Nova Encíclica do Papa Francisco pede conversão ecológica

Enviado por Almeida

A CNBB divulga a nova encíclica do papa e lança a Campanha da Fraternidade de 2016, que terá um tema em consonância com a encíclica: “Casa comum, nossa responsabilidade”. Na nota divulgada abaixo, existe uma ligação para baixar o texto papal.

A maior nação católica do mundo é campeã da biodiversidade e considerada uma província abençoada por belezas criadas pelo Deus dos católicos, mas possui títulos de campeonatos muito tristes, no sentido da predação da obra do Criador:

Somos campeões mundiais de desmatamento; somos recordistas de envenenamento da produção agrícola; lideramos o campeonato de subserviência aos transgênicos para defender lucros de latifundiários e multinacionais do agronegócio; somos imbatíveis em descaso com a perda de solos por erosão e buscamos o título máximo em descuido com nossa população, que deslocamos arbitrariamente nos meios urbanos para realização de megaeventos e, no meio rural, para a realização de projetos de indústrias de eletrointensivos, com obras manchadas de corrupção das grandes empreiteiras, sem dar a mínima para índios, quilombolas e caboclos ribeirinhos; ninguém nos supera no campeonato de ficar de quatro para os monopólios “nacionais” e multinacionais satisfazerem sua ganância, explorarem o nosso povo, levar nossas riquezas e destruir a natureza, chamamos isso de “progresso”.

Todas essas práticas negativas estão denunciadas na recente encíclica e, com base nesta, as lideranças católicas farão campanha para condenar tais práticas, no ano da graça eleitoral de 2016; enquanto um partido que nasceu com o apoio e simpatias da igreja, de leigos e da hierarquia, tentará se agarrar ao poder, que conquistou com um programa do mesmo teor da encíclica, mas que nunca cumpriu, traiu e se submeteu subservientemente à ganância predatória capitalista. A nova encíclica terá repercussões políticas consideráveis. 

Leiam a nota da CNBB sobre a encíclica a seguir e acessem seu conteúdo:

Nova Encíclica do papa Francisco pede conversão ecológica

QUINTA, 18 ,JUNHO 2015 11:12 CNBB

O Vaticano divulgou na manhã de hoje, 18, a nova Encíclica do papa Francisco, “Laudato si – sobre o cuidado da casa comum”. O texto trata da ecologia humana e o clima está no centro das preocupações apresentadas pelo pontífice.  Além disso, são apontadas as problemáticas e desafios de preservação e prevenção, como também aspectos da proteção à criação e questões como a fome no mundo, pobreza, globalização e escassez.  

Este é o primeiro documento escrito integralmente pelo pontífice, que buscou inspiração nas meditações de São Francisco de Assis, patrono dos animais e do meio ambiente. Em 2013, no início do pontificado do papa Francisco, o primeiro documento publicado foi “Lumen Fidei”, que já tinha sido iniciado pelo papa emérito Bento XVI.

Em consonância com a encíclica do papa, em 2016, a Campanha da Fraternidade Ecumênica da CNBB terá como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”. A atividade será coordenada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

Conversão ecológica

Ao final da Audiência Geral da quarta-feira, 17, o papa Francisco disse que a Terra tem sido maltratada e saqueada. “Esta nossa ‘casa’ está sendo arruinada e isso prejudica a todos, especialmente os mais pobres. Portanto, o meu apelo é à responsabilidade, com base na tarefa que Deus deu ao ser humano na criação: ‘cultivar e preservar’ o ‘jardim’ em que ele o colocou. Convido todos a acolher com ânimo aberto este Documento, que está em sintonia com a Doutrina Social da Igreja”, exortou Francisco.

O papa explicou que o nome da Encíclica foi inspirado na invocação de São Francisco “Louvado sejas, meu Senhor”, que no Cântico das Criaturas recorda que a terra pode ser comparada com uma irmã e uma mãe.

A nova Encíclica é composta por seis capítulos, são eles: “O que está a acontecer à nossa casa”, “O Evangelho da criação”, “A raiz humana da crise ecológica”, “Uma ecologia integral”, “Algumas linhas de orientação e ação” e “Educação e espiritualidade ecológicas”.

Ao longo do texto, o papa convida a ouvir os gemidos da criação, exortando todos a uma “conversão ecológica”, a “mudar de rumo”, assumindo a responsabilidade de um compromisso para o “cuidado da casa comum”.

“Deus, que nos chama a uma generosa entrega e a oferecer-Lhe tudo, também nos dá as forças e a luz de que necessitamos para prosseguir. No coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado!”, disse Francisco ao final da Encíclica.

Confira a versão em português da nova Encíclica.

Redação

1 Comentário

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  1. Obrigado, mãe Igreja!

    A sensibilidade corajosa, vestindo os paramentos católicos, deu sentido a minha vida ao colocar-me no campo da Esquerda pela Teologia da Libertação. Hoje, ateu, agradeço àqueles cristãos terem me convertido ao Humanismo através da linguagem que eu entendia então. Terei ânimo e louvarei, agradecido, a dignidade inspiradora heroica de muitos de vocês que conseguiram construir o reino de Deus em muitos corações que pulsam neste vale de lágrimas

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