Tebet quer diálogo direto com Lula para selar apoio

Victor Farinelli
Victor Farinelli é jornalista residente no Chile, corinthiano e pai de um adolescente, já escreveu para meios como Opera Mundi, Carta Capital, Brasil de Fato e Revista Fórum, além do Jornal GGN
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A senadora sul-mato-grossense teria dito a interlocutores que deseja negociar um acordo programático com o candidato petista

Foto: Flickr/Simone Tebet

Após terminar o primeiro turno em terceiro lugar neste domingo (2/10), a ex-candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, se tornou uma das figuras chaves do segundo turno destas eleições.

A campanha que parece estar fazendo os maiores esforços para se aproximar da senadora sul-mato-grossense é a do petista Luiz Inácio Lula da Silva, e ao parecer existe reciprocidade por parte de Tebet, porém, com uma condição: ela quer um diálogo direto com o ex-presidente para selar o acordo.

Segundo matéria de Victoria Abel para a Rádio CBN, pessoas próximas a Tebet teriam sinalizado ao comando petista que a senadora está disposta a conversar sobre um possível acordo programático, desde que Lula também esteja aberto a aceitar algumas de suas propostas.

A matéria também afirma que o comando do MDB espera que o PT busque essa aproximação através das alas do partido mais próximas a Tebet e ao presidente Baleia Rossi, e não a dos velhos líderes historicamente mais simpáticos a Lula, como Renan Calheiros e Eunício Oliveira.

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Outra dificuldade para a concretização do apoio seria a pouca disposição dos partidos aliados da candidatura de Tebet, o PSDB e o Cidadania, em aceitar um apoio ao PT, partido com o qual ambos mantêm rusgas históricas.

Ainda assim, a avaliação é de que, caso o diálogo com Lula fracasse, Simone Tebet poderia declarar um apoio crítico a Lula, ou neutralidade na disputa. Seu discurso de campanha em favor de mais direitos às mulheres e sua atuação destacada na CPI da Covid, em 2021, fazem com que seja muito difícil que a senadora decida declarar apoio a Jair Bolsonaro (PL).

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Victor Farinelli é jornalista residente no Chile, corinthiano e pai de um adolescente, já escreveu para meios como Opera Mundi, Carta Capital, Brasil de Fato e Revista Fórum, além do Jornal GGN

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