Coronavírus: Brasil apresenta primeiros casos de transmissão comunitária

No balanço desta sexta, dia 13, o número de casos confirmados chegou a 98. São 21 casos a mais que o último boletim, do dia 12.

Jornal GGN – O Brasil apresenta casos de transmissão comunitária que é aquela em que as equipes de vigilância não conseguem mapear a origem, a cadeia de infecção, sem saber quem foi o primeiro paciente, aquele que contaminou os demais. Esta nova situação foi registrada nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Por essa modalidade, quatro pessoas foram testadas positivas para o coronavírus. De casos importados, o Brasil computa 79, ou seja, pessoas que foram contaminadas no exterior; e 15 pessoas foram infectadas por transmissão local, ou seja, que tiveram contato com pessoas de casos importados.

No balanço desta sexta, dia 13, o número de casos confirmados chegou a 98. São 21 casos a mais que o último boletim, do dia 12. Os casos suspeitos aumentaram para 1.485 e os descartados para 1.344.

São Paulo e Rio de Janeiro são considerados os epicentros do surto no país, com 56 e 16 casos confirmados, respectivamente. Em seguida vêm Paraná (seis), Rio Grande do Sul (quatro), Goiás (três) e Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Distrito Federal e Pernambuco (dois casos em cada um). Completam a lista Alagoas e Espírito Santo (um caso em cada).

Nos casos suspeitos, São Paulo também lidera (753), seguido de Minas Gerais (116), Rio Grande do Sul (81), Santa Catarina (77), Rio de Janeiro (76) e Distrito Federal (75). Apenas Roraima e Amapá não registram casos confirmados ou suspeitos.

Do total, 15% dos casos confirmados demandam maior nível de atenção, podendo evoluir para agravamento. Há 12 pessoas hospitalizadas.

Com informações da Agência Brasil

Redação

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  1. para acalmar os nervos
    coleção Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde -Volume 4-capítulo 2-Fiocruz

    páginas 49-50—Características das principais famílias
    A disseminação viral em humanos decorre de milhares de anos, caracterizando a relação mais íntima do homem com outros seres no contexto ambiental. Os vírus têm dimensões em nanômetros, apresentam simplicidade estrutural e dependência pela célula hospedeira. Por este fato, mantém-se a ideia de que são parasitas intracelulares obrigatórios e também são capazes de alterar parcialmente o DNA da
    célula hospedeira.
    Os vírus infectam diferentes espécies de hospedeiros; os que infectam animais, principalmente, são, agrupados de acordo com a estrutura de seu genoma e, assim,classificados em famílias (Quadro 1). Os critérios dessa classificação envolvem a natureza do ácido nucleico, o que possibilita vários mecanismos de replicação. Esseprocesso, assim como a natureza das infecções que causam, tem contribuído com a organização das características das famílias virais.
    A grande maioria dos vírus que infectam vertebrados apresenta o RNA como ácido nucleico devido a esse tipo de ácido apresentar uma alta taxa mutagênica, que durante a sua evolução resultou em uma grande diversidade170 | Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde viral. Por esses vírus serem menos específicos do que os de DNA, infectam uma variedade maior de espécies animais, acarretando várias zoonoses.
    Quadro 5. Classificação dos vírus em famílias, com base em algumas de suas propriedades(ver pdf)

    Página 62-63—10.9. Coronaviridae
    Esta família pertence à ordem Nidovirales, e apresenta dois gêneros:
    Coronavírus e Torovírus. Os primeiros isolados dos Coronavírus foram o vírus da bronquite infecciosa, em 1930, o vírus da hepatite de camundongo e o da gastroenterite de porcos, em 1940. Estes dois gêneros apresentam similar
    organização genômica e uma estratégia de replicação. Entretanto, existem diferenças na morfologia do vírion entre os dois gêneros.
    Os Coronavírus são divididos em três grupos sorológicos. O I e o II têm sido isolados em mamíferos, enquanto o III, em aves. O sorogrupo II é representado pelos protótipos HCoV-229E e HCoV-NL63, dentre outros, e o Grupo III é representado pelos protótipos MHV, OC43 e HKU1, SARS-CoV. O SARS-CoV (Coronavírus associado a Síndrome Respiratória Aguda Severa) é relacionado, apesar de distante, com todos os outros coronavírus sequenciados.
    A partícula completa, ou vírion, apresenta-se com morfologia esférica, envelopada e com cerca de 100 a 160 nm de diâmetro. O genoma alberga um RNA de fita simples, polaridade positiva e com tamanho de aproximadamente 32 Kb.

