Mercado de trabalho abre 25.363 empregos no mês

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os números referentes ao Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostram que o mercado de trabalho brasieliro abriu 25.363 empregos durante o mês de junho, o que representou um crescimento de 0,06% em relação ao estoque do mês anterior. O montante é resultado de 1,639 milhão de admissões e 1,614 milhão de demissões.

Com o resultado, o país gerou 588.671 empregos com carteira assinada, um crescimento de 1,45% em relação ao estoque de dezembro de 2013. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 763.499 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 1,89%.

No período entre janeiro de 2011 a junho de 2014 já foi criado um total de 5,106 milhões de empregos, um crescimento de 11,59%. Em termos setoriais, o desempenho positivo do emprego em junho originou-se da elevação em três dos oito setores de atividade econômica, com o destaque para a Agricultura com 40.818 postos, Serviços com 31.143, e Administração Pública com 1.548.

Na visão do economista André Perfeito, da Gradual Investimentos, o resultado apresentado em junho foi “desastroso”, uma vez que o valor inicialmente esperado apontava para a abertura de 53 mil vagas. “É o pior resultado para junho desde 2003 e evidencia um processo de acomodação no mercado de trabalho que é desejado para acomodar a inflação de serviços”.

Para o economista, a medida pode ser reflexo do ciclo de ajuste de juros efetuado em 2013/2014, e isso traz um impacto direto sobre o comportamento da Selic – para Perfeito, “não teremos mais altas em 2014 na taxa básica”. “A taxa de desemprego pode até continuar a renovar baixas, mas isso se deve a outros fatores que não a criação de vagas propriamente, mas antes de tudo pela elevação de pessoas estudando, se aposentando ou simplesmente não fazendo nada”, diz o economista.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, o crescimento ocorreu nos sete dos oito setores de atividade econômica, com destaque para o setor de Serviços que gerou no ano 386.036 postos, saldo superior ao registrado no mesmo período do ano anterior (361.180 postos).

O setor Agrícola registrou no período a maior taxa de crescimento gerando 110.840 empregos formais, seguido da Construção Civil (73.343 empregos), a Indústria de Transformação (44.146 empregos), a Administração Pública (26.172 empregos), e os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) (4.867 empregos). O setor Comércio foi o único que apresentou queda no período com perda de 58.096 postos, decorrente do declínio do Comércio Varejista (-83.646 postos).

Segundo o ministro Manoel Dias, o desempenho fraco da indústria foi um fator preponderante na geração de vagas no mês, mas espera que as desonerações propostas ao setor revertam essa tendência. “A meta do governo é criar 1 milhão de empregos formais em 2014”, avaliou.

No recorte geográfico, o crescimento ocorreu em quatro das cinco grandes regiões brasileiras, com o Sudeste apresentando um acréscimo de 330.009 postos, Sul com 177.251 postos, Centro-Oeste com 90.319 e Norte com 15.534. Apenas o Nordeste apresentou queda, com uma redução de 24.442 postos. Nos estados, 21 deles elevaram o nível do emprego com destaques positivos para São Paulo com 187.505 postos, Minas Gerais com 97.503, Paraná com 62.909 e Santa Catarina com 62.387.

No primeiro semestre de 2014, os salários médios de admissão apresentaram um aumento real de 1,84% em relação ao mesmo semestre de 2013, ao passarem de R$ 1.152,73 em 2013, para R$ 1.173,90 em 2014, dando continuidade à tendência de crescimento verificada nos últimos anos.

Segundo o recorte por gênero, o crescimento real do salário médio obtido pelos homens foi de 1,81%, ante um aumento das mulheres, de 2,17%. Com esse resultado, a relação entre os salários reais médios de admissão feminino versus masculino teve um aumento de 86,05% em 2013 para 86,35% em 2014.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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