Quem são os vereadores presos por suposto envolvimento em esquema de fraudes ligado ao PCC

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Segundo MP, quadrilha de políticos e empresários atuava por meio de empresas para fraudar a concorrência de processos de licitações em benefício da facção

Segundo o MP-SP, 27 promotores, 22 funcionários públicos e 200 PMs participaram da operação. | Foto: Governo do Estado de São Paulo

Três vereadores de cidades paulistas, suspeitos de integrar um esquema de fraude em licitações associado a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foram presos na manhã desta terça-feira (16), em nova operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em conjunto com a Polícia Militar (PM).

Além dos parlamentares, outras 11 pessoas foram detidas até o início desta tarde. Ao todo, foram expedidos 42 mandados de busca e apreensão e outros 15 de prisão temporária, pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos.

Segundo os investigadores, a quadrilha formada por políticos e empresários atuava por meio de empresas para fraudar a concorrência de processos de licitações para contratação de serviços de mão de obra terceirizada em prefeituras e Câmaras Municipais do estado.

Segundo os promotores, o esquema articulava a simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico no processo de licitação. Para isso, a quadrilha contava com o apoio e a participação de agentes públicos, dentre eles, vereadores.

Já as empresas contempladas com o contrato, além de receber dinheiro público, seriam usadas para lavar dinheiro do PCC, suspeito de influenciar na escolha dos ganhadores e determinar como os valores obtidos no esquema seriam divididos.

A estimativa é que os valores relativos aos contratos públicos suspeitos superam 200 milhões de reais. Entre os munícipios que têm contratos sob análise estão São Paulo, Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Santa Isabel, Poá, Guarujá, Sorocaba e outros.

Conforme o “Xadrez do PCC em São Paulo e os promotores omissos”, escrito pelo jornalista Luís Nassif, “o recente caso do PCC atuando no transporte público em São Paulo mostrou a abrangência da organização”, sendo que um “processo semelhante ocorre nos municípios com as Organizações Sociais, o veículo preferencial de atuação do PCC”.

Os três vereadores detidos nesta terça são Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão; Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel; e Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos.

Ricardo Queixão (PSD), por exemplo, tem forte influência na Associação Cidade de Madeira (futura Escola de Samba da Vila dos Pescadores) de Cubatão. Já Luiz Carlos Alves Dias (MDB), conhecido como Luizão Arquiteto, é comerciante no ramo imobiliário. Flavio Batista de Souza (Podemos) é empresário.

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Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Pais do salve se quem puder…. que coisa horrivel !!!

    precisamos de uma Reforma Politica Urgente estes deputados federais estaduais vereadores prefeitos governadores etc juizes delegados todos envolvidos com droga

    nao sao politicos o que eles querem e grana no bolso e o povo que se lasque esta e a verdade

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