Temer recua de apoio a Bolsonaro, mas pode mudar “neutralidade”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Se desmentiu ou houve recuo, há dúvidas. Porque Temer tampouco confirmou que ficaria neutro

Foto: PR/Divulgação

Temer recuou do apoio a Jair Bolsonaro. Não irá apoiar nem Bolsonaro, nem Lula. Enquanto o noticiário dava como certa a decisão do emedebista, que ocupou a Presidência com a derrubada de Dilma Rousseff em 2016, uma pressão de políticos e pessoas próximas a ele teria acertado o recuo.

“Michel Temer me ligou agora desmentindo que tenha se decidido pelo apoio a Jair Bolsonaro”, disse Moreira Franco à coluna de Lauro Jardim, do Globo. Se desmentiu ou houve recuo, há dúvidas. Porque Temer tampouco confirmou que ficaria neutro.

A Jovem Pan, que disseminou diversas informações falsas sobre a disputa presidencial, afirma que “consultoria de comunicação de Temer” teria afirmado que “é improvável” Temer se manter neutro e que havia uma pressão para a posição de não declarar apoio nem a Bolsonaro, nem a Lula.

Neste momento, Temer está em Londres e retorna ao Brasil amanhã (07). Conforme o GGN divulgou, a transmissão de cargo de Temer para Bolsonaro em 2018 foi amistosa e elogiada, à época, pelo próprio político. As críticas do PT e da oposição por Temer ocupar o cargo derrubado de Dilma Rousseff em 2016 fizeram o político perder a credibilidade e manter racha com o partido.

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Na esfera pública, Michel Temer faz parecer que não ficou esquecido do meio político. Chegou a afirmar, ainda, nesta quarta (01) que ele foi “intimado” por setores do meio empresarial a se candidatar a Presidência este ano.

Disse, também, em entrevista ao Estadão que defende a continuidade de reformas econômicas – as iniciadas em seu governo e continuadas por Paulo Guedes no governo Bolsonaro.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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