No dia de luta das mulheres, conheça 8 maneiras de discutir gênero na escola

A escola pode reproduzir ou combater desigualdades de gênero. Nesta lista mostramos experiências bem sucedidas que podem servir como inspiração.

Por Caio Zinet, do Centro de Referências em Educação Integral 

8 de março é uma data histórica, quando milhares de mulheres saem às ruas em todo o mundo para reivindicar o que ainda lhes falta: igualdade de direitos. Melhores condições de vida e de trabalho, direito ao aborto e soberania sobre seus corpos, combate à violência de gênero. A lista de reivindicações, infelizmente, ainda é longa.

É consenso que o combate ao machismo pode ter um grande aliado na escola. Principal espaço de socialização de crianças e adolescentes, esse espaço cumpre um papel fundamental, seja reforçando as desigualdades entre os gêneros, seja combatendo-a.

Nos últimos anos, no contexto da elaboração dos planos nacionais, estaduais e municipais de educação, o debate ganhou relevância. Diante da presença de metas relacionadas com o combate ao sexismo e à homofobia, grupos religiosos – representados institucionalmente por políticos – em geral, homens brancos e heterossexuais -, conseguiram retirar, tanto do Plano Nacional de Educação (PNE), como diversos planos municipais e estaduais, tais metas em muitas localidades.

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Apesar desse retrocesso, diversas escolas continuam promovendo ações que visam mostrar, a meninos e meninas, que a discussão de gênero importa, sim, e que, apesar da retirada das metas relacionadas ao tema dos planos, ele continuará sendo parte dos conteúdos em escolas comprometidas com o fortalecimento da equidade.

Abaixo,  reunimos 8 de experiências de escolas que mostram que é sim possível e necessário incorporar o tema à sala de aula.

#1. Escola trabalha questões como lesbofobia, transfobia e homofobia com seus estudantes

Um concurso de cartazes e oficinas, em articula~ção com uma universidade federal. Por meio desses instrumentos simples, a Escola de Educação Básica Coronel Antônio Lehmkhul, em Águas Mornas (SC), faz a discussão sobre homofobia, machismo e transfobia com os estudantes do ensino médio e do final do fundamental. Inicialmente, os professores e estudantes realizavam 5 encontros ao longo do ano para discutir essas temáticas, sendo os materiais produzidos ao final.

Depois, como o interesse dos alunos cresceu, as formações acontecem uma vez por semana. Alguns dos temas trabalhados são: “Pimenta nos olhos dos outros também arde: troca de papel”; “A construção social dos gêneros”; “Decida-se”; “Identidade de gênero, expressão de gênero, orientação sexual e sexo biológico”. Também são usados como subsídios para os debates filmes – como “Transamérica” – e canções. Um trabalho foi feito com Balada de Gisberta.

Clique aqui para ler a matéria na íntegra.

Redação

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