Explicando o “Xadrez dos ensaios do próximo jogo político”, por Luis Nassif

Na saúde, há dois discursos claros em jogo: o isolamento social x a varinha mágica da cloroquina. Na economia, há uma enorme confusão

No ultimo dia 8 publiquei o “Xadrez dos ensaios do próximo jogo político”. Lendo os comentários, percebi que fui muito pouco claro na apresentação das hipóteses.

Haverá dois grupos de digladiando politicamente: o campo bolsonariano, apostando no caos e no terraplanismo; e a oposição, que necessariamente terá que escalar o discurso racional.

O Xadrez em questão se refere exclusivamente aos temas que deverão emergir nesse arco racional de centro, centro esquerda ou centro direita, ao qual estão se candidatando personagens da linha de frente do combate ao coronavirus – do Ministro da Saúde a governadores de estado.

No entanto, não dá para minimizar a força do terraplanismo. A estratégia conjunta dos governos de ultradireita – tão concatenadas entre si, que comprovam a existência de uma cabeça central, provavelmente Steve Bannon – é uma aposta no pós-coronavirus.

O coronavirus impõe uma guerra entre a racionalidade da ciência e o discurso redentorista de cloroquina, gripinha e tudo o mais. Os fatos mostrarão cada vez mais a lógica da ciência se impondo. O momento seguinte é o do enfrentamento da crise econômica – que virá brava. E aí se entra no terreno da subjetividade econômica.

Na saúde, há dois discursos claros em jogo: o isolamento social x a varinha mágica da cloroquina. Por aí se torna relativamente fácil separar a tribo dos seguidores de Jim Jones (o pastor que levou seus fiéis ao suicídio) e o Brasil minimamente racional.

Na economia, há uma enorme confusão. Há um grupo de halterofilistas da economia, que ganhou status no período pré-coronavirus e que continuam apegados ao jogo de interesses simplórios-maliciosos do período anterior: mercado x Estado, setor público x privado, isonomia entre perdas do funcionário público x privado e outras patacoadas. São ideólogos que conquistaram espaço midiático no período pré-coronavirus e não querem abrir mão em hipótese alguma de suas cloroquinas conceituais. Serão tão nefastos no segundo tempo da guerra, espalharão tanta confusão na opinião pública quanto o bolsonarismo no primeiro tempo.

Toda a estratégia atual do terraplanismo é se preparar para o segundo tempo. Afastado o fantasma do coronavirus, a crise do desemprego, da perda de renda virá para o primeiro plano. E, aí sim, haverá espaço para as loucuras da ultradireita, atribuindo a crise aos governadores e reforçando a ideia de um governo autocrático-ignorante para superá-la. Se as loucuras de Bolsonaro, em um caso claro como o do coronavirus, mobiliza seguidores-zumbis, imagine-se quando se entrar no terreno confuso do receituário econômico, há muitos anos contaminado no Brasil pelo jogo de interesses do mercado. Dai o formidável empenho dos bolsonaristas em manter as hostes unidas para o segundo tempo do jogo.

Depressão sempre foi espaço aberto para salvadores da ultradireita com seus discursos de ódio. E é mais fácil um camelo passando pelo buraco de uma agulha do que aparecer no Brasil, nesse território inóspito e selvagem, uma vocação à altura de Franklin Delano Roosevelt ou de um John Maynard Keynes.

Luis Nassif

15 Comentários

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  1. Não sei se já pesquisou esse assunto mas “é mais fácil um camelo passando pelo buraco de uma agulha” é um erro de tradução, o original bíblico diz “é mais fácil uma CORDA passando pelo buraco de uma agulha” o que inclusive faz mais sentido já que corda é mais grossa que linha.

  2. Que alguém diga isso para o partido da social democracia “à brasileira”, que uns e outros teimam em chamar de centro, junto com o Democratas.

