há nada esquisito em o PSDB ter se tornado inviável para a maioria. Sua política simplesmente é antimajoritária, voltada para uma parcela pequena de eleitores. Enquanto persistir nessa linha, não receberá votos suficientes.

  44. Mas eh obvio que se o povo

    Mas eh obvio que se o povo escolher,eleger, nao ha o que contrapor. Porem, o processo de apodrecimento continua, ateh que se esgote atravez do aprendizzdo do eleitorado. 

  45. traduzindo o tucano da usp

    traduzindo o tucano da usp (pleonasmo)

    1- nao tenho argumento para tirar o pt do governo, entao, vamos fazer um rodizio??

    2- se voces de oposicao, como eu, nao unimos em torno de psdb e votarmos ou fomos para candidatura do eduardo campos, fudeu geral, acabamos de vez,,,,

    o sujeito nao faz avaliacao social ou politico dos governos, nao toca no maior problema (nao é falta de alternancia), processo eleitoral e os partidos do governo, sempre, independende de quem ganhe o executivo

     

    em tempo: MESMO GRUPO ESTA NO GOVERNO DE SAO PAULO DESDE 1982 (talves gov do procurador FLEURY possa ficar fora), isso nao incomoda, nem foi citado pelo cidadao usp

  46. Meios e fins

    Bobajada.

    Alternância é um meio, não um fim.

    Nenhuma eleição livre deverá escolher suas opções para atender “alternâncias”.

    Se não, melhor definir logo um “prazo de validade”.

    Eleições devem escolher o que há de melhor (na visão dos eleitores) para o momento.

    Se o melhor fôr o corrente, que prossiga!

    E que os “alternantes” melhorem o que têm para oferecer,

     

    PS: Vejo a alternância sim como uma característica saudável. Mas isto, como reflexo natural de sociedades politicamente saudáveis. Não é ainda o nosso caso.

  47. O primeiro parágrafo do artigo é só chama para trazer leitores

     

    Gunter Zibell – SP,

    Tinha certa predileção por Renato Janine Ribeiro dentre os nossos filósofos. Há muito tempo li um livro de ética e o único texto que me chamou atenção foi exatamente o dele. Depois ele passou a ver semelhança no PT e no PSDB e torceu e esperou que os dois partidos se juntasse em um só. Se pensarmos na formação marxista dos primeiros teóricos do PSDB esta junção não era de todo improvável, embora o PSDB tivesse na sua origem o germe do temor das grandes massas. Não é outra a razão para o partido ter optado pelo parlamentarismo.

    O ideário de Renato Janine Ribeiro de ver PT e PSDB unidos perdeu o vigor à medida que o afastamento entre o PT e PSDB transformou em uma estratégia para que os dois partidos dominassem a política brasileira. Para que esta estratégia funcionasse um partido teria que ir para a direita e outro para a esquerda. Como o PT já estava muito à esquerda, o partido encarregado de ocupar o espaço à esquerda teria que ser o PT. E mais bem ocuparia o espaço se se deslocasse um pouco para o centro que estava à direita do partido. E o PSDB foi para a direita. Hoje os eleitores do PSDB são da direita.

    Com os rumos que a política brasileira tomou, o ideário de Renato Janine Ribeiro ficou a ver navios se afastando do cais. Creio que ele já está consciente disso. E tem um espaço importante em um importante jornal do país. Nos, se não me engano, mais de três anos que ele escreve no jornal Valor Econômico ele não tinha desde o início muito mais o que dizer. Ainda assim tem trabalhado a contento não para defender aquilo que ele acredita, mas para expor aquilo que o poderia manter com bom grupo de leitores em um jornal que é destinado primeiramente a atender demanda do mercado financeiro, comercial e industrial nessa ordem de importância.

    Vira e mexe e Luis Nassif dá corda para os textos de Renato Janine Ribeiro. No post “O partido industrial, por Renato Janine Ribeiro” de segunda-feira, 13/02/2012 às 09:56, aqui no blog de Luis Nassif e com uma nem tão breve introdução dele, há a transcrição do artigo “O Partido Industrial” de autoria de Renato Janine Ribeiro e publicado no Valor Econômico de segunda-feira, 13/02/2012. Tenho este artigo como referência, não só porque fiz muitos comentários nele, como porque mostra o Renato Janine Ribeiro fazendo uma incursão em um campo que não é bem o dele. Gosto do artigo porque ele trata do câmbio meu assunto predileto depois da tributação. Só que câmbio é uma palavra que as pessoas têm medo de dizer, por isso o título “O Partido Industrial” parece tratar de outro tema que não o câmbio. O endereço do post “O partido industrial, por Renato Janine Ribeiro” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-partido-industrial-por-renato-janine-ribeiro

