Silvinei “mentiu descaradamente” quando esteve na CPMI e deve ser reconvocado, diz relatora

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Quando esteve na CPMI, ex-diretor da PRF foi acusado de mentir pelos parlamentares

Eliziane Gama, relatadora, entre o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, e o senador Magno Malta: documentos sigilosos abrem novas frentes de investigação. | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), se manifestou nesta quarta-feira (9) sobre a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, detido de forma provisória mais cedo, a partir de uma investigação sobre o uso da máquina pública para interferir nas eleições 2022. 

Vasques prestou depoimento à CPMI no último dia 20 de junho. Na ocasião, apesar dos relatórios em posse do colegiado, ele negou qualquer interferência no pleito presidencial. Ele foi acusado de mentir pelos parlamentares. 

Agora, a relatora quer uma nova convocação para que o ex-PRF compareça à comissão. Os parlamentares da base governista acreditam que todas essas ações culminaram na invasão terrorista de bolsonaristas às sedes dos Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. 

Quando o Silvinei esteve aqui na comissão, ele mentiu de uma forma escancarada em vários pontos que nós conseguimos comprovar, inclusive, no momento da oitiva dele de que de fato ele estava mentindo. Na sequência, inclusive, encaminhamos uma representação junto ao Ministério Público Federal para que tomasse as devidas providências. A partir desta prisão está clara a necessidade de reconvocação e fazer uma compatibilidade a partir dos documentos que nós levantamos com a fala que ele trouxe aqui na comissão”, disse a senadora, em coletiva de imprensa. 

Agora, cabe ao presidente da CPMI, deputado Arthur Maia, do União da Bahia, agendar uma sessão para a votação do requerimento de convocação de Silvinei Vasquez e de pedidos de acareação.

Investigação

A Polícia Federal (PF) encontrou provas, em celulares de policiais rodoviários, de que as blitze da PRF, feitas em 31 de outubro de 2002, dia da votação do segundo turno das eleições presidenciais, foram direcionadas contra o então candidato Lula (PT), em prol da reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Além disso, a PF também encontrou mensagens entre diretor de inteligência da PRF e um subordinado sobre uma reunião da cúpula, na qual Vaques teria determinado um “policiamento direcionado” nesses redutos eleitorais. 

A prisão de Vasques foi decretada a partir da autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que entendeu que ele poderia indeferir nas investigações, a partir de uma tentativa de “combinação de versões” de outros agentes que seriam ouvidos pelos investigadores.

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