    Até o Meireles, que serviu no governo de coalizão do período lulista, aceitou a necessidade de emissão de moeda. A turma demotucana não deu um pio sobre o assunto. Também, pudera, o tal Mansueto, que integra a atual equipe econômica, foi o assessor econômico da campanha do Aécio Neves!

    Ou seja, não há diferenças para alem do estilo pessoal e uma ou outra questão da pauta de costumes. Nesse – como gostava de falar o Brizola – contubernio do bloco da direita, a questão é só a de quem vai ficar por baixo ou por cima, de quem vai ficar na “cabeça de chapa”. Não há a menor chance para a esquerda se insistir no “cavalheirismo” diante da boçalidade e da mentira. No futebol chama-se isso de “respeitar demais o adversário.

  3. Nossa, Nassif, aí você foi pessimista demais, Por decerto que não teremos um Roosevelt ou um Keynes – embora as teses deste estejam aí – pois temos nossa própria dialética, ainda que inseridos em outra maior. Mas quando li seu artigo, por isso mesmo, me vieram a mente alguns nomes, e vou citar um do passado, um do presente e dois do futuro, sem prejuízo de outros e sem desconsiderar fatores quânticos que, na minha visão, são mais relevantes que a dialética quando se trata de Brasil: JK, Lula, Boulos e Kalil, o prefeito.

  4. Meus caros, a questão é mais complexa e de difícil enfrentamento do que parece.

    Quando se menospreza esse movimento neoreacionário, tratando de classificá-lo comodamente de terraplanista, perde-se a noção do tamanho da encrenca adiante e do poder de fogo dessa gente.
    É preciso ter claro o inimigo que se enfrenta. Se trata de uma força política que tem estratégia clara, recursos, ao que parece ilimitados, e tempo para executar.

    Para além cantos obscuros do ciberespaço há algo monstruoso e muito bem estruturado que podemos conhecer através do Dark Enlightenment, uma filosofia perturbadora defendida pelos vários membros externos de uma comunidade altamente organizada e capaz, em que Bannon é o nome à frente, mas há outros.

    Tal filosofia é um libertarianismo elevado a enésimo grau, aplicado aos poucos eleitos, dotados de espírito ‘empreendedor’. Como afirma Jessica Klein, traz cyborgs ao feudalismo e funde o ethos inicial do Vale do Silício com a “criação seletiva” proposta originalmente por Platão.

    Até onde tive estômago para ler – ando tomando antiácidos, para retomar – em sua essência, o Dark Enlightenment é uma filosofia neo-reacionária iniciada por Nick Land, professor de filosofia continental da Universidade de Warwick.

    Ali, juntamente com a colega Sadie Plant, fundou a Unidade de Pesquisa em Cultura Cibernética. Depois da saída desta última, Land levou o grupo a estudar seus diversos interesses, que incluíam o oculto, a cultura rave, a ficção científica e as filosofias adotadas por pós-estruturalistas como Michel Foucault e Jacques Derrida.

    O pós-estruturalismo insiste em que o conhecimento não pode ser fundamentado em experiência nem em verdades fundamentais mais definitivas, que para os crentes conotavam uma espécie de liberdade. Prega portanto, a libertação da base do próprio conhecimento.

    No manifesto online intitulado “The Dark Enlightenment “, Land condena a democracia e cita libertários como Peter Thiel, para quem liberdade e democracia não são “compatíveis”. Também cita Mencius Moldbug – pseudônimo de Curtis Guy Yarvin -, um engenheiro de software americano e proeminente que endossa a escravidão, ao observar que algumas raças são “mais adequadas” para ela do que outras. Também acredita que o feudalismo é superior à democracia .

    Em seu feudalismo moderno, os reinos pareceriam corporações, com os CEOs como soberanos, sem as amarras da democracia que o impediriam de tomar decisões “benéficas” porque financeiramente lucrativas.

