CNBB não apoiará candidatos que promovam violência, diz cardeal

Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil declarou que Igreja Católica orientará seguidores a apoiar “candidatos comprometidos com a justiça social e a paz”
 
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(Ascom CNBB)
 
Jornal GGN – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira (14) a Campanha da Fraternidade de 2018, com o tema “fraternidade e superação da violência”. O foco principal é sobre os grupos mais vulneráveis, especialmente a população negra que corresponde à maioria dos 10% dos indivíduos expostos ao homicídio no país.
 
“Os casos de violência direta parecem ser resultado mais concreto e evidente de questões socioeconômicas históricas, além de deixarem entrever representações culturalmente produzidas e já naturalizadas a respeito da população negra, do índio, dos migrantes e, mais recentemente, também do imigrante”, declarou o presidente da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), Carlos Alves Moura, convidado para o evento de lançamento ao lado do presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha e do secretário-geral, dom Leonardo Steiner. 
 
Também participaram do evento a ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia e o coordenador da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência e Redução de Homicídios e deputado Alessandro Molon.
 
Segundo cobertura do Uol, o cardeal Sergio da Rocha destacou que a Igreja Católica não irá apoiar candidatos às eleições deste ano que promovam a violência. 
 
“É lamentável que se apresente soluções para superar a violência recorrendo a mais violência. A igreja, é claro, nessas eleições, como sempre faz, estará orientando os próprios eleitores, não substituindo a consciência dos eleitores, mas ajudando a formar consciência”, destacou completando em seguida:
 
“Nós queremos candidatos comprometidos com a justiça social e a paz. Não [queremos] candidatos que promovam ainda mais a violência”
 
Para o clérigo, a Campanha pela Fraternidade, que neste ano vem acompanhada do lema “Vóis sois todos irmãos”, citação encontrada em Mateus 23:8, tem crescido ano a ano atingindo outras setores da sociedade civil e igrejas cristãs, além das católicas. “Embora que seja importante a ação de cada um de nós, mas é preciso de ações comunitárias”, concluiu.
 
Durante sua fala, a ministra Cármen Lúcia disse que o STF tem atuado “de forma digna e correta” para o país superar a violência, ressaltando que a principal responsabilidade do Judiciário no tema é aplicar o direito para solucionar conflitos que surgem. “Umas [pessoas] sofrem mais, outras menos”, arrematou.
 
Mensagem do Papa
 
O Papa Francisco enviou uma mensagem ao evento, apontando o perdão como instrumento necessário para ‘alcançar serenidade e paz’: 
 
“O perdão das ofensas é a expressão mais eloquente do amor misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Às vezes, como é difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração, a paz. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança é condição necessária para se viver como irmãos e irmãs e superar a violência”.
 
*Com informações do Valor e da Ascom da CNBB 
 
Redação

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  1. «Em verdade vos digo: Que aos

    «Em verdade vos digo: Que aos homens serão perdoados todos os pecados, e as blasfêmias que proferirem; mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, pelo contrário é réu de um pecado eterno.» (Marcos 3:28-30):

  2. E quem se importa com o quê a

    E quem se importa com o quê a Igreja Católica pensa? Totalmente desmoralizada pelos escândalos de abuso sexual infantil e perdendo espaço para as igrejas pentecostais a décadas, é uma instituição moribunda no Brasil. Vale lembrar que temos uma bancada evangélica no congresso, não católica. Quem eles apoiam ou deixam de apoiar não faz diferença no jogo político.

  3. muito lindo constatar……………………

    que a Igreja-Mãe resiste……………………………

    Paz em  Jesus é assim que vejo: chorar com os que choram e sorrir com os que sorriem

    é o que entendo como sendo um sentimento religioso verdadeiro. misericórdia nos dois lados

  4. Católicos, por favor ouçam: A

    Católicos, por favor ouçam: A CNBB não é a representante da Igreja Católica no Brasil, ela apenas presta um (des)serviço à Igreja. Infelizmente, temos visto ao longo dos anos o apoio da CNBB às causas dos partidos políticos de esquerda, que defendem aborto, casamento homossexual, liberação de drogas, dentre muitas outras coisas que se opõe totalmente ao ensinamento de mais de 2 mil anos da Igreja Católica. Reparem nas Campanhas da Fraternidade, sempre voltadas para os movimentos ecologistas, feministas, só falando em oprimidos (no sentido de luta de classes) e agora até sobre ideologia de gênero, é pura Teologia da Libertação Marxista. Ao invés de falar sobre a salvação da almas, que é o dever da Igreja, apenas falam sobre questões materiais, a questão espiritual ficou em segundo plano. Como então dizer que a CNBB representa a Igreja Católica? Não há conciliação. Prezados Bispos do Brasil sejam corajosos, pois o silêncio dos bons favorece os maus. Eleitores católicos, não deêm ouvidos à CNBB, votem através da sabedoria que vem do verdadeiro ensinamento da Igreja. Bolsonaro é contra o desarmamento, e isso não é pecado. Inclusive em muitos países o povo armado tem reduzido a violência. E aqui no Brasil com o desarmamento, diminuiu a violência? O povo por acaso é burro? O PT e os outros partidos de esquerda defendem aborto, ideologia de gênero, casamento homossexual, liberação de drogas, etc, e isso sim é pecado grave. ACORDEM! PELA VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA!

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