Karla Stelzer Mendes, a última brasileira desaparecida em Israel foi encontrada morta nesta sexta-feira (13). A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty.
Em nota, o governo lamentou a morte da carioca de 42 anos. “Terceira vítima fatal brasileira dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil.”
Em entrevista à GloboNews nesta manhã (13), o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, disse que a notícia foi dada pelo filho da brasileira, que está servindo ao exército israelense.
“Acabamos de confirmar que ela faleceu, e o enterro dela é hoje [sexta-feira]. O filho dela, que está servindo ao Exército aqui, acabou de nos avisar”, disse Meyer.
Karla foi a terceira vítima brasileira encontrada morta em meio aos esforços do Brasil para resgatar as vítimas da guerra de longa data entre Israel e Palestina. Foram mortos no ataque pelo grupo Hamas, Bruna Valeanu, de 24 anos, e de Ranani Nidejelski Glazer, durante o festival de música eletrônica, que ocorreu próximo à Faixa de Gaza, no último sábado (7).
Corredor humanitário
A confirmação da morte da brasileira ocorre após conversa do presidente Lula com o presidente de Israel, Isaac Herzog, que fez um apelo pela abertura de um corredor humanitário para que as pessoas possam sair da Faixa de Gaza pelo Egito.
“Não é possível que inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra. Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz”, escreveu o presidente em suas redes sociais.
Lula também pediu ao chefe de Estado que não falte água, luz e remédios em hospitais. Além disso, condenou os ataques do Hamas que classifica como terroristas.
“Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas”.
Leia também no Jornal GGN e entenda o assunto:
Resposta de Israel ao Hamas atinge hospitais e mata 198 pessoas (jornalggn.com.br)
Como acordos de Israel podem ter influenciado ataque do Hamas (jornalggn.com.br)
Horror do Hamas foi preço do populismo israelense, diz escritor (jornalggn.com.br)
Países árabes usam a questão palestina, mas nunca se envolvem (jornalggn.com.br)
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.