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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a cobertura da imprensa sobre a votação da medida provisária (MP) da reestruturação da Esplanada dos Ministérios, realizada ontem, na Câmara dos Deputados.
“Quando a gente fala demais, a gente pode queimar a língua. Fiquei surpreso como a votação de ontem foi tratada. Inúmeros meios de comunicação passaram para a sociedade a ideia de que o governo estava destruído, de que o governo iria ser massacrado”, desabafou Lula.
No entanto, o presidente notou que o tom da mídia mudou a partir das 18h, quando foi possível prever a vitória governista com folga.
Natureza política
Lula comentou ainda que a política não é uma ciência exata e que, por isso, muda de acordo com a discussão. Assim, o presidente reiterou respeito às decisões e à autonomia do Congresso.
“Achamos que o Congresso Nacional não tem a obrigação de ser submisso ao governo, ele não tem a obrigação de aprovar o que eu quero. Ele tem a obrigação de aprovar aquilo que eles entendem que tem de ser aprovado. Da mesma forma que um presidente assina uma emenda provisória, um deputado também pode querer fazer uma emenda. um partido pode querer fazer uma emenda e nem sempre eles estão errados”, continuou o chefe do Executivo.
Entenda o caso
Por 337 votos a favor, ante 125 contrários e uma abstração, a MP ampliou de 23 para 37 o número de ministérios e precisava da aprovação do Congresso para se tornar definitiva.
Caso contrário, o governo Lula teria de voltar à configuração ministerial do mandato de Jair Bolsonaro (PL).
A MP também já foi aprovada pelo Senado, com 51 votos a favor, 19 contra e uma abstenção. O texto agora segue para sanção presidencial.
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