No Roda Viva, Deltan Dallagnol mente e escancara parcialidade lavajatista em pautas da extrema-direita

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Fake news, machismo, ataques a Lula e defesa da extrema-direita nortearam a participação do deputado cassado no programa

Reprodução/TV Cultura

O ex-procurador da Lava Jato e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) fez jus ao seu histórico à frente da extinta força-tarefa durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, exibido na noite desta segunda-feira (29). 

Logo no início do programa, Dallagnol afirmou que houve um “conluio” entre os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que votaram pela de seu registro de candidatura, culminando na perda de seu mandato. Segundo ele, o julgamento teve uma unanimidade “artificial” e se deu por “vingança” em consequência da sua atuação na extinta força-tarefa. 

O deputado cassado afirmou que foi vítima das “inferências” de ministros do TSE, uma nova expressão para a tal “convicção“. Dallagnol ainda insinuou que ministros agiram com interesse em agradar o governo Lula (PT), tendo em vista que as vagas abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) e TSE. 

Além disso, apesar de ressaltar que não se baseia em especulações, afirmou: “Todo mundo sabe – quem não é ingênuo — como funcionam as decisões em Brasília. Alguns ministros vão decidir em cima da lei e vários vão decidir por interesses. Isso é sabido, como as coisas funcionam no Brasil”. 

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“Não estou aqui para desunir a direita”

Durante o programa, o deputado cassado também acenou a Jair Bolsonaro (PL) ao afirmar que “não pensaria duas vezes” em defender o ex-presidente contra Lula (PT). 

Questionado sobre os ataques do ex-presidente à democracia, Dallagnol justificou que Bolsonaro nunca teria recebido “um ditador”, apesar de Bolsonaro defender a tortura publicamente e ter participado de inúmeros encontros com os extremistas Mohammad bin Salman, príncipe saudit; e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria.

 “Discordo de muitas pautas do Bolsonaro, mas não estou aqui para desunir a direita“, justificou.

Fake news e machismo

Dallagnol ainda voltou a mentir para defender sua posição contrária ao PL das Fake News. Ele afirmou que versículos da bíblia seriam censurados em caso de aprovação da medida. No entanto, não há na matéria qualquer previsão sobre essa ação.

As plataformas se não quiserem tomar uma grande multa do governo, elas vão derrubar tudo quanto é xingamento, tudo que tenha determinadas palavras, isso vai restringir o alcance, isso é restringir o alcance, por exemplo, de versículos bíblicos que falam que, dentro do lar, existe uma liderança do homem sobre a mulher”, mentiu. 

Dallagnol ainda insistiu: “De novo, não importa ou não se eu concordo com isso, importa que isso está na bíblia e feriria a cláusula específica de igualdade de gênero”.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

5 Comentários

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  1. O sobrenome é quase um homófono de Agarol, conhecido laxante. Deltanto Agarol, o resultado do discurso é de uma coerência acachapante com o que bem poderia ser epíteto dessa criatura nefasta.

  2. Não lembro de ter sido dado qualquer tipo de espaço a qualquer outro deputado cassado.
    Está mídia golpista não cansa de passar vergonha.

  3. Ora, se alguns ministros não decidiram em cima da lei, mas por interesses, recorre, apontando no recurso a falta de fundamento jurídico da condenação. Se perder, pára de amolar, Mané

  4. Por falar em Dallagmerda, o proprietário de terra onde são cultivadas plantas para produzir drogas ilegais deve ter toda a área da qual é dono expropriada, e não apenas a parte onde havia o cultivo ilegal. O entendimento foi firmado nesta quinta-feira (26/3), por unanimidade, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. Talkey? Ora, se o proprietário de terra onde são cultivas plantas para a produção ilegal de drogas deve ser expropriado, porque o proprietário de aeronave que transporta droga ilícita não deve ser expropriado também?

  5. O prágrafo único, do art. 243 da CF/88 dispõe que todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei.

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