    Dentre as proteínas estruturais do vírion existem as espículas de glicoproteínas, que são receptores de ligação e especificidade. Estes realizam a fusão com a membrana da célula hospedeira, a proteína de membrana, a hemaglutinina e a proteína do nucleocapsídeo, que é uma pequena proteína de envelope.
    A maioria dos Coronavírus replica-se inicialmente nos tratos respiratório e entérico. Em contraste com a grande maioria dos vírus deste gênero, a infecção do trato respiratório inferior pelo SARs-CoV resulta em sérias complicações, requerendo muitas vezes que o paciente seja internado. Uma extensa epidemia, evidenciada inicialmente na China e depois na Europa, América do Norte e em outras partes da Ásia, foi devido a este vírus, e ocorreu entre os anos de 2002 e 2003, levando à morte milhares de pessoas. Esta infecção é caracterizada por febre acima de 38 graus Celsius, acompanhada de dor de cabeça e outros sintomas. Os sintomas respiratórios são usualmente amenos no
    início, mas após poucos dias, o paciente desenvolve tosse seca e produtiva, apresentando dispneia.
    A transmissão do Coronavírus ocorre principalmente através de aerossóis de secreções nasais. Para o diagnóstico laboratorial utiliza-se, principalmente, a imunomicroscopia eletrônica e a sorologia. Até o momento, não existem vacinas no mercado capazes de prevenir esta infecção, mas várias vacinas se encontram em estudos clínicos, e podem ser promissoras.——
    ——Considerando que todas as fases do ciclo de replicação viral requerem a participação de uma enzima, o bloqueio de qualquer uma das referidas fases acarretaria na não formação da partícula infecciosa. Tais etapas do ciclo de replicação viral incluem: adsorção, desnudamento, síntese, maturação e liberação da progênie viral da célula hospedeira.
    As drogas antivirais podem atuar interferindo em qualquer uma das etapas da replicação viral, como a adesão à célula, a penetração, a eliminação do envoltório viral para liberar seu material genético e a produção de novas partículas virais por parte da célula. Como os vírus somente replicam no interior das células e utilizam as mesmas vias metabólicas que as células sadias, as drogas antivirais são frequentemente mais tóxicas para as células humanas que os antibióticos. Um outro problema das drogas antivirais é que o vírus pode desenvolver rapidamente resistência a elas mesmas.

    A coleção Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde tem como objetivo integrar conhecimentos teóricos e práticos, proporcionando ao aluno informações que possibilitem uma permanente reflexão de seu papel como agente transformador dos processos e atividades de ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. Outro objetivo inconteste destes livros é servir para professores, como norteadores da definição curricular de seus cursos.

    A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) é uma unidade técnico-científica da Fiocruz que promove atividades de ensino, pesquisa e cooperação no campo da Educação Profissional em Saúde. A EPSJV oferece cursos técnicos de nível médio, de especialização e de qualificação nas áreas de Vigilância, Atenção, Informações e Registros, Gestão, Técnicas Laboratoriais, Manutenção de Equipamentos e Radiologia, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de um Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde.

    http://www.epsjv.fiocruz.br/series/livros/19

    http://www.epsjv.fiocruz.br/wp-content/uploads/cap2.pdf

  2. para acalmar os nervos
    coleção Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde -Volume 4-Fiocruz Capítulo 1—Imunologia
    Antônio Teva—José Carlos Couto Fernandez—Valmir Laurentino Silva

    1. Introdução à Imunologia
    A imunologia é uma ciência recente. Sua origem é atribuída, por alguns autores, a Edward Jenner, que, em 1796, verificou proteção induzida pelo cowpox (vírus da varíola bovina) contra a varíola humana, nomeando tal processo da vacinação. No entanto, é sabido que, na antiguidade, os chineses já inalavam o pó das crostas secas das pústulas de varíola ou as inseriam em pequenos cortes na pele, em busca de proteção.

