Situação na Faixa de Gaza “piora a cada hora”, alerta OMS

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

IDF intensificaram as ofensivas no norte e no sul de Gaza. Número de mortos no enclave palestino chegou a 15.900

Abed Rahim Khatib/Anadolu

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta terça-feira (5),  que “a situação está piorando a cada hora”, na Faixa de Gaza. Nas últimas horas, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) intensificaram as ofensivas no norte e no sul do enclave, alegando ter invadido um quartel-general do Hamas.

“Há bombardeios intensificados acontecendo por toda parte, inclusive aqui nas áreas do sul, Khan Younis e até mesmo em Rafah”, afirmou Richard Peeperkorn, representante da OMS para os territórios palestinos ocupados, à imprensa internacional, por meio de videoconferência.

Israel assumiu que este é o “dia mais intenso” do conflito. Os militares coordenaram um ataque no coração do campo de refugiados de Jabaliya, no norte de Gaza. Paraquedistas e comandos da Marinha invadiram o quartel-general de segurança geral do Hamas na região. 

Mais cedo, o diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Munir al-Bursh, afirmou que o Hospital Kamal Adwan, no norte do enclave, também foi alvo dos bombardeios israelenses, sendo que 26 dos 35 hospitais em Gaza já estão fora de serviço. Além disso, 52 das 72 unidades de saúde também foram encerradas.

Em meio ao caos, o número de mortos em Gaza, em decorrência do conflito entre Israel e o Hamas, atingiu 15.900, de acordo com o último boletim das autoridades palestinas. 

Agência da ONU para refugiados é incapaz de fornecer assistência para novos deslocados em Rafah

O chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), Thomas White, afirmou hoje que a entidade não tem como prestar ajuda para novos delocados em Rafah, cidade situada no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito.

Segundo White, o exército de Israel está ordenando civis a abandonarem a cidade de Khan Younis Oriental, no sul, por ser uma “zona de combate perigosa”.

Eles dizem às pessoas para se mudarem para Rafah para receberem assistência, mas não somos capazes de fornecer assistência a 100.000 novos deslocados internos”, lamentou White,

Rafah tem uma população de 280.000 habitantes e já está acolhendo cerca de 470.000 deslocados internos, não conseguiremos lidar com a duplicação dessa população”, completou.

Ao menos 2 milhões de pessoas, quase toda a população de Gaza, estão amontoadas no sul do enclave.

Catar diz que ação de Israel é genocídio 

Hoje, o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, também afirmou que as mortes de civis palestinianos em Gaza constituem um “genocídio cometido por Israel”. A declaração foi dada durante discurso de abertura da cúpula do conselho de cooperação do Golfo, em Doha. 

É uma vergonha para a comunidade internacional permitir que este crime hediondo continue… com assassinatos sistemáticos  e propositais de civis inocentes e desarmados”, acrescentou. “Este é um genocídio cometido por Israel”, disse o líder, que mediou o cessar-fogo de uma semana da guerra.

O líder acrescentou ainda que os palestinianos devem ser elogiados por “se manterem firmes na sua causa, que é justa” e apelou à necessidade de um cessar-fogo total.

Com informações do The Guardian, Al Jazeera e AFP.

Leia também:

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Pelo visto, o mundo já entendeu que se depender da população israelense e das autoridades não alinhadas ao genocida sanguinário chefe do atual governo israelense Benjamin Netanyahu, a carnificina, o extermínio étnico e a covarde e hedionda exterminação em massa praticada contra a população civil indefesa da Palestina, não cessará.
    Os corpos assassinados de crianças, de idosos, de deficientes e de todas as vidas inocentes se multiplicam sobre os olhares complacentes dos mesmos países de sempre e de organizações de nações moralmente falidas e politicamente submissas à deusa guerra e a inoperância humanitária.
    Talvez uma forte interferência de peso na consciência tenha remetido antigos invasores e colonizadores aos imperdoáveis e infernais extermínios em massa, que cometeram contra a Alemanha
    (Höllensturm) e outros povos, ao longo da história do mundo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador