Movimentos de ruas e democracia

Por Assis Ribeiro

Comentário ao Post: Protestos: um ano depois, por Aldo Fornazieri

Se colocarmos essa análise do prof. Fornazieri para tentar entender os movimentos de ruas pelo mundo ela se encaixará como luva.

Por servir para quase todos os países não se pode definir como um problema de A, B ou C. Trata – se de uma deficiência do modelo, e que serve para explicar as manifestações de descontentamento em países considerados democráticos, países periféricos, capitalistas ou comunistas; uma cultura globalizada.

Muitos estudiosos já tinham se manifestado sobre as consequências de um modelo que contrai, que concentra riquezas, que separa e divide o indivíduo, que coloca governos submissos às grandes corporações que formam oligopólios e atuam contra o interesse da população como um todo.

O resultado não poderia ser outro e povo foi às ruas pelo mundo para reivindicar o seu espaço.

Neste sentido, no Brasil,  o PT leva grande vantagem por ser um partido que conhece esses segmentos por ter sido, diferentemente dos outros, formado na base, com os intelectuais, trabalhadores e demais setores organizados.

É tão clara essa afirmativa que foi exatamente o PT que tomou essa iniciativa de atender às manifestações com Dilma e o seu Decreto nº 8.243/2014 que cria a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), para inserir na vida da sociedade os “conselhos” formados por integrantes dos movimentos organizados de todos os setores que poderão opinar sobre os rumos do país, das suas cidades e dos seus estados.

Enquanto isso, os partidos de oposição com a venda nos olhos não percebem que é exatamente isso que as populações do mundo estão exigindo.

Essa situação na disputa sobre o Decreto nº 8.243/2014 estabelece de forma clara de que lado estão os nossos partidos políticos. É mais um exemplo que está se juntando às reações contrárias ao bolsa família, à política de cotas, e outras iniciativas de inclusão da população nos direitos e no debate politico.

As oposições ao negarem a importância desses movimentos e a inciciativa do governo federal se afastam cada vez mais dos votos. Elas se mostram incapazes de apresentar qualquer coisa que possa ser chamada de “novo” já que o novo é exatamente inserir a população na riqueza econômica e politica do país, situações que causam calafrios nos grupos que defendem e apoiam as candidaturas de Eduardo Campos e Aécio Neves.

Mais uma vez o PT parte na frente.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador