Por Rui Daher
Comentário ao post “É hora de prender os black blocs da rua e segurar os da PM“
Fico feliz em saber de sua opinião, Nassif. Em 16/10, escrevi no mesmo sentido, em meu blog. Levei pera como fosse um velhinho acomodado. O texto, na época:
Do Terra Magazine
“Estamos lutando por algo que ainda não sabemos o que é, mas que pode ser o início de algo muito grande que pode acontecer mais para frente”, declarou uma integrante do movimento Black Bloc, em entrevista à BBC Brasil. Tem vinte e três aninhos a moça.
Incertezas próprias da juventude – o que é, de que tamanho e para quando. Entende-se, mas por enquanto o movimento indica apenas ações de terrorismo fascistóide. Simulacros de skinheads e neonazistas.
Faltam as mortes, ainda bem. Mas, estas ficam em lugares mais periféricos, menos Avenida Paulista, e para evitá-las é preciso organizar frentes de luta que os sem-noção parecem desconhecer.
Ontem, aproveitando-se de protestos legítimos de professores e estudantes, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, os Black Blocs vestiram seus modelitos negros, máscaras, capuzes, e foram às forra e farra. Que tudo é exposição, hoje um estilo de vida.
Devem pensar estar praticando anarquismo. Nada. Denigrem essa filosofia política pichando aparelhos públicos com o símbolo histórico.
O movimento anarquista não pressupõe caos ou agressão. Pelo contrário, nele a ordem deve ser preservada para o ideal libertário evoluir de forma orgânica.
É burrice imaginar que destruindo caixas eletrônicos de bancos se estará afetando banqueiros ou o capitalismo financeiro. Ferra-se, sim, usuários de baixa renda, cidadãos trabalhadores, pessoas que tomam o serviço para facilitar suas vidas.
Também, afeta bancários. Pessoas que trocam tempo livre por holerite. E quando este não é justo, param e protestam. Sabendo por quê.
Por acaso, alguém pode pensar que os investidores do rentismo nacional são majoritários no uso de estações de metrô depredadas e ônibus incendiados?
Imaginam extintos os dependentes de orelhões para comunicação? A inspiração da moda fashion em gestação ainda não chegou a todo o Brasil. Nem todos conspiram, comunicam, combinam manifestações, filmam-nas, a partir de seus aipodes e pedes.
Quebraram vidros e carros em concessionárias contra o capitalismo? Tudo no seguro, seus bobos. O anarquismo é antiautoritarista. Já seus quebra-quebras estão na essência do autoritarismo, moços pobres de ideias.
Não barbarizem o ideário de Kropotkin, Bakunin, Malatesta, Emma Goldman e Alexander Berkman (há um filme interessante sobre o casal de norte-americanos anarquistas), o brasileiro Edgard Leuenroth e, claro, meu velho e inesquecível mestre, Maurício Tragtenberg.
Ler “A Desobediência Civil” (Editora L&PM), de Henry Thoreau (EUA, 1817-1862), seria um bom começo. A edição de bolso custa R$ 11,00. Menos do que um taco de beisebol.
Isso, se não quiserem ficar apenas na farra da destruição de facilidades que a comunidade usa.
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Bravíssimo, caríssimo
Bravíssimo, caríssimo Agro-Rui!
Crianças enfiam o dedo na
Crianças enfiam o dedo na tomada e bebem água da privada porque não têm noção; os Black Bostas idem.
Campo harmônico das assimetrias do ódio
A corda do ódio vibra desde sempre na sociedade. A reverberação hoje é muito maior, mas o sentimento é o mesmo, a pergunta necessária é:
A partir de que ponto deixa de ser legítima defesa entre os contendores face as assimetrias de poder entre eles?
Todo privilégio é odioso.
Antes dos Black Blocs, os protestos…
Pelo que percebi até o momento, os Black Blocs se aproveitam de algum protesto e movimento para iniciar os atos de violência. Não seria mais racional evitar os Black Blocs, evitando-se os protestos? E para evitar os protestos, evitar dar motivo para tais protestos?
