As jogadas da Abril nas disputas empresariais

Dois episódios seguidos.

O primeiro, a capa da Exame detonando a Vale, especialmente seus negócios na África. Logo depois, fica-se sabendo que o ex-presidente Roger Agnelli, junto com André Esteves, do Banco Pactual, estava por trás da manobra para capturar concessões da Vale.

Agora, a nota do Radar, sobre eventuais problemas da TIM na CVM.

A TIM nunca foi um modelo de governança. Mas Tanure é conhecido por ter desenvolvido uma técnica de uso da Justiça em manobras comerciais. Foi assim com o Banco Boa VIsta, adquirido pelo Bradesco. Tanure abriu uma série tão intrincada de ações que, para o Bradesco, ficou mais fácil pagar um enorme sobrepreço pela participação acionária do demandante.

Agora, faz o mesmo, usando a coluna Radar de sela.

A propósito da capa da Exame, fontes da Abril me informaram ontem que a editora teve seu pior ano em mais de dez anos. Aliás, não apenas ela mas toda a imprensa escrita. Salvaram-se apenas as televisões.

Parte do dinheiro, aliás, têm vindo para a Internet.

Essas dificuldades podem explicar a capa da Exame.

Da Reuters

TIM nega dívida de R$ 6,6 bi e problemas junto à CVM

 

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SÃO PAULO, 2 Out (Reuters) – A TIM Participações negou nesta terça-feira que tenha uma dívida de R$ 6,6 bilhões e que haja problemas junto à Comissão de Valore Mobiliários (CVM) sobre irregularidades balanço, após uma notícia na imprensa mais cedo ter feito as ações da operadora despencarem na Bovespa.

A TIM é acusa pelo acionista minoritário JVCO Participações, do empresário Nelso Tanure, de irregularidade no balanço devido à quantia, considerada pelo investidor como “irrisória”, que a TIM provisionou para potenciais riscos tributários.

Tanure, por meio de nota à imprensa, alegou que a TIM possuía “mais de R$ 6,6 bilhões em autuações existentes em 31 de dezembro”, com provisão de R$ 126,5 milhões para este risco.

Para a empresa do grupo Telecom Italia, no entanto, essa dívida não existe, e o montante total refere-se “a contingências cujo o grau de risco… não exige provisionamento segundo as normas contábeis aplicáveis”, de acordo com comunicado.

“Todas as premissas de avaliação de risco adotadas pela companhia, que resultaram nas provisões de contigências reportadas nas suas demonstrações financeiras, inclusive aquelas de ordem tributária, foram feitas em estrito cumprimento com todas as regras contábeis aplicáveis”, afirmou a TIM em comunicado ao mercado.

A TIM também afirmou saber de reclamação da JVCO junto à CVM sobre o tema, e afirmou que já se manifestou “há tempos”, de maneira minuciosa, e que “que continua pronta a demonstrar a correção do procedimento adotado e das demonstrações financeiras publicadas e informadas ao mercado”.

De acordo com resultados de consulta no site da CVM, o acionista, a JVCO Participações, do empresário Nelson Tanure, possui dois processos de reclamação em andamento, embora não seja possível, em um primeiro momento, ter acesso aos méritos dos autos.

Um processo foi aberto em junho (processo RJ-2012-7018) e outro em setembro deste ano (processo RJ-2012-10724).

Contatada pela Reuters, a CVM não retornou pedido de comentários sobre o tema.

Às 15h58, as ações da TIM caíam 5,84%, a R$ 7,41.

Operadores citaram as notícias na imprensa como motivo para a queda. A informação sobre os processos foi publicada primeiramente mais cedo nesta terça-feira na coluna Radar, da revista Veja, sem citar fontes.

Luis Nassif

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