    O meio é a mensagem. Provavelmente dos comentaristas do Valor Econômico, Renato Janine Ribeiro é o mais petista, mas não lhe resta se não angariar leitores da outra margem do rio. E então ele chega ao ponto de dar ao artigo semanal dele no jornal Valor Econômico este título: “Não temos alternância no Planalto”. Título também deste post “Não temos alternância no Planalto, por Renato Janine Ribeiro” de quarta-feira, 12/03/2014 às 09:07, com o acréscimo do nome dele.

    O problema maior, é de se reconhecer, não é o título, mas o conteúdo do primeiro parágrafo. Diz ele lá no primeiro parágrafo:

    “Uma tese fundamental da democracia é a da alternância no poder. Isso significa que duas forças políticas, ou às vezes mais que duas, disputam a hegemonia política, e a vitoriosa numa eleição pode muito bem perder a seguinte, ou uma seguinte. Pode, não. Deve. Os partidos assim se alternam, de modo que mais se “está no poder” do que se “tem” (ou “conquista”) “o poder”. Ninguém é dono, na democracia, do poder”.

    Eu, como admirador de Renato Janine Ribeiro, faria um esforço para concordar com ele lembrando de que eu não aceitava muito a democracia Japonesa com aquele imperador e o domínio ininterrupto do Partido Liberal Democrático desde a sua fundação em 1955. E também lembrando toda a força do nazismo na Alemanha, eu tinha resistência em chamar de democracia o que ocorria na Alemanha Ocidental com o domínio da União Democrata-Cristã, com Konrad Adenauer de 1949 a 1963, com Ludwig Erhard de 1963 a 1966 e com Kurt Georg Kiesinger de 1966 a 1969. Há também o caso da França em que só a partir da década de 80 é que o Partido Socialista de oposição chegou ao poder, mas lá é complicado de entender. Só que ai eu lembro da Itália que embora tenha tido o fascismo, fora um fascismo comandado por Benedito Mussolini que dizia de si mesmo: “eu sou mesmo é um poeta e um poeta muito louco” (Nunca achei essa frase entre os ditos de Benedito Mussolini, mas já a li como dele em uma espécie de biografia) e, portanto, não há como negar que apesar do domínio da Democracia Cristã na politica italiana desde o fim da II Grande Guerra até o fim do partido em 1994, aquela zorra toda era uma democracia.

    Como admirador de Renato Janine Ribeiro eu faço um último esforço em o defender neste artigo. Se se atentar bem, excetuando o primeiro parágrafo que é mais para prender ou apreender leitor de outros matizes, ele apenas faz uma análise razoavelmente consistente da atual relação de forças na política brasileira e uma possível previsão para os próximos 8 anos.

    Talvez a análise que ficou faltando no artigo dele foi questionar por que a política brasileira se tornou tão previsível. Aliás, esta previsibilidade é que não é própria da democracia, embora não creio que a presença da previsibilidade possa ser alegada como prova da inexistência da democracia.

    Bem, tenho discutido ultimamente sobre democracia e assim penso ser válido meu último comentário onde tenha não só me alongado no tema como indicado links onde o tema também é discutido. Trata-se de comentário que eu enviei segunda-feira, 10/03/2014 às 19:07, para Luis Nassif junto ao post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 10/03/2014 às 08:18, aqui no blog de Luis Nassif contendo artigo de Aldo Fornazieri. O endereço do post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/clientelismo-e-corrupcao-do-sistema-politico-por-aldo-fornazieri

    Bem, o meu argumento básico no comentário que enviei lá no post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” é que o entendimento que se faz sobre o processo democrático está muito longe da realidade. É preocupante quando este entendimento é feito por jovens ainda mais com um bom nível de instrução. E a preocupação torna-se incomensurável quando se percebe que a falta de entendimento é manifestada por professores destes jovens.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 12/03/2014

    1. Voto PSB/PSDB/PT/PSoL/PV – Parece loucura?

      Eu gostei do artigo do Renato Janine Ribeiro

      Aliás, em geral gosto dos artigos dele e compartilho vários no facebook.

      Eu não sirvo para essas discussões, tão ao gosto de comentaristas em blos de política, porque também acredito que PT e PSDB são muito parecidos (e ambos ao PMDB e PSB) e que seria boa uma coligação entre ambos (ou todos eles), acho que diminuiria a força dos fisiológicos.

