Senadores do PT se reúnem com Gabrielli para barrar projeto do pré-sal

Da Agência Brasil

A bancada do PT no Senado se reuniu na noite de hoje (22) com o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para se preparar para a votação, marcada para amanhã (23), do projeto de lei que retira a participação obrigatória da estatal na exploração dos campos do pré-sal.

Os petistas são contrários à proposta do senador José Serra (PSDB-SP) e preparam a argumentação para tentar derrubar a matéria no plenário.

Segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a primeira estratégia da bancada será apresentar um requerimento propondo a retirada da urgência do projeto e que ele retorne para debate nas comissões. No entanto, diante das declarações do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de que o projeto está “maduro para ser votado”, os petistas se preparam para tentar rejeitar a matéria.

“Acreditamos que teremos número para derrubar esse projeto que entrega o pré-sal para a iniciativa privada de mão beijada”, disse Lindbergh ao chegar para a reunião. Para garantir argumentos que convençam os demais senadores, o PT chamou Gabrieli. “A gente quer subsídio para [rebater] o projeto do Serra, para fazermos uma abordagem mais técnica”, explicou.

Segundo o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), o projeto de Serra é “uma pauta remanescente de 2015” que os senadores do PT estão trabalhando para que seja rejeitada. “Há senadores da oposição que não apoiam essa matéria. Na base aliada também há senadores que são a favor e outros que são contra. Então, estamos nos preparando para esse debate e o ex-presidente da Petrobras pode nos ajudar”, disse.

 

O projeto de José Serra muda a legislação que estabelece que a Petrobras será a operadora exclusiva dos postos do pré-sal, com participação de 30% na exploração. O senador tucano argumenta que a empresa está passando por dificuldades e, por isso, não tem condição de fazer os investimentos para a exploração do petróleo. No texto que será votado em plenário, a Petrobras poderá escolher se quer participar dos campos ou se abre mão para que a exploração seja feita por outra empresa.

Redação

3 Comentários

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  1. josé serra usa o efemero da

    josé serra usa o efemero da crise atualk para transformar

    isso em lei que vai valer para muito tempo.

    inclusive se a direita assumir o

    governo em 2018;

    prepara o campo para que assumam a petrobrás e

    entreguem então conforme a lei os campos do pre-sal para a iniciativa privada.

    a luta do congresso deve ser impedir isso e mante a atual lei para que

    qualquer governo não possa entregar nossas riquezas assim de mão beijada

    aos interesses internacionais…

  2. Falta de rumo

    Acho que o PT está sofrendo de falta de rumo. Debater o projeto do Serra, a cara do PSDB, sem antes trazer uma avaliação das privatizações é falta de norte. Por exemplo, o monopólio estatal que explorava minério de ferro,  foi transferido para o sistema financeiro, onde agora um banco paulista controla e monopoliza a exploração do ferro.

    Seria interessante saber qual o benefício trouxe. Certamente não foi benéfico as siderurgicas, também privatizadas, que ao que parece não tem investido e nem tem apresentado bons resultados. Os estados não estão melhores, certamente Minas e Espírito Santo não estão. As pequenas siderúrgicas e guzeiros fecharam ou reduziram a produção. Ao que tudo indica a China se beneficiou bastante, o aço dela está competitivo e produtos que usam seu aço estão também muito competitivos.

    A Arábia inundou o mercado com óleo como retaliação ao apoio militar da Rússia na Síria, cujo principal produto de exportação é o óleo e o gás. Diante desta brutal manipulação política do preço do petróleo, uma verdadeira guerra geopolítica pelo óleo, esta história de capacidade de investimento é conversa para economista dormir, economista de banco, que fique bem claro.

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