Os Black Blocs estão no fim de uma longa corrente de problemas sociais. Sufocá-los apenas irá cortar fora o elo final desta corrente. Antes do elo representado pelos Black Blocs, tem o elo dos protestos por melhores condições de transporte, saúde e educação. E antes do elo dos protestos, tem o problema da falta de serviços públicos decentes para a população. E antes até do que este elo da falta de serviços essenciais, tem o problema dos desvios de recursos públicos, corrupção, apadrinhamento, projetos governamentais mal-planejados e mal-executados. Finalmente, puxando a corrente, tem o elo da falta de sintonia dos representantes políticos com a realidade da sociedade.
Se querem acabar com os Black Blocs, tem de se começar pelo início da corrente e não pelo final. Até porque se não forem os Black Blocs, serão outros grupos a provocarem baderna e quebradeira, como na Vila Medeiros ontem à noite, no qual houve protesto pela morte de um garoto pelas mãos de um PM.
Hino dos ônibus indo para os estádios de futebol com torcidas
Só se espantam com a violência e o ódio os que não frequentam os ônibus com torcidas indo para os estádios, onde a cantoria é:
SE EU VENHO PRÁ BRIGAR, SE EU VENHO PRÁ MORRER, EU VENHO PRÁ MATAR.
Desconfio que muitos black blocs são de torcidas organizadas, com máscaras para não serem reconhecidos.
[Não seria mais racional
[Não seria mais racional evitar os Black Blocs, evitando-se os protestos? E para evitar os protestos, evitar dar motivo para tais protestos?] Para se assim eu deveria combater tudo quanto fosse corrupto, independentemente da cor partidário, mas assim o capilé não vinah e morreria de fome.
Vinte e três?
Aos vinte e três, eu estava cansado de trabalhar. Já sabia o que queria. É a infantilização! O pessoal não anda muito organizado, falta identidade.
Bravo Rui!
É preciso dizer:
Nehuma forma de violência, salvo as experiências revolucionárias, são capazes de ameaçar ou disputar em tamanho ou relevância a violência do próprio Estado.
Os Estados e as suas polícias se “alimentam” da violência marginal e suas manifestações, porque no fim, é o medo seminal da violência que dá causa a ideia constitucional de Estado.
O ódio as instiutições policiais só nutrem suas hordas mais agressivas!
Toda vez que segmentos marginais pratiicam esta forma de violênica, sem que estejam dadas as condições ou pré-condições para a ruptura da ordem estatal, o Estado reage com violência disseminada contra tudo e todos, e pior, com a anuência de todos.
Isto é: a violência dos blackblocs é covarde porque a repercussão não se dará apenas sobre seus lombos, mas de todos os movimentos sociais e em suma, do direito de ir e vir e da livre manifestação.
Nem o crime organizado, em nenhuma época da História, em qualquer parte do mundo, ainda que economicamente muito mais fortes que as soberanias e orçamentos estatais que dizem combatê-lo, foram capazes de propor uma escalada de violência para afrontar os arranjos estatais, mas ao contrário: preferem operar por dentro destes arranjos, inclusive junto as empresas e fachadas legais.
Sabem que o medo disseminado na população, quando levado a extremos, pode funcionar como uma barreira de solidariedade instransponível entre população e forças legais.
Não à toa, os crimes de maior repercussão detêm maior número de colaborações anônimas.
Enfim, é preciso “proteger” os blackblocs deles mesmos, antes que seja tarde demais(para eles, e talvez, para nós).
Pois é …
Sacudido pela mídia o “gigante” acordou, em seguida fumou um baseado cheirou uma carreira ficou doidão e começou a quebrar tudo, agora querem colocar o gigante para dormir de novo, ele tem que dar uma cochilada até as proximidades de outubro do ano que vem para novamente sair a serviço dos que querem mudar tudo para que tudo fique do mesmo jeito.
Os mesmos que defendem
Os mesmos que defendem mensaleiros e até esculamba STF por não aceitar que os seus corruptos tem direito de roubar o quanto quiser, agora se acham como moral para Blak?
Se isso é tática para acaba
Se isso é tática para acaba como o PIG de vez é muito inteligente, pois ninguém mais precisa ir por lá para saber da mesma coisa