      E gosto do discurso de Marina/Campos de futuramente convidar os melhores de cada partido a fazer parte do governo.

      E, por isso mesmo, este ano vou votar PSB para presidente, PSDB para governador, PT para senador, PSoL ou PPS para deputado federal e PV para deputada estadual.

      Eu não ligo para esquerda/direita em economia, acho que ambas só fazem o discurso do possível a cada momento. Meus conhecimentos em história de indicadores econômicos e sistemas econômicos comparados me leva a crer nisso.

      Mas ligo muito e muito para secularismo e transparência na política, então minhas opções eleitorais são para aqueles que menos me incomodarem em cada nível. Sabendo que esse julgamento é supersubjetivo, individual e refém de propagandas, já que infelizmente não temos informações sobre tudo.

      Para os colegas do blog isso parece uma loucura, para mim parece racional.

      Mas é um pouco de loucura que faz as sociedades e as ciências avançarem.

      1. Poxa vida, Gunter. Votar no
        Poxa vida, Gunter. Votar no Alckmin para governador é o fim da picada. Apesar de abominar o partido, tenho ainda mais restrições quanto ao governo deste senhor, que transforma São Paulo em um Estado Policial, além da incompetência em relação a gestão da água. Alternância de poder em São Paulo não pode, né?

        1. Qué isso André, o chuchu é

          Qué isso André, o chuchu é super transparente, pregador do estado laico, de uma competência ímpar, sem contar que é um verdadeiro homem de bem!!!! 

          Algo não passa bem com o gunther, só pode ser isto.

        2. Claro que pode alternância em SP

          Quem disse que não?

          O Padilha vai fazer campanha, né? Vai convencer o eleitorado e pronto, uai. 

          Talvez eu até vote no candidato do PV (Natalini), para prestigiar um discurso, isso está em aberto.

          O que não pode é ‘coronelismo’, certo? 

          Acho pouco simpático ficar fazendo pressão em amigos e parentes como tem sido feito em SP. Ambiente horrível, usando demonizações. Chega disso.

          E fora que não há mal nenhum nos candidatos do PT saberem que não estão com essa bola toda por aqui. Quem sabe não melhoram seus discursos e atitudes.

           

           

      2. Excesso de “coerência” ou daltonismo político?

        Traz um artigo chinfrim sobre “alternância”.

        Diz que concorda, gosta muito do autor.

        Afirma que náo há variedade política na terra mater.

        Insiste (béin, bléin, bléin) que PSDB e PT “c’est tout la même chose”

        (cara de pau, má fé ou daltonismo político?)

        E depois sugere fazer uma geléia geral com PSB/PSDB/PT/PSOL/PV.

        Assim nem precisa de alternância.

        Ou talvez uma alternância com o DEM.

        E uma ditabranda de vez em quando.

        Por sorteio bi-anual, pela Loteria Federal

  48. Não temos alternância no Bandeirantes


    O próf esqueceu de mencionar, né?

    Eu respeito as opções dos paulistas.

    Não concordo, torço contra, sei que o paulista é bastante manipulado, o estado é aparelhado mas

    Só quem ´deve mudar isso

    É o paulista.

    Dona Alternância não vota.

  49. E lá vai o Gunter Zibell

    Na defesa do indefensável (Campos, em sua chapa com a blablarina), descendo para a vala comum dos “acadêmicos” tucanos com um texto fraquíssimo, que se esquece de um detalhe: Mais do que a alternância de poder, uma “tese fundamental da democracia” é a VONTADE DO POVO.

    1. Beleza.

      Se a vontade do povo for levar Campos a 2º turno em 2014 e deixá-lo bem posicionado para 2018, que assim seja.

      Se a vontade do povo for sucessão de grifes políticas, e não real alternância, que assim seja.

      Respeitemos a tese fundamental da democracia.

       

  50. Alt-rn^ncia

    Dr. Renato, onde o Senhor estava em 2002, quando Lula derrotou o candidato do PSDB sem usar a bandeira da alternância?

    Com certeza, o Senhor não rogou para que houvesse alternância, pelo contrário, deve ter feito muitos textos como este, porém maximizando as qualidades tukanas.

    Como disse um colega comentarista, acima: “Não posso ganhar no voto, então, que tal uma alternância?

  51. Análise política?

    Por favor, me digam onde esse artigo é uma análise política do Brasil atual?

