
Jornal GGN – Em janeiro de 2020, o GGN lançou uma série documental inédita explicando a influência dos EUA na Lava Jato. O episódio 5 trata justamente da indústria do compliance. A Lava Jato fomentou este mercado e, agora, o ex-juiz Sergio Moro penetra nele.
Nos EUA é comum ver procuradores e juízes atuando contra empresas e, depois, saindo do cargo público para oferecer a elas o serviço de compliance, agora como advogados. Alguns até retornam para o Judiciário depois. O fenômeno é tão constante que criaram a expressão “revolving door” (porta giratória) para ilustrar quando acontece. Foi o que aconteceu com Moro.
A Lava Jato investigou a Odebrecht no Brasil e instigou apurações no exterior, inclusive nos EUA. Moro atuou nos processos como juiz, condenou as empresas, recomendou a contratação de compliance e, agora, vira o consultor do setor privado a “desenvolver soluções para disputas complexas, investigações e questões de compliance” para a Odebrecht.
Nenhuma surpresa. Seguindo o exemplo dos EUA, outros membros da Lava Jato fizeram o mesmo movimento antes de Moro, todos rumos à advocacia privada, vendendo a experiência que tiveram no combate à corrupção por dentro do Estado.
Eis o link do vídeo referido, para quem quiser entender melhor essa indústria do compliance:
Leia mais:
Moro assume cargo de diretor em empresa que atende Odebrecht
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Faz tempo que venho dizendo que Sujo Moro é um duplo do Cabo Bruno https://jornalggn.com.br/justica/vidas-paralelas-sergio-moro-e-cabo-bruno/.
Ele não precisou se esforçar muito para fornecer provas de que eu estava certo.
“Nenhuma surpresa. Seguindo o exemplo dos EUA, outros membros da Lava Jato fizeram o mesmo movimento antes de Moro, todos rumos à advocacia privada, vendendo a experiência que tiveram no combate à corrupção por dentro do Estado.”
Desculpa, mas entendo que há surpresa sim e muita. Não é normal um grupo de procuradores federais cometerem as barbaridades ilegais e não éticas. Não é normal que um juiz federal cometa a barbaridade de, sendo ele o juiz do processo, orientar acusações e investigações; praticar abusos de poder para conseguir informações por meios duvidosos, que serão usadas por ele para condenar o réu.
Então, acho que de modos imorais, ilegais e forjados por pressão e tortura psicológica, como admitiram algumas das grandes autoridades do mundo judiciário, entendo que a melhor definição é o velho ditado popular, que diz: criar dificuldades para vender facilidades.
Os advogados criminalistas apontaram diversos abusos da lava jato. Abusos do MPF, do Moro, da PF e da Receita Federal e todos foram legitimados pelas instâncias superiores, inclusive STF. Os caipiras reacionários do MPF alugaram um hotel de luxo para expor o power point que apontava Lula como comandante máximo do maior esquema de corrupção tendo como vantagem um triplex meia boca no Guaruja, sem posse, sem propriedade e sem ato de ofício. Canalhas. Durou um ano e quatro meses entre Moro aceitar a denúncia do Triplex e a condenação do Lula em segunda instância no TRF 4. Todo abuso cometido para tirar Lula das eleições com apoio incondicional da Globo e da mídia hegemônica.