Mais de um bilhão de pessoas em todo o planeta é obesa, conforme mostrou um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado na última quinta-feira (29) na revista especializada em saúde The Lancet.
O número de obesos supera o de pessoas que passam fome: atualmente, mais de 700 milhões de pessoas têm de lidar com a desnutrição.
A OMS constatou ainda que a obesidade deixou de ser uma questão exclusiva de países ricos, tornando-se um problema mundial, uma vez que a taxa de obesidade entre adultos duplicou entre 1990 e 2022.
Já entre crianças e jovens de até 19 anos, o índice se multiplicou por quatro no mesmo período. Em 2022, 43% dos adultos estavam acima do peso, fazendo com que
“O novo estudo destaca a importância de prevenir e controlar a obesidade desde o início da vida até a idade adulta, através de dieta, atividade física e cuidados adequados, conforme necessário”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Em comunicado, Ghebreyesus afirmou ainda que o combate à obesidade, que desencadeia doenças cardiovasculares, requer cooperação do setor privado, a fim de que ele seja responsável pelos impactos de seus produtos na saúde dos cidadãos.
“Regressar ao caminho certo para cumprir as metas globais de redução da obesidade exigirá o trabalho dos governos e das comunidades, apoiado por políticas baseadas em evidências da OMS e das agências nacionais de saúde pública”, informa a OMS.
Sugestões
A fim de minimizar o problema, a OMS defende a criação de políticas fiscais e de preços, para estimular a população a consumir produtos mais saudáveis. O setor privado deve se encarregar ainda de garantir que as informações nutricionais dos produtos sejam exibidas nos rótulos das embalagens dos alimentos.
Outra sugestão para reduzir os índices de obesidade é o investimento em campanhas de educação para que os cidadãos aprendam a formular dietas saudáveis, além do incentivo de exercícios físicos.
Os países, de acordo com a OMS, devem estimular ainda a prática de atividades físicas nas escolas, além de garantir a integração de serviços de prevenção e gestão da obesidade nos cuidados de saúde primários.
Além da piora da nutrição, a obesidade desencadeia uma série de doenças crônicas, entre elas pressão alta, câncer e diabetes.
Confira a pesquisa na íntegra (em inglês):
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