    Ao ler esse artigo me imaginei em um outro país, país onde os partidos são todos iguais, não possuem diferença, ou, se as tem, são mínimas, talvez as cores das suas bandeiras.

    Para ele não existe uma clara divisão ideológica entre PSDB, neoliberalismo, e o PT, liberalismo que ainda não atingiu a sua meta que é o socialismo, tá tudo igual, o que muda é que um candidato tem olhos verdes, o outro cabelo escuro, a outra cabelos castanho claros mecheados…

    Ptuz! Perdi tempo nessa leitura.

    Não diz absolutamente nada com nada!

  52. adoro ler os “intelectuais”

    adoro ler os “intelectuais” elitista

    sempre mesma choradeira, povo nao me ouve? pq?

    esse papo de pt se juntar ao psdb era ideia desse povo,,,,os wefores da vida

    decada 70 auge da social democracia europeia, esses intelectuais queriam reproduzir aqui, so que nao tinham povo, viram o movimento operario no abc, quiseram coopitar, sem movimento operario e social, criaram um PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA sem povo, sem movimento social,,,, depois reclamam do pais de piada pronta,,,,

    da vontade de falar,,,,, vai estudar meu filho,,,,

  53. O discurso vazio da alternância no poder – Carta Maior

     O discurso da alternância no poder apareceu na avenida para desfilar na campanha eleitoral. É daqueles carros alegóricos grandes, pomposos e reluzentes.

    Carta Maior – Antonio Lassance

    Inconsistentes, feitos de papelão e isopor, cheios de gente para empurrar, por baixo dos panos, e “curtir” como se fosse o suprassumo do espírito democrático.

    À frente desse carro alegórico, as duplas de mestres-sala e porta-bandeiras: Eduardo Campos e Marina Silva; Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso.

    “O que eu acho é que temos de ter alternância no poder. O PT está há muito tempo no poder”, disse Fernando Henrique Cardoso. 

    “É importante que todo tempo os partidos possam experimentar governar, fazer oposição”, recomendou Eduardo Campos, do PSB.

    Se a lógica de FHC for válida, já passou da hora de o PSDB parar de governar São Paulo. Estão lá desde 1995 e depois falam mal do chavismo. 

    Os 12 anos de PT no Governo Federal são do mesmo tamanho dos 12 anos de PSDB no Governo de Minas Gerais. Também já chega por lá, nas Alterosas?

    Pela lógica de Eduardo Campos, se cada partido tem que ficar um tempinho no governo e, depois, na oposição, um dia seremos governados pelo PSC de Marco Feliciano.

    Fala-se em alternância como se fosse um princípio democrático. Nunca foi. O princípio democrático fundamental é o da soberania popular. A troca de governantes não é dada pelo “princípio” da alternância, e sim pelo da supremacia da vontade popular. 

    O povo mantém os governantes se está satisfeito; troca, se achar que há outros melhores para pôr no lugar.

    Os discursos que propalam uma alternância no poder não têm nada de alternância e não mexem numa única vírgula das relações de poder. 

    Aécio e Eduardo Campos já confessaram seus programas. Entoam, em uníssono, o hino para “resgatar o tripé” do Plano Real: metas rígidas de inflação, câmbio flutuante e controle dos gastos públicos. 

    Enquanto PSDB e PSB falam de tripé, estão mostrando o que são: uma mesmice, embrulhada para presente dentro de um tédio, enfeitada com um laço de monotonia. 

    No célebre romance de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, “O Leopardo”, o velho aristocrata diz que “é preciso mudar para que tudo continue como está”.

    Este é o espírito do discurso da alternância que trata o poder e a democracia mais como dança das cadeiras do que como inovação política promotora de transformação social. 

    Lula e Dilma: uma ruptura ainda em curso

    Alternância no poder deveria supostamente significar mudança no poder. O poder muda de mãos para que as novas mãos mudem, em alguma medida, as relações de poder. Do contrário, mudar para quê?

    Certamente, não é disso que falam FHC e Aécio. A alternância que pedem é a volta do padrão de desenvolvimento excludente, de baixo crescimento, desemprego em alta, desvinculação de receitas da saúde e da educação, desmonte do Estado, desregulação da economia e uma política externa rebaixada.

    Esses eram os fundamentos do Plano Real de FHC, rompidos por Lula. Esse foi o padrão abandonado também durante o governo Dilma. Romperam sem alterar muitas das relações que fogem aos horizontes restritos dos poderes de uma Presidência da República.

