À frente nas pesquisas eleitorais, o candidato da esquerda na eleição presidencial da Colômbia, Gustavo Petro, precisa recorrer a coletes e escudos à prova de balas para realizar comícios durante a campanha eleitoral de 2022.
Petro tem sido alvo de ameaças de grupos paramilitares ligados ao atual governo, que prometem atentar contra a sua vida durante a eleição. Além disso, a cúpula das Forças Armadas também tem indicado que não aceitará a vitória do candidato do campo progressista, e vem semeando na imprensa acusações de corrupção contra Petro, sem apresentar nenhuma prova.
A escalada da violência contra a esquerda no Colômbia foi comentada pelo pré-candidato a deputado federal pelo PSOL de São Paulo, Guilherme Boulos, nesta segunda (9). “A violência política da direita latino-americana não tem limites! Esse é Gustavo Petro, candidato da esquerda à presidência da Colômbia. Favorito para ganhar as eleições, tem que fazer comícios com colete e escudos anti-tiro! A esperança vai vencer o ódio, na Colômbia e no Brasil. Força, Petro!” Na postagem, Boulos compartilhou a foto de Petros em um comício, rodeado de seguranças.
A violência contra um esquerdista na Colômbia não é exclusividade de Petro. Em reportagem para o veículo La Voz De Los Que Sobran, o repórter Victor Farinelli lembrou que o País tem histórico de “assassinatos de políticos de esquerda (…) que estão próximos da possibilidade de ascender ao poder. O caso mais emblemático é o de Jorge Eliécer Gaitán, líder do Partido Liberal – então o mais progressista do país – nas décadas de 1930 e 1940, assassinado em 1948, em evento decisivo para o início da guerra civil naquele país. país e cujas consequências são percebidas até hoje.”
Candidato da coalizão de esquerda Pacto Histórico, Petro tem 43,6% das intenções de voto, enquanto seu mais próximo adversário de direita, o liberal Federico Gutiérrez, tem 26,7%.
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