Brasileiro está comendo de forma mais saudável, aponta pesquisa da PROTESTE

Pesquisa realizada pela PROTESTE Associação de Consumidores para avaliar se os hábitos alimentares e de compra de comida sofreram alterações nos últimos anos constatou o consumo de mais legumes e menos carne. E apontou que as pessoas estão dispostas a pagar mais por alimentos orgânicos e socialmente sustentáveis.

Entre os 760 participantes da pesquisa, 48% afirmaram que comeram menos proteína animal durante o último ano. Desse grupo, 89% a substituíram por proteína vegetal, como a soja. Além disso, 24% dos participantes afirmaram que pelo menos uma vez por semana não comem carne.

Justamente no ano em que a Organização Mundial da Saúde escolheu o tema de segurança alimentar para comemoração, hoje (7), do Dia Mundial da Saúde, os resultados revelam um novo olhar sobre a alimentação. Questionados sobre as suas preocupações quanto à segurança alimentar, os entrevistados destacaram entre os aspectos que mais os preocupam: o excesso de agrotóxicos na agricultura e de hormônios nas carnes.

Os resultados do estudo mostram que as pessoas estão levando a sério o ditado “você é o que come”. E estão conseguindo ver que existem inúmeras outras possibilidades de comer de forma prazerosa e saudável. Por exemplo, 94% dos entrevistados estariam dispostos a consumir mais produtos orgânicos se a oferta fosse maior. Além disso, 40% disseram que pagariam até 5% a mais em alimentos orgânicos e que garantissem o bem-estar animal.

Segundo o estudo, as mulheres são mais flexíveis em comer alimentos saudáveis. E como são elas as responsáveis por abastecer a despensa da casa de 62% dos entrevistados, aos poucos vão conduzindo a família na mesma direção, ao colocarem alimentos mais saudáveis no carrinho.

Mais da metade dos entrevistados (51%) afirmou que reduziu a compra de doces e sobremesas. Já 37% compraram menos carne vermelha e 32% menos bebidas adoçadas, como refrigerantes. Por outro lado, colocaram no carrinho mais frutas (38%), mais legumes e verduras (32%) e mais peixes (33%).

O principal local de compra ainda é o supermercado e os quatro motivos mais relevantes para essa escolha são preço, proximidade, variedade das ofertas e alta qualidade dos produtos.

Validade vencida é o principal motivo (74%) apontado para descartar alimentos. A segunda razão é estocagem errada (44%), seguida por sabor que não agradou (40%). E 65% dos entrevistados afirmaram sempre ler os rótulos.

Quanto mais alta a escolaridade dos respondentes, maior é sua disposição para uma alimentação vegetariana ou, simplesmente, mais equilibrada.

A pesquisa foi realizada entre os meses de setembro e dezembro de 2014, por meio de questionários online enviados para pessoas com idades entre 25 e 74 anos.

Os entrevistados se mostraram resistentes quanto à aparência dos alimentos frescos. Apenas 8% compram com frequência legumes, verduras e frutas, cujas formas e cores não estejam em ótimas condições. A PROITESTE avalia que é uma pena, pois muita comida boa para consumo é jogada fora por conta da aparência imperfeita.

De forma geral, na hora de escolher o que vai para casa, os três principais aspectos considerados pelos entrevistados são: se o alimento é saudável, se é gostoso e o seu preço. E o que menos impacta é a origem do alimento – informação que nem sempre está em destaque nos rótulos.

Listamos alguns aspectos que podem influenciar na escolha de um alimento e pedimos aos entrevistados que dessem notas de 0 a 10. A busca pela saúde vem em primeiro lugar.

Por outro lado, só 38% dos respondentes afirmaram que a oferta de alimentos frescos deveria estar associada à estação do ano. Quando optamos por legumes, verduras e frutas da estação, levamos para casa alimentos com menos agrotóxicos e mais baratos, porque sua produção é menos onerosa.

Redação

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