    Esse CEO poderia ser alguém com um QI muito alto, ou mesmo um ciborgue, a administrar uma população muito menor que atual, de modo que eugenia e morte não seriam mais que ações “necessárias”.
    Por fim, para essa ‘gente’, figuras como Trumps, Bolsonaros e Johnsons, nada mais seriam que meros executores – até estúpidos – de um plano muito bem delineado. Quanto às massas manipuladas, nem se fale.
    Teoria da conspiração? Talvez, mas cabe abrir os olhos. Nunca se sabe…

  5. Provavelmente na viagem que o sujeito que ocupa a presidência da República fez a ditadura dos falcões do norte tenha afinado alguns pontos com seu comandante, inclusive a infestação de toda equipe que o acompanhou,pois só os fortes podem fazer parte dela.
    O comandante supremo da ditadura falcoaria deve ter dito,como registrado ontem aqui neste GGN em post de Gustavo Gollo,que está pandemia irá matar todos aqueles que tiver que matar e que isso é inexorável. Assim,quanto antes,melhor.
    Está é a visão dos falcoeiros e por isso retardaram ao máximo o isolamento social,só que,lá diferentemente do que ocorre aqui eles conseguem se preparar, inclusive roubando equipamentos destinados a outros países, para evitar as mortes desnecessárias.
    É sempre bom lembrar que a ditadura falcoeira tem longa tradição de guerras e que,neste sentido, perder vidas faz parte da rotina deles desde que,para manter a paz no mundo livre (leia-se a ditadura falcoeira).
    O sabujo do ditador tenta reproduzir aqui as mesmas diretrizes da ditadura mãe ,só que,diferentemente de lá, nem recursos, nem tradição guerreira e muito menos o mundo livre temos.
    Imaginar o que será parido a partir da resolução, se é que haverá, desta pandemia, não é exercício fácil de se resolver mas,uma coisa é certa, com o sabujo no comando, seremos o satélite da ditadura mãe.

  6. O jogo Nassif é entre a extrema-direita e a direita. A esquerda está fora, totalmente, pelo menos no médio prazo – de 1 a 2 anos.
    Se a extrema-direita ganhar (e as chances são grandes) será o caos, mas o caos é o habitat natural do fascismo, é o ambiente perfeito para grupos milicianos e paramilitares se formarem e agirem. Vão argumentar que quanto mais caos, mais violência fascista é necessária para impor a ordem.
    Se a direita vencer, não se espere um keynesianismo humanista. No máximo, vão ter que adotar um bolsa família ampliado para amanter alguma paz social. Mas o modelo de austericídio voltará com força, com o argumento de que é preciso arrumar a casa. Neste caso, vão apenas alongar a curva do caos, que certamente virá com a economia deprimida.
    E, pra falar a verdade, nem sei se um keynesianismo industrialista e distributivista resolveria a situação do país e do mundo. O coronavirus acelerou o colapso do capitalismo que já vinha desde 2008.
    Trato disso neste artigo: https://jornalggn.com.br/blog/wilton-cardoso-moreira/as-ilusoes-keynesianas-do-pos-coronavirus-por-wilton-cardoso/

  7. Xadrez à parte,gostaria de saber se Nassif vai deixar o sacripanta do Ministro Barroso sair desta sem uma explicação decente.A entrevista que concedeu à sua patroa Globo é repugnante.Cabra safado.