    Mesmo assim, mexeram com variáveis-chave do jogo político e da estrutura de interesses da sociedade. Do contrário, não haveria tanto ódio de classe contra Dilma, contra Lula, contra o PT e o petismo.

    De forma democrática, é preciso décadas para que possam ser feitas grandes mudanças. Interromper tais mudanças no meio do caminho é, na verdade, uma maneira de frustrar a alternância no poder, e não de garanti-la.

    Outra maneira de frustrar a verdadeira alternância é o próprio governo desistir de seu programa de mudança no meio do caminho. Se isso ocorrer, pouco valem anos ou mesmo décadas de exercício do poder.

    Mais Dilma ou uma outra Dilma?

    Pesquisa após pesquisa, fica claro que os eleitores querem mudança. O favoritismo de Dilma, sujeito a oscilações, para mais ou para menos, mostra que o desejo de mudança não necessariamente quer dizer vontade de trocar de partido e de presidenta. 

    Pode ser Dilma mais uma vez, desde que não seja a mesma Dilma. Assim como o Lula de 2006 não era o mesmo Lula de 2002.

    Lula promoveu uma alteração de seu programa do primeiro para o segundo mandato. Fez “o que precisava ser feito” – como ele mesmo gostava de dizer – , nos primeiros quatro anos, e foi muito mais ousado em seu segundo mandato. Primeiro, deu um passo; depois, um salto.

    A mesma história de Lampedusa traz outra frase, menos conhecida: 

    “Uma casa em que já se conhecem todos os cômodos não é uma casa em que valha a pena viver”. 

    O Brasil ainda é uma casa pequena e de muitas portas fechadas. O que se deve mostrar, em uma eleição, é quem tem as chaves para abri-las e a disposição para criar novos espaços que não estejam reservados a uns poucos.

    Do lado oficial, está na hora de Dilma preparar sua própria reviravolta, tal como Lula fez entre seu primeiro e segundo mandatos. 

    Se, como dizia o general grego Xenofonte, estratégia é a arte de surpreender o adversário, ao que parece, ou a estratégia oficial ainda não está preparada, ou está muito bem guardada. Isso a poucos meses das eleições.

    Em 2006, quando apareceu a turma da “alternância no poder”, Lula surpreendeu-os na política com uma plataforma de aprofundamento das mudanças. É disso que o Brasil precisa, mais uma vez.

     
    (*) Antonio Lassance é cientista político.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/O-discurso-vazio-da-alternancia-no-poder/4/30395

  54. por que eu, o gunther e o

    por que eu, o gunther e o plinio votamos no alckmin

    alem da opus dei, das contribuicoes as santas casas, sem misericordio do povo, so num fez um governo melhor pela heranca maldita do ultimos governos, mas pelo menos faz um otimo transporte publico, para quem nao sabe

    SAO PAULO TEM MAIOR NUMERO DE PASSAGEIROS POR METRO DE METRÔ DO MUNDO, alem de gerar supervit primario em pouponca na suica, sem contar que “aqui nao tem escandalos”, ne (ou sera que tem o “m”)  ministerio publico,,,

    isso so psdb faz para voce

    http://vimeo.com/88418148

  55. Os partidos do Brasil são

    Os partidos do Brasil são Bons?

     

    Desculpe a franqueza, vou pegar uma frase do texto e comentar:

     

    “Parece que no Brasil os partidos são razoavelmente bons para disputar o poder mas”

     

    Francamente. Que partidos razoavelmente bons são estes?

    O psdb, que deixou o  governo com 80 % de desaprovação ?

    O pmdb, que a cada dez minutos tenta apulhalar o PT pelas costas?

    Desculpe, não sei que água o autor do texto bebeu, mas eu não vejo um unico partido político realmente bom nem razoavel, e o que explica a permanencia do PT no poder apesar de mesmo os que votam em Dilma quererem mudanças é o fato de o PT concorrer competamente sozinho.

    A oposição política inteligente no país morreu há muito tempo.

    1. exemplo de dificuldade de interpretação de texto

      Caríssimo, sua interpretação de texto está equivocada. Não há juízo de valor sobre partidos serem bons em essência ou bem sucedidos em termos de governo, mas trata apenas do desempenho destes partidos durante corridas presidenciais, bons de competição eleitoreira apenas.

      Releia.

      Fico sempre pasma ao ver isso tão recorrentemente em comentários. Nosso maior problema é mesmo a interpretação textual e capacidade de inferências.

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