Sem energia e sitiado por Israel, principal hospital de Gaza enfrenta “situação desesperadora”

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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“Estamos a poucos minutos da morte iminente”, disse Muhammad Abu Salmiya, diretor do Hospital al-Shifa, à Al Jazeera

Reprodução: X/Twitter

O Hospital al-Shifa, maior complexo hospitalar de Gaza, enfrenta uma “situação desesperadora“, após ser sitiado por militares israelenses. Em meio ao limbo, às operações da unidade de saúde foram suspensas neste sábado (11) por falta de combustível, energia, água e suprimentos médicos.

Estamos a poucos minutos da morte iminente”, alertou o diretor do al-Shifa , Muhammad Abu Salmiya, em declaração dada à Al Jazeera.

Segundo ele, os edifícios de al-Shifa estão sendo alvo de ataques e qualquer pessoa que se mova dentro do complexo hospitalar está sendo atacada pelos atiradores israelenses. “Um membro da equipe médica que tentou chegar à incubadora para ajudar os bebês nascidos lá dentro foi baleado e morto”, relatou. 

Abu Salmiya também chamou atenção para a situação dos bebês tratados no hospital. “Temos 39 recém-nascidos nas incubadoras, esses bebês estão lutando contra a morte”, afirmou. “Perdemos um bebê na incubadora, perdemos também um jovem na unidade de terapia intensiva”, lamentou.

O diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Robert Mardini, declarou que a entidade está “chocada” com os relatos vindos da unidade de saúde. 

“A situação insuportavelmente desesperadora para os pacientes e funcionários presos lá dentro deve acabar agora. Hospitais, pacientes e funcionários devem ser protegidos”, publicou Mardini na rede social X, antigo Twitter.

Com informações da Al Jazeera e The Guardian.

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Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

2 Comentários

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  1. —————————- 07/11/2023 14:16
    Ainda que não houvesse nenhum morto ou ferido, a própria transformação em terra arrasada, deixando-a sem água, energia, alimentos, remédios, transporte, saneamento, escombros de prédios e moradias, deslocamentos de multidões do nada para lugar algum, etc. já seria suficiente para definir uma calamidade ou o nome que quiserem dar nesta penta milenar área com milhões de subviventes, mesmo antes de qualquer ataque terrorista. Não seria muito diferente se, “por segurança”, as mandassem para o deserto sahariano ou arábico. Estranha humanidade essa que ao ver uma briga, ao invés de separar, torce para que um lado subjugue o outro. Aliados que imediatamente fornecem bilhões em armas, munições, tropas e todo tipo de apoio militar a um lado mais forte e depois de milhares de mortes inocentes declaram que é preciso dar ajuda humanitária ao lado mais fraco, mantido indefeso e massacrado por sua própria ajuda. Eu hein?!

  2. Enquanto isso o mundo assiste passiva e, portanto, covardemente ao espetáculo macabro, comendo pipoca na sala.
    In the fields the bodies burning
    As the war machine keeps turning
    Death and hatred to mankind
    Poisoning their brainwashed minds, oh lord yeah!

    Politicians hide themselves away
    They only started the war
    Why should they go out to fight?
    They leave that role to the poor

    Time will tell on their power minds
    Making war just for fun
    Treating people just like pawns in chess
    Wait ‘till their judgement day comes, yeah!

    War Pigs, Black Sabbath

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