  8. Nossa visão doméstica deveria levar em conta o que somos, o que fizemos e em qual ponto estamos na jornada de nos tornamos uma nação!
    Essa mesma elite que doa bilhões sabe o que a outra mão faz…
    Não sejamos ingênuos.
    Perdemos o bonde da ideia de nação.
    Várias vozes que se quer seriam capazes de conduzir a si mesmas, pelos caminhos de valor e justiça estão ai ditando o que devemos ser e conduzindo os negócios do Brasil!
    Seguir ladrões, corruptos e egoístas não farão de nós uma nação!
    É um atraso significativo num momento de mudanças!
    Num momento em que o tal primeiro mundo entra com computadores quânticos, nova era do grafeno, foquetes hipersônicos…
    Brincamos de “Escola sem partido”…
    Perdemos e perdemos mais que o bonde!
    A sanha golpista nos enfiou num pais que se dividiu e essa reunião novamente poderá levar décadas!
    Num momento em que nos preparávamos para adentrar o centro econômico e politico do mundo!
    Nós nos perdemos dos Brics e caímos de quatro para os EUA!
    Não seremos mais nem uma coisa nem outra, sem respeito dos maiores players globais!
    Estávamos no ponto de confluência entre o oriente e o ocidente, com capacidade de diálogos com oriente médio.
    Jogamos tudo fora, não vamos recuperar isso numa geração!
    A covid-19 causará mudanças, não aqui, mas aonde importa que são os EUA e a Europa!
    Getúlio Vargas, a CLT são as consequências das mudanças ocorridas na Europa e EUA nos anos 40, na segunda guerra!
    Vamos viver isso novamente!
    As apostas de nossas forças armadas, do judiciário poderão cair por terra caso o Trump não se reeleja!
    Uma eleição democrata aliada a visão européia pós-covid-19 poderão acelerar a ideia da internacionalização da amazônia!
    Num brasil desorientado, disfuncional para seu povo!
    De alguma forma essas economias irão buscar reposicionar para reverter esse “prejuízo (?)” causado pela recessão desta pandemia.
    O Brasil conseguiu a façanha de não ter suporte de nenhum pais atômico do mundo, já que os EUA lucrariam com tudo!
    E não seria os “I love you” de bolsonaro que os impediriam de dividir esse bolo…
    O que vai acontecer nos próximos meses nos EUA e Europa é o que é importante, pois aqui vamos receber e engolir tudo goela a baixo…

  9. Perdoe o jornalista, pouco aclarou, até agravou a tibieza da análise. Com o breve período que vai de 2003 até 2013, mesmo no início tendo o banqueiro internacional, Henrique Meirelles dando as cartas na economia e, mais fortemente só após Dilma Rousseff colocar Joaquim Levy no então Ministério da Fazenda em 2015, quando a linha neoliberal atuava, sim, mas contida pela ação política dos Governos do período. Desde a chegada de Fernando Collor, passando por Itamar Franco, com Ciro Gomes na Fazenda, que nos levou ao desastre final do Fernando Henrique Cardoso no poder por dois mandatos, e a eleição do Presidente Lula, também por dois mandatos e Dilma Rousseff tendo seu segundo mandato interrompido em 2016, através de um golpe-impeachment que parece não admitir, os negócios no Brasil estão, de um modo ou de outro seguindo o padrão neoliberal de condução da economia, favorecendo os interesses do mercado, vendendo bens públicos e reduzindo no que seja possível a participação do estado na economia. O neoliberalismo, leve, livre e solto por mais de quinze anos, se, vá lá abatermos o período petista. Não existe esse problema de diferença de visões, digamos resumindo nas ações do ministro Mandetta e do Bozo, falando em cloroquina. Não, ambos defendem o mercado, como acontece nesse período do golpe de 2016 em que estamos mergulhado, desde então sem rebuços, defendendo o mercado liderado pelos EUA. Com outras palavras, e com razão, diz que o desgoverno e seus apoiadores, manobram para ficar no poder, como se tivessem quadros que não seja para servir os interesses do mercado, todos formados em universidades do EUA para exatamente aplicar o neoliberalismo, esteja no governo, no Congresso ou na academia, todos mais do que conhecidos nesses longos trinta anos. É injusto quando não vê na oposição quadros capazes de soerguer nossa economia e iniciar a atender mais as necessidades da população do que o mercado. Mercado financeiro, bem entendido, especulador com dólar, juros e na Bovespa, pouco produzindo, concentrando renda e desempregando milhões de trabalhadores e vendendo ativos do país, passando o país a atuar também através do Estado como será imposto pela realidade dos fatos. Um aviso ao jornalista: é do PT ainda a maior bancada da Câmara de Deputados com 53 petistas e no Senado tem 6 sanadores. São muitos os nomes na oposição, claro sem apoio de Trump, do mercado, a começar pelo Presidente Lula e Fernando Haddad, capazes de conduzir o país a uma saída. Seja honesto na sua análise, não tome partido.

  10. Primeiro a questão do ministro da saúde, depois os possíveis cenários que teremos a frente.

    O caso dos insumos hospitalares rounados(https://jornalggn.com.br/a-grande-crise/coronavirus-empresario-chines-e-acusado-de-roubar-suprimentos-medicos/?unapproved=1245525&moderation-hash=c6e2e56a3b5a93974a69acc7ae9c5bcd#comment-1245525) demonstra que pouco espaço para uma nova onda “sanguessuga”, fosse em outros tempos passaria totalmente desapercebidas, no máximo um jogo de propinas para evitar prisões.

    O deixou poucos espaços para aventuras, mesmo considerando o aumento de verbas e as emergências que dispensam licitações.

    Além o fato de ser médico, facilitou o debate com os técnicos do ministério, que em momentos de indecisão, devem ter conduzido o ministro. Se fosse um político de outra área talvez tivesse dificuldade no tratamento com os técnicos do ministério.

    Do jeito que coisa vai ele sabe que vai aumentar os casos, as mortes e a falta de leitos, é questão de tempo, muito em função de uma falta de comando do governo federal. Se ficar vai sobrar pouca do ministro depois que crise sanitária passar, Se sair em função de um enfrentamento com o presidente eleito, talvez possa aproveitar a envergadura política adquirida nos primeiros combates ao novo coronavírus.

  11. Apesar da atual crise sanitária provocar um ruptura política e colocar distante o cenário das eleições de 2018, tudo indica que o PT vai ampliar a preferência junto ao eleitorado, para uma patamar bem superior ao 30% dos votos úteis que obteve no primeiro turno de 2018, o que colocaria no mínimo no segundo turno nas próxima eleições, onde deve obter bem mais que os 45% dos votos úteis no segundo turno das eleições de 2018.

    O Protagonismo dos governadores e atuação dos governadores do PT e do PC do B, reforçam a posição política do PT junto aos eleitores.

    Além disso os desdobramentos econômicos que ainda vão se revelar, irá colocar em dificuldades os representantes da direita e do centro, em função da enfática defesa que fizeram do liberalismo econômico. de uma forma avessa do que ocorreu nas eleições de 2010, quando os principais governos do mundo abandonaram temporariamente o liberalismo econômico e adotaram medidas heterodoxa frente a crise da quebra do Lehman Brothers, deixando órfã boa parte da forças políticas no Brasil.

    A atual crise sanitária já está obrigando também uma profunda revisão do conceito de segurança nacional, colocando não só a questão da saúde, como a necessidade de retomar o petróleo produzido nos campos abaixo da cama do pré-sal, com elemento principal de financiamento da saúde no Brasil.

    O novo cenário no debate econômico, a revisão do conceito de segurança nacional, a questão do petróleo localizado na camada abaixo do pré-sal, vai provocar um inevitável movimento da classe média em direção a esquerda do espectro político, principalmente depois da tragédia dolorosa que todos vamos passar, ampliada pelas ações do governo eleito em 2018.

  12. De: D J
    Para:Nassifão
    Estou entendendo que os comentários enviados foram suspensos até primeira ordem.
    Assim sendo e na esperança que Nassifão leia,pergunto-lhe:Você vai deixar Luís Roberto Barroso,um capadocio a serviço de interesses nada republicanos, escapar do presídio Bolsonarista pela porta da frente,sem sequer cumprimentar senhor ninguém? A resposta está com você.

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