Entrevista: Pacheco segurou a democracia com as unhas, diz Kátia Abreu ao GGN

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"Ele agiu com equilíbrio e categoria" e merece a reeleição, diz a senadora em final de mandato. Assista na TVGGN

A senadora Kátia Abreu (MDB). Foto: Agência Senado

Rodrigo Pacheco é favorito à reeleição para presidente do Senado. Apesar da campanha bolsonarista em torno de Rogério Marinho, Pacheco, que “segurou com as unhas a democracia” e defendeu as instituições dos ataques golpistas, deve ser reconduzido ao cargo na eleição que ocorre internamente nesta quarta, 1º de fevereiro.

Mais: apesar de querer demonstrar força, o bolsonarismo chega desmoralizado ao Senado e tende a se “acomodar à realidade da Casa” e ser menos radical. É o que avalia a senadora Kátia Abreu (MDB) em entrevista exclusiva ao jornalista Luis Nassif, na noite de terça (31), último dia de seu mandato.

Embora não participe mais da eleição para a presidência do Senado, Abreu afirmou que está em plena campanha pela reeleição de Pacheco.

“Para mim, ele segurou com as unhas a democracia, o direito democrático, a relação institucional. Mesmo com Bolsonaro e sua trupe atacando ele 24 horas, Pacheco se manteve firme – silencioso como todo bom mineiro – mas firme, não deixou atacar o Supremo nem o Congresso”, avaliou Abreu.

A senadora em final de mandato confirmou a visão de que a eleição da presidência do Senado virou uma “campanha de fora para dentro, com bolsonaristas e vários robôs fazendo campanha contra o Pacheco.

“Não estarei lá pra votar, mas estou em plena campanha a favor da democracia e a favor de Pacheco. (…) Pacheco se elegeu com votos da direita e da esquerda. Ele fez malabarismo para fazer juz aos seus eleitores. E fez muito bem. Nós votamos 1 mil proposituras em 2 anos, mesmo com a pandemia. Ele agiu com equilíbrio e categoria”, defendeu.

Novo Senado será menos radical

Pacheco deve enfrentar nesta quarta (1º) uma candidatura rival, a de Rogério Marinho, ex-ministro de Jair Bolsonaro, apoiado na corrida pela presidência do Senado pelo PL, Progressistas e Republicanos.

Apesar do barulho que os extremistas têm feito nas redes sociais e na mídia, Abreu acredita que Pacheco já tem a maioria dos votos. Ela também vê um Senado menos radical se comparado ao de 2019.

“Os que estão vindo da extrema-direita, estão vindo desmoralizados, como o ex-juiz Sergio Moro. Diante dos formadores de opinião, inclusive daqueles que o apoiaram no passado, está sem credibilidade nenhum. Deixou sua profissão depois que ajudou a caçar e prender Lula, virou ministro de Bolsonaro, saiu batendo no Bolsonaro, e depois, na eleição, voltou para ajudar Bolsonaro. Crédito zero.”

“Logo, logo, a Casa acomodará essas pessoas do radicalismo selvagem”, comentou.

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