Há pessoas com renda de nove salários mínimos recebendo o Bolsa Família, diz ministro

Segundo Wellington Dias, Bolsonaro bagunçou o programa social e há indícios de que 2,5 milhões de pessoas recebam o benefício indevidamente.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou o governo tem indícios de que 2,5 milhões de pessoas recebem o Bolsa Família sem atender aos critérios do programa. A revisão dos dados do programa serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o fim do mês.

A afirmação foi feita nesta quinta-feira (9), durante visita a uma unidade da chamada Cozinha Solidária, projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no Sol Nascente, no Distrito Federal, e vai ao encontro dos dados já levantados pelo equipe de transição de governo, em dezembro.

“Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação dessa revisão do cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões destes que recebem têm grandes indícios de irregularidade”, afirmou Dias.

A tentativa de perder o controle, nas palavras do ministro, foi a brecha criada pelo governo Jair Bolsonaro para que famílias recebessem o benefício de forma indevida em troca de votos.

“Temos, infelizmente, pessoas com renda elevada, com nove salários mínimos, recebendo Bolsa Família. E pessoas sem renda, com fome, que não conseguem acessar [o programa]. É mais que uma atualização de cadastro, é justiça social”, continuou o ministro.

Beneficiários

Para receber o Bolsa Família, o beneficiário tem de atender os seguintes requisitos: estar em situação de extrema pobreza (renda familiar mensal per capita de até R$ 105); situação de pobreza (renda familiar mensal per capita de até R$ 210); ou em situação de emancipação o beneficiário tem emprego formal, mas pode seguir no programa por até dois anos se a renda familiar mensal per capita não superar R$ 525).

O governo Lula vai exigir ainda que as famílias atendidas pelo programa coloquem a vacinação das crianças em dia e também garantam a frequência escolar, exigências retiradas pela administração de Bolsonaro.

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Camila Bezerra

Jornalista

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