    O sistema imune é o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas que os humanos e outros seres vivos usam para a eliminação de agentes ou moléculas estranhas, inclusive o câncer, com a finalidade de se manter a homeostasia do organismo. Os mecanismos fisiológicos do sistema imune consistem numa resposta coordenada dessas células e moléculas diante dos organismos infecciosos e dos demais ativadores, o que leva ao aparecimento de respostas específicas e seletivas, inclusive com memória imunitária, que também pode ser criada artificialmente, através das vacinas.

    Na ausência de um sistema imune funcional, infecções leves podem sobrepujar o hospedeiro e levá-lo à morte.

    Porém, mesmo com um sistema imune funcional, o homem, por exemplo, pode adquirir uma doença infecciosa ou um câncer, pois a resposta imune específica, diante de um agente agressor, leva tempo para se desenvolver e, além disso, tanto organismos estranhos, como células neoplásicas, desenvolvem mecanismos de evasão para fugir da resposta imune.

    Neste capítulo, serão abordados conceitos básicos dos principais componentes do sistema imune, os mecanismos de resposta específica ante os diversos agentes infectoparasitários, como também a investigação dos vestígios da passagem desses agentes, por meio de métodos laboratoriais para pesquisa de antígenos e anticorpos específicos, principal propósito desse texto, uma vez que se destina a alunos de escolas técnicas de nível médio.

    2. Órgãos, tecidos e células envolvidos na resposta imunitária——

    A coleção Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde tem como objetivo integrar conhecimentos teóricos e práticos, proporcionando ao aluno informações que possibilitem uma permanente reflexão de seu papel como agente transformador dos processos e atividades de ensino, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. Outro objetivo inconteste destes livros é servir para professores, como norteadores da definição curricular de seus cursos.

    A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) é uma unidade técnico-científica da Fiocruz que promove atividades de ensino, pesquisa e cooperação no campo da Educação Profissional em Saúde. A EPSJV oferece cursos técnicos de nível médio, de especialização e de qualificação nas áreas de Vigilância, Atenção, Informações e Registros, Gestão, Técnicas Laboratoriais, Manutenção de Equipamentos e Radiologia, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e de um Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde.

    http://www.epsjv.fiocruz.br/series/livros/19

    http://www.epsjv.fiocruz.br/wp-content/uploads/cap2.pdf

  3. É importante fazer o controle efetivo o quanto mais cedo possível. Nada de deixar para depois. Depois fica impossível. Depois os casos se multiplicarão numa progressão geométrica, isso já se sabe… e daí os casos graves serão muito mais que a capacidade dos hospitais.
    Os médicos às vezes internam uma pessoa que precisa de antibióticos, por exemplo, porque ele tem informações, conhecendo a pessoa, que se mandar a pessoa pra casa ela não vai tomar corretamente o antibiótico e não vai resolver. O médico interna só para a pessoa poder tomar a medicação corretamente. Por que eles acham que se mandarem uma pessoa que tem o vírus pra casa ela vai fazer tudo corretamente? E não vai infectar outros? Por que não internar e isolar os 65 casos do estado de São Paulo atualmente, por exemplo, só para evitar que contaminem outros? Qual a vantagem de mandar essas pessoas pra casa agora, que são uma quantidade mínima, ao invés de internadas em isolamento? Por que não gastar recursos agora e mapear todos que se relacionaram com estes 65 e fazer o teste neles? quantos testes seriam necessários? 1.000? 5.000? Muito pouco perto do poder de multiplicação que estes possíveis casos tem e muito pouco perto da necessidade de UTI que esta multiplicação dos casos vai causar.

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