O Brasil e o milagre irlandês

Na aba de Economia (clique aqui), a Coluna Econômica fala sobre as versões insuficientes que rolam sobre o milagre irlandês dos anos 90.

Luis Nassif

23 Comentários

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  1. Pois é Nassif, finalmente vc
    Pois é Nassif, finalmente vc comentou do cãmbio no caso da Irlanda, e não foi só a Irlanda…. a Espanha fez a mesma coisa, desvalorizou sua moeda antes de entrar na UE.
    Hoje a Espanha vende produtos manufaturados mais barato que o Brasil (na época q. o dólar estava à 2,40!!).

    Hoje o câmbio tá aí, com o risco de cair dos 2,10….

    E o mais desesperador é q o Governo não se manifesta…..

  2. Prezado, todos os que
    Prezado, todos os que defenderam o déficit nominal zero recorreram ao exemplo da Irlanda. Incluindo Palocci e Delfim — que não é um cabeção. Você vai me dizer que nunca viu esse argumento levantado em defesa do déficit nominal zero?

  3. Não é de amplo conhecimento.
    Não é de amplo conhecimento. É de conhecimento restrito e o autor não autorizou a divulgação, mas as conclusões que estão aí.

  4. A Irlanda poderia ser
    A Irlanda poderia ser comparada com o Uruguai, mas não com o Brasil. Nesse aspecto, o comentário está perfeito. No entanto, tenho impressão que a Irlanda não estava enfrentando uma quase guerra civil. Isso acontecia na Irlanda do Norte, ilha vizinha integrada ao Reino Unido.

  5. Nassif,

    suas colocações são
    Nassif,

    suas colocações são muito bem colocadas. Todos aqueles que trabalham com T.I sabem que hoje a Irlanda é um lugar natural de desenvolvimento e treinamento de tecnologias para grandes players como Ericsson, Nokia e Motorola.
    Certamente a Irlanda foi favorecida por medidas de ajuste fiscal e também pelo cenário externo favorável. Mas o que os cabeções não falam é o acerto estratégico dos Irlandeses de entenderem o seu país num mundo – e numa Europa – cada vez mais globalizada. E, num país como a Irlanda, de baixo mercado Interno e poucos recursos naturais, a Tecnologia seria (o único??) o caminho natural para um desenvolvimento sustentável. É o que tenta fazer hoje Dubai, que entendeu que os petrodólares são finitos; e como fez Cingapura, nos anos 70-80.
    Nassif, te pergunto. O chile, menina dos olhos de vários economistas / Jornalistas brasileiros, não conseguiu desenvolver industria semelhante em seu país. No que pese o acerto de políticas de tempos atrás, o Chile ainda é um páis “quase” monocultural. A entrada abundante de dinheiro vinda do cobre, no seu ´momento de maior preço histórico nos mercados internacionais, de alguma maneira colocou o Chile numa espécie de cilada? Eu entendo que o crescimento daquele país está longe da perfeição, o que é fácil perceber pela alta concentração de renda, o que mostra uma economia centralizada em poucos atividades, e não abrangendo diversos setores/regiões do País.

    Abraços,

  6. vinicius, tem duas teorias
    vinicius, tem duas teorias econômicas. A que viceja nos EUA. E a que passa a linha do Equador, verga que nem vinil exposto ao sol, e é apresentada como a última moda no Brasil. Estou falando do “pib potencial” à brasileira.

  7. Boa, Nassif. Realmente o que
    Boa, Nassif. Realmente o que se toma como exemplo, de forma arbitrária, outros países de realidades completamente diferentes da nossa é um absurdo. Trata-se de ilusionismo, por parte de pessoas com intenções duvidosas.

  8. Talvez a diferença do Brasil
    Talvez a diferença do Brasil com países que crescem acima da média e resolvem problemas internos atraves de pactos, seja esta que tiveram catastrofes ou guerras civis, e outras, que aqui não encontramos. A unica forma de unir oposição e situação é o povo não tomar partido de nenhum dos lados. Gastamos mal e não sei se podemos dizer que muito. Investimos no ensino superior, mas graduamos a maioria como analfabetos funcionais. Somos herdeiros de fisiologismo, clientelismo e paternalismo, embora o povo e os empresarios não saibam, e isto não mudou em 130 anos de republica.

  9. Caro Nassif,

    Ótimos
    Caro Nassif,

    Ótimos comentários sobre os perigos de importar o modelo fiscal Irlandês sem o devido cuidado. No entanto, uma correção: não confundir a Irlanda, pais independente, com a Irlanda do Norte, parte da Grã Bretanha. A guerra civil na Irlanda acabou em 1923.

  10. Cada país alcançou o
    Cada país alcançou o crescimento à sua maneira. India, China, Chile e Irlanda crescem por motivos diversos e inerentes de cada país. Talvez o único fator comungado por todos é que a nação (e não o governo sozinho) conquistou corações e mentes dos agentes econômicos que conseguem levar um país adiante. O Brasil não consegue que alguém acredite nele. Quando alguém pensa em montar uma empresa, lembra da burocracia. Quando pensa em contratações, lembra dos encargos trabalhistas. Quando pensa em investir, lembra dos impostos. Quando paga seus impostos lembra dos desperdícios. Quando pensa no governo, lembra da corrupção. Não há tesão, não há vontade, não quem acredite em nós, nem nós mesmos. Patinamos na lama do atraso. Olhamos para outros buscando respostas que estão em nós mesmos. O Brasil tem de ser refrescado, repensado, reinventado. E rápido!

  11. Isso eh uma coisa que me
    Isso eh uma coisa que me preocupa quando comparam a taxa de crescimento do PIB brasileiro com a China, India e outros paises… Eh certo fazer estah comparacao sem se levar em conta a historia e caracteristicas proprias de cada pais?

  12. Sei que não tem a ver com o
    Sei que não tem a ver com o comentário mas, alguém poderia dizer-me do que adianta eu pagar a multa de trânsito no caixa automático do banco se , no comprovante que recebo está escrito;”Este compravante não é válido para efeito de fiscalização de trânsito”?
    Quer dizer que é um compravante que não comprova nada?
    Serviria ele pra provar que eu fui vítima do famoso “171”?
    Confesso que não entendi.

  13. Mande um abraço para ele e
    Mande um abraço para ele e diga que estou terminando um livro onde entram seus antepassados que moraram em Poços, inclusive o velho Orozimbo, cuja filha quase ficou noiva do Ari Barroso.

  14. Raphael, obviamente não
    Raphael, obviamente não estava me referindo aos economistas que estudaram o caso Irlandês de forma ampla, e não restringindo apenas ao déficit nominal zero. A coluna foi em cima do trabalho de um desses economistas.

  15. Nassif,

    Não caberia fazer
    Nassif,

    Não caberia fazer uma limpeza contábil também neste tal deficit nominal?

    Parte dos juros pagos pelo Tesouro correspondem à correção monetária da dívida. Em qualquer contrato financeiro decente, a correção só e cobrada parcialmente em relação à parcela de amortização e o restante é capitalizado no saldo devedor.

    Se temos dívida de 50% do PIB e a inflação do PIB anda pelos 5%, temos 2,5% de correção monetária não capitalizada e paga em dinheiro. Se o deficit nomimal anda abaixo da casa dos 3%, então já estamos vivendo num ambiente de DEFICIT REAL ZERO!

    Será que o uso do denominador comum monetário não nos ajudaria a enfrentar a sanha dos monetaristas, que não querem ver que mesmo com deficit nominal a dívida continua caindo?

    Abraço.

  16. Caro Nassif:

    Você está
    Caro Nassif:

    Você está falando sério, o pessoal do Brasil usou a economia da Irlanda como exemplo? Quem estuda o Brasil no exterior sempre leva em conta os fatores:

    1) População de 200 milhões de pessoas
    2) Disparidade social extrema
    3) Território de 8 milhões e 500 mil quilômetros quadrados
    4) País tropical

    O exercício econômico mais comum é como manejar os itens 3 e 4 para gerar recursos a serem aplicados na melhoria da situação do povo brasileiro e manter a economia funcionando. Se alguém quiser usar um exemplo da Europa, pense na Noruega: os recursos do petróleo estão sendo usados para sustentar um Estado de bem-estar social; graças a isso, o país se tornou o mais confiável fornecedor do produto que se possa imaginar.

    A mesma situação se repete na Venezuela, em que pesem as bravatas do presidente daquele país. Só quem esteve em Caracas antes do atual governo assumir sabe como as favelas em torno da cidade estavam se tornando incontroláveis. A melhoria da situação de vida da população mais pobre ajudou a reverter um golpe de Estado, algo inédito na América Latina.

    Quem chega à cidade de São Paulo vindo do aeroporto de Guarulhos passa por favelas e cadeiões. A impressão para os navegantes de primeira viagem é que tudo aquilo vai explodir a qualquer momento, mas a situação até que não piorou muito nos últimos anos.

    Houve escaramuças, é claro, como as promovidas pelo PCC. O maior desafio dos governantes é desarmar essas bombas-relógio, evitar que as balas se “percam” como no Rio de Janeiro, fornecer serviços como saneamento básico, saúde e educação para toda aquela gente.

    Um leitor poderia argumentar que isso torna o povo mais produtivo para a exploração capitalista, mas a principal preocupação é manter o sistema funcionando: não é possível estabelecer um fornecimento confiável de produtos a partir de uma zona conflagrada. Para mencionar um exemplo, basta lembrar que as sabotagens dos oleodutos impedem a exportação do petróleo iraquiano.

    Em que isso lembra a Irlanda? Talvez para enfatizar a necessidade de pacificação para que um país prospere, nada mais que isso.

  17. Foi você quem me passou a
    Foi você quem me passou a história. E ele quase liquidou com a pia senhora que foi injustamente acusada de contratar Dioguinho para matara dversário.

  18. Caro Luis,
    Meu comentário
    Caro Luis,
    Meu comentário anterior referia-se a seu excelente artigo “A Arte de Sempre Iludir” e não a esse, que cliquei por engano.

  19. Porque economistas são cheios
    Porque economistas são cheios de “magiquinhas mirabolantes”? Não que os advogados também não o sejam (vide Rui Barbosa) mas economista “nunca estão errados”. Talvez seja por isso, que entre os economistas sérios como você, Paulo Nogueira Batista Jr, Paulo Rabelo de Castro, Joseph Stiglitz e outros, os cabeças de planilhas e espertos como Gambiaggi fiquem se escondendo.

  20. Só que os tucanos tinham uma
    Só que os tucanos tinham uma inflação altíssima para domar. Se FHC praticasse uma política fiscal adequada a carga tributária não teria chegado a mais ou menos 37% do PIB. Mas a questão fiscal hoje não mudou nada com a turma do Lulinha.
    FHC é criticado pela turminha da esquerda por seu liberalismo, mas quem aumentou tanto a carga tributária não pode de jeito nenhum ser chamado de liberal. E aí? Hein!?

  21. A quem possa interessar…o
    A quem possa interessar…o petróleo é do Brasil ou da Petrobrás ? Considerando o lucro de R $ 72,00 por barril extraído de nossas reservas, considerando que o custo dos combustíveis afeta a vida de cada um, pergunto : Qual a vantagem da auto suficiência para o brasileiro que não recebe da Petrobrás? O Brasil defende os interesses dos brasileiros na remuneração que o país recebe pelo “nosso” óleo? A caixa preta do craqueamento será algum dia divulgada? Porque não reduzir em R $0,50 o preço dos 159 litros de um barril de petróleo permitindo um barateamento imediato nos bens de